segunda-feira, 29 de abril de 2013

Como quero ser conhecido.

Hoje, durante um momento de reflexão devocional, me pus a pensar sobre como quero que as pessoas me conheçam.
Não quero ser conhecido como o pastor da Igreja grande, da Igreja que cresceu porque o pastor é bom. Também não quero ser conhecido como o cara que prega muito, que é muito bom no púlpito. Muito menos como o cara que é legal, simpático, dinâmico, bem humorado, sempre animado, ou qualquer coisa do tipo.
Quero ser conhecido pela piedade (vida de oração, conhecimento e vivência da Palavra, e amor) e serviço à Igreja de Jesus. Quero ser visto como um homem de Deus, não um animador de platéia, bom mestre ou grande administrador.
De nada adianta ser famoso, elogiado ou aplaudido por coisas que qualquer artista, executivo ou acadêmico mundano pode fazer. Isso não promove a glória de Deus, mas a exaltação do ego humano.
A piedade e a santidade podem ser instrumentos de Deus para o crescimento de uma Igreja, mas o crescimento de uma igreja não é necessariamente evidência de piedade e santidade.
Estou me habituando a observar "bons pregadores", "bons cantores" e "bons mestres", que sempre se mostram entusiasmados, vibrantes e cheios de convicção quando estão ministrando, mas que quando estão na assistência do culto não demonstram nem um pouco dessas características. Ficam de braços cruzados, boca fechada e indeferentes enquanto todos louvam, e ficam mexendo nos celulares, "desligados mentalmente" e desatentos enquanto outros pregam ou ensinam. São hipócritas, artistas da fé, que só pensam em si e não têm respeito por mais ninguém, nem verdadeiro amor a Deus. Depois se perguntam porque seus ministérios não lhes traz satisfação, sempre querem mais. E se parece que outros estão se destacando mais que eles, aí se ressentem disso.
Em suma, como sou visto é importante. Como as pessoas me vêem acaba por revelar características interessantes de minha personalidade e minhas metas.
Prefiro me recolher à quietude da comunidade local onde Deus me enviou para servi-lo do que buscar a fama a qualquer custo. E quando for convidado a sair quero ir para promover a glória de Deus e não a mim mesmo. E, sempre que alguém estiver ministrando, o louvor ou a Palavra, vou participar ativamente e com sinceridade, porque não sou artista e não estou ali para mostrar entusiasmo e alegria apenas quando "eu" estiver no "palco".
Quero ser conhecido como um SERVO DE DEUS e mais nada.
Soli Deo Glória.

Coreografia Ministério de Mulheres


Lugares Altos


Novo Dia, Novo Tempo - Ministério de Mulheres da Congregacional Conforto


domingo, 28 de abril de 2013

Bíblia, Fé e Oração, elementos inseparáveis

Pensando sobre a armadura de Deus (Efésios 6), duas armas me chamam muito a atenção; o escudo da fé e a espada do Espírito. A fé é uma arma essencialmente de defesa contra as investidas do maligno contra nós, e a Escritura (na vida de um conhecedor que saiba manuseá-la corretamente - 2Tm 2.15) é, por excelência, uma arma de ataque, com a qual enfrentamos o império da trevas levando a luz do evangelho.
Junto de ambas as armas vem a oração. Ela é o fogo que dá têmpera à espada e ao escudo. Sem a oração nossa fé desfalece e nosso conhecimento bíblico se torna ineficaz, assim como sem a fé e a Palavra a oração é fogo sem propósito, sem foco e que nada gera, mas que pode ferir a alma e frustar a esperança, porque nada pode produzir sem as promessas da Escritura e a certeza da fé.
Sendo assim, nunca nos esqueçamos que Palavra gera a fé (Rm 10.17) e a fé nos conduz à oração (Hb 10.22). Portanto, as três são inseparáveis e interdependentes.
Deus te abençoe e um excelente domingo na doce presença do Trino Deus.

terça-feira, 23 de abril de 2013

Ministério Intimidade


Silmara louvando ao Senhor


Ministério de louvor Intimidade


Uma Igreja Forte

Li um texto que me levou a refletir sobre o que faz uma Igreja ser forte. Então depois de refletir um pouco sobre o tema decidi escrever e compartilhar contigo. Concorde ou discorde, tudo bem, mas seja coerente e cordato. Segue abaixo minha reflexão.
Uma Igreja com ovelhas fortes é consequência de uma alimentação adequada, da administração do amor e da disciplina na medida correta. Por isso o seu líder tem que ser um pregador profícuo e um pastor amoroso e justo. Mas igualmente cada um dos obreiros e obreiras que pregam devem ser eficientes no seu trabalho, pois a eles também cabe a tarefa de alimentar o rebanho santo.
Mas nenhum preparo e eficiência vai adiantar se as ovelhas são rebeldes ou não aceitam a alimentação oferecida (embora eu tenha séria dúvidas se são, de fato, ovelhas).
Portanto, você que prega, não se martirize porque algumas ovelhas não se alimentam, a não ser que isso se deva ao fato de você estar oferecendo uma comida de má qualidade (e isso nós sabemos quando fazemos).
Seja fiel ao seu chamado, pague o preço de ser um pregador ou pregadora eficiente e descanse no Deus que convence do pecado, da justiça e do juízo.
Em contrapartida, se você é ovelha e não se sente alimentada no aprisco em que se encontra, então procure outro aprisco, onde o pastor possa te alimentar a contento. Seja inteligente. Isso serve para todos, ovelhas sob o meu pastoreio ou não.
Você pertence a Jesus e a nenhum outro homem. Ninguém tem poder de te amaldiçoar, principalmente se essa pessoa é ministro do Senhor.
Uma igreja é o reflexo do seu pastor. Sendo assim, submeta-se a liderança de um pastor que pode acrescentar à sua vida, caso contrário procure um que possa fazê-lo.
Segue um conselho pastoral para todos, mas principalmente para as ovelhas de Jesus sob o meu pastoreio.
Deus vos abençoe.

segunda-feira, 22 de abril de 2013

O PROPÓSITO DO DIA DE DESCANSO


Texto: Lucas 6.1-11

Introdução:
   Muita confusão tem sido feita hoje por causa do dia de sábado. Alguns não sabem mais o que fazer e outros defendem de forma legalista a sua guarda a qualquer custo. 
   A palavra hebraica שבת, shabāt, tem relação com o o verbo שבת, shavāt, que significa "cessar", "parar". Apesar de ser vista quase universalmente como "descanso" ou um "período de descanso", uma tradução mais literal seria "cessação", com a implicação de "parar o trabalho". Portanto, Shabat é o dia de cessação do trabalho; enquanto que descanso é implícito, mas não é uma denotação da palavra em si.
   Neste sermão vamos aprender com Jesus o significado do sábado e o que se espera dos seus discípulos acerca da observação dos preceitos embutidos nesse mandamento de cessação dos dias de trabalho.
   Deus te abençoe.

Elucidação textual: No texto que vamos meditar Jesus é interpelado por duas vezes pelos lideres religiosos de Israel acerca da não observação do sábado. Em cada uma das circunstancias Jesus lhes dá a verdadeira interpretação da Lei explica o seu significado real; isto é, o sábado foi feito para o homem, não o homem para o sábado.

Tema: O shabbath foi criado para promover o descanso, a adoração e a pratica de boas obras.

Oração interrogativa: Como ter certeza de que o descanso, a adoração (serviço a Deus) e a prática de boas obras são o propósito do Shabbath?

Oração transicional: Podemos ter certeza dos propósitos do Shabbath a partir da exposição de Jesus acerca da verdadeira aplicação dessa lei.

1.  O Shabbath (cessação, descanso) tem o propósito permitir aos homens desfrutar a vida e fazer o bem (6.1,2).
   A) Os fariseus questionaram a Jesus sobre os discípulos colherem espigas na sábado. Contudo, a lei não proibia colher espigas para se alimentar - "Se entrarem na plantação de trigo do seu próximo, poderão apanhar espigas com as mãos, mas nunca usem foice para ceifar o trigo do seu próximo". (Deuteronômio 23:25 NVI). O que era proibido era o era o trabalho que visava lucro (Ex 20.8-10). O agricultor não poderia fazer uma colheita para seu próprio lucro no sábado, mas uma pessoa poderia pegar uma quantidade de grãos para comer.
   B) No sábado não era proibido realizar atos de necessidade.
   C) Nosso dia de descanso tem como objetivo nos levar a desfrutar do nosso trabalho e abençoar a outros com pequenas porções daquilo que temos.

2. O Shabbath tem o propósito de promover atos de misericórdia (6.3-11).
   A) Davi comeu do pão da mesa da proposição sem ser punido com a morte pois a misericórdia de Deus lhe permitiu (1Sm 21.1-6). Esse episódio mostra que a misericórdia de Deus permite a quebra da lei para a conservação da vida de homens que estavam fracos de fome.
   B) Se o próprio Deus agiu com misericórdia para com Davi e seus homens não os punindo por comerem o pão consagrado, o que será que Ele espera de nós? "Pois desejo misericórdia, e não sacrifícios; conhecimento de Deus em vez de holocaustos". (Oséias 6:6 NVI).
   C) Nosso dia de descanso tem como objetivo nos dedicar em fazer o bem em favor de alguém que careça.
   D) A palavra hebraica para misericórdia é "hesed", e significa querer bem, ter afeto, fazer o bem, desenvolver fidelidade, exercer solidariedade. Outra palavra é "rahamim", que vem da raiz "rhm", que significa útero, ventre materno. "Rahamim" se refere à compaixão, misericórdia, e sintetiza a força criadora de afirmar a vida em meio a situações de morte.  Já a palavra grega "eleos" presume a necessidade por parte de quem a recebe e recursos suficientes para satisfazer a necessidade daquele que a mostra - "Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou,  deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos". (Efésios 2:4, 5 NVI) recebe e recursos suficientes para satisfazer a necessidade daquele que a mostra - "Todavia, Deus, que é rico em misericórdia, pelo grande amor com que nos amou,  deu-nos vida com Cristo, quando ainda estávamos mortos em transgressões — pela graça vocês são salvos". (Efésios 2:4, 5 NVI)

3. O Shabbath tem o propósito de promover o serviço a Deus (Mt 12.5,6).
   A) O trabalho dos sacerdotes era realizado justamente no Shabbath, provando que alguns aspectos da Lei não são absolutos invioláveis.
   B) Se os sacerdotes trabalhavam no Templo e ficavam sem culpa, muito mais aqueles que servem a Jesus, que é muito superior ao templo (Mt 12.6).
   C) Nosso dia de descanso tem o como objetivo ser dedicado ao serviço do Senhor Jesus.

Conclusão:
O Senhor tem a prerrogativa de governar não apenas sobre as regras sabáticas criadas pelos homens, mas sobre o sábado em si - que foi planejado para o serviço a Ele. Mais uma vez, essa foi uma inevitável declaração da divindade de Jesus e, como tal, provocou a ira violenta dos fariseus (v.14).
O mandamento do sábado não é repetido  no NT, enquanto os outros nove o são. Na verdade, o mandamento foi anulado: "Portanto, não permitam que ninguém os julgue pelo que vocês comem ou bebem, ou com relação a alguma festividade religiosa ou à celebração das luas novas ou dos dias de sábado.  Estas coisas são sombras do que haveria de vir; a realidade, porém, encontra-se em Cristo". (Colossenses 2:16, 17 NVI). O sábado não se aplica à Igreja pois ela vive numa nova dispensação.
A guarda do dia de sábado foi anulada, mas não o seu princípio. Isto é, não há mais a exigência de se guardar um dia especifico da semana, mas sim o principio de que devemos separar um dia na semana para o descanso e atividades que não visem lucro, mas o desfrutar da vida, a pratica da misericórdia e o serviço a Deus.
Você tem observado esse principio bíblico? Tem separado um dia para descansar, desfrutar da vida em família, fazer o bem a quem necessita e servindo ao Senhor como seu sacerdote ou sacerdotisa (1Pe 2.19)? Se não, hoje é o dia para se tomar essa importante decisão. Posicione-se diante de Deus e responda à convocação da Palavra.
Deus te abençoe.

sábado, 20 de abril de 2013

Não perca o ânimo

Boa noite a todos.
Compartilhando o que o Senhor tem me ensinado por meio de minhas leituras.




"Mas esforçai-vos, e não desfaleçam as vossas mãos; porque a vossa obra tem uma recompensa".
2 Crônicas 15.7

Não perca o ânimo diante das lutas e provações da vida. Se isso ocorrer é um sinal claro de que você já desistiu no seu coração e mente.
Não se permita sair por aí lamentando as dificuldades que está enfretando. As pessoas não têm prazer de conviver com lamentadores e institivamente sabem que não adianta propor ajuda porque elas já não acreditam em si mesmas, nem no cuidado de Deus.
Imagine se Jesus ficasse falando com os seus discípulos como a sua vida era difícil, que missão pesada Deus havia lhe dado, etc. Será que aqueles homens seriam seus discípulos? Estou fortemente inclinado a duvidar disso.
Talvez seja essa uma das razões pela qual muitas pessoas não dão crédito ao evangelho. Muitos cristãos não conseguem enxergar as bênçãos de Deus na sua vida, apenas as dificuldades, e, consequentemente, só falam disso. Então surge a pergunta: "quem quer uma fé que só leva a lamentos?".
É óbvio que haverão momentos de lamentos, mas viver lamentando... Ninguém merece.
Bem, essa foi a surra boa que tomei de Deus essa semana; e como me fez bem. Por muitas vezes agi assim, mas o doce Espírito Santo me ensinou mais uma vez a verdade de Deus.
Espero que possa te abençoar também.

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Reflexões de um jovem cristão brasileiro

Esse texto foi escrito pelo jovem Silas Miranda, membro da Ig. Metodista Wesleyana, no bairro São Lucas, em Volta Redonda-RJ. 
Originalmente ele o postou no Facebook para os jovens da sua denominação, mas seu texto alcançou maiores proporções. Ele mesmo me autorizou a publicar o seu texto e o faço aqui com o mínimo de adaptações possível. Penso que vale a pena ler. Segue então o texto:
  
Uma coisa me assusta.... já não se distingue tão facilmente cristãos de não cristãos, principalmente no mundo virtual. Recentemente vi no facebook alguns jovens que eu conhecia como crentes postando frases nitidadamente de linguagem profana. Coisas simples, porém que dão indícios do estado em que nós jovens estamos. Palavras como "é foda" ou "pqp" já me apareceram escritas por músicos e (pasmem) até mesmo diácono. Recentemente vi uma postagem de uma jovem que até onde eu sei era crente e filha de pais evangélicos postando: "show do rappa na Ilha São João muito bom. Ele fez homenagem ao chorão. Adeus vagabundo, você vai deixar saudades..."
????????? Como assim????
Sério mesmo que essa galera está preocupada com uma vida com Deus?? Tenho sérias dúvidas. E o pior é que sempre compartilham essas frases prontas e bonitinhas falando de Deus e de amor e blá blá blá blá
Creio que um monitor dá à pessoa a sensação de estar, talvez, protegida, escondida. Quem sabe escondida dos pais, da sua realidade, quem sabe vivendo uma vida paralela, sendo uma pessoa na net e outra na vida real.
Conheço ainda quem canta funk secular, já é até "MC", faz baile nessas noitadas por aí a fora mas se considera cristão, afinal (ele pensa) "Deus se importa com o coração".
Vou te contar um segredo: o cristianismo não é cômodo, não é fácil, não é para os indecisos, para os mascarados, não é para os que não renunciam. Não é para os que não tem disposição de defender a fé, de dar a cara, de assumir. O Evangelho não é engraçado, animado, excitante. Jesus não é um brother, um carinha legal. A igreja não é um cinema e o pecado não é uma bobeirinha....
Eu sei que o mundo nos atrai. E muito! Não deixo de ser homem porque sou crente. Não perco meus desejos porque leio a Bíblia, não posso fingir que não quero quando na verdade minha carne quase me arrasta. O bem que eu quero eu não faço, mas o mal que eu não quero persegue os meus passos - já dizia o apóstolo Paulo. Todavia, ou eu decidi viver com Deus e pra Deus ou então eu me entrego aos meus desejos e assumo logo que não sou crente coisa nenhuma. Mas não posso viver uma vida dupla!!!!
Esses dias enquanto via muitos jovens comentando e convidando uns aos outros para o tal "show na ilha" onde o pecado reina, eu vim nesse grupo e dei graças a Deus pelos jovens que decidiram renunciar e não se prostraram diante de Baal.
Graças a Deus por você, jovem cristão que permanece firme e constante, ciente daquilo que faz, daquilo que crê. Fico triste pelos que se perdem, porém feliz pelos que se dedicam ao Reino de Deus.
Eu e você sabemos que não precisamos de whisky e redbull, vodca ou big apple pra ficar "legal". Não precisamos da skol, nem do cigarro. Não precisamos pegar a mulherada pra confirmar nossa masculinidade e as meninas nao precisam ficar com vários pra provar que são lindas.
Somos separados. Somos guardados por Deus. Pena que alguns vivem uma fachada, como esses que criam seu personagem virtual, alheio à sua realidade.
Abraços, fiquem na Paz.

Por:
Silas Miranda (adaptado).

O PROCEDIMENTO EXEGÉTICO - aula 3



O PROCEDIMENTO EXEGÉTICO
O procedimento errado
o   Ler o que muitos comentários dizem com sendo o significado da passagem e então aceitar a interpretação que mais agradece. Este procedimento é errado pelas seguintes razões:
a) encoraja o intérprete a procurar interpretação que favorece a sua preconcepção e   
b) forma o hábito de simplesmente tentar lembrar-se das interpretações oferecidas. Isto para o iniciante, frequentemente resulta em confusão e ressentimento mental a respeito de toda a tarefa da exegese. Isto não é exegese, é outra forma de decoreba e é muito desinteressante. O péssimo resultado e mais sério do "procedimento errado" na exegese é que próprio interprete não pensa por si mesmo.
                                           
PROCEDIMENTO CORRETO
§  O interprete deve perguntar primeiro o que o autor diz e depois o que significa a declaração
§  Consultar os dicionários para encontrar o significado das palavras desconhecidas ou que não são familiares. É preciso tomar muito cuidado para não escolher o significado que convêm ao interprete apenas.
§  Depois de usar bons dicionários, uma ou mais gramáticas devem ser consultadas para entender a construção gramatical. No verbo, a voz, o modo e o tempo devem ser observado por causa da contribuição à ideia total. O mesmo cuidado deve ser tomado com as outras classes gramaticais.
§  Tendo as análises léxicas, morfológica e sintática sido feitas, é preciso partir para análises de contexto e história a fim de que se tenha uma boa compreensão do texto e de seu significado primeiro e, 2.5. Com os passos anteriores bem dados, o interprete tem condições de extrair a teologia do texto, bem como sua aplicação às necessidade pessoais dele, em primeiro lugar, e às dos ouvintes. Que o texto tem com a minha vida? Com os grandes desafios atuais?

O USO DE INSTRUMENTOS
§  Bíblias: Usar ao menos cinco versões diferentes da Bíblia e, se possível, consultar o texto na língua original.

§  Comentários: eles não são um fim em si mesmo. O interprete deve manter em mente o clima teológico em que foram produzidos, porque isso afeta de maneira direta a interpretação das Escrituras. Um comentarista pode ser capaz, em certa media, de evitar " bias" (tendências) e permitir que o documento fale por si mesmo, mas sua ênfase nos vários pensamentos na passagem será afetada pela corrente de pensamento de seus dias. Os comentários principalmente os devocionais, tem a marca da desatualização.

§  Prefira os comentários críticos e exegéticos.            

§  Dicionário e gramáticas: e importante manter em mente a data da publicação. Todas as traduções de uma palavra devem ser avaliadas e não apenas tirar só o significado que interessa a nossa interpretação. Explore o recurso dos próprios sinônimos. Por exemplo, a palavra pobre é tradução de duas palavras gregas. [penef e ptohoi- transliterado por Jotaeme] A primeira significa carente do supérfluo, que vive modestamente, com o necessário e a segunda, significa mendigo, desprovido de qualquer sustento.

Na interpretação de Mateus 5:3 isto faz muita diferença!

terça-feira, 16 de abril de 2013

Como fazer exegese - aula 2



CINCO REGRAS CONCISAS
o    1. interpretar lexicamente. É conhecer a etimologia das palavras, o desenvolvimento histórico de seu significado e o seu uso no documento sob consideração. Esta informação pode ser conseguida com a ajuda de bons dicionários. No uso dos dicionários, deve notar-se cuidadosamente o significar-se da palavra sob consideração nos diferentes períodos da língua grega e nos diferentes autores do período.
o    2. interpretar sintaticamente: o interprete deve conhecer os princípios gramaticais da língua na qual o documento está escrito, para primeiro, ser interpretado como foi escrito. A função das gramáticas não é determinar as leis da língua, mas expo-las. o que significa, que primeiro a linguagem se desenvolveu como um meio de expressar os pensamentos da humanidade e depois os gramáticos escreveram para expor as leis e princípios da língua com sua função de exprimir idéias.
o    Para quem deseja aprofundar-se é preciso estudar a sintaxe da gramática grega, dando principal relevo aos casos gregos e ao sistema verbal a fim de poder entender a estruturação da língua grega. Isto vale para o hebraico do Antigo Testamento.
o    3. interpretar contextualmente. Deve ser mantido em mente a inclinação do pensamento de todo o documento. Então pode notar-se a "cor do pensamento", que cerca a passagem que está sendo estudada. A divisão em versículos e capítulos facilita a procura e a leitura, mas não deve ser utilizada como guia para delimitação do pensamento do autor.. Muito mal tem sido feita esta forma de divisão a uma honesta interpretação da Bíblia, pois dá a impressão de que cada versículo é uma entidade de pensamento separados dos versículos anteriores e posteriores.
o    4. interpretar historicamente: o interprete deve descobrir as circunstâncias para um determinado escrito vir à existência. É necessário conhecer as maneiras, costumes, e psicologia do povo no meio do qual o escrito é produzido. A psicologia de uma pessoa incluí suas idéias de cronologia, seus métodos de registrar a história, seus usos de figura de linguagem e os tipos de literatura que usa para expressar seus pensamentos.
o    5. interpretar de acordo com a analogia da Escritura. A Bíblia é sua própria intérprete. diz o princípio hermenêutico. A bíblia deve ser usada como recurso para entender ela mesma. Uma interpretação bizarra que entra em choque com o ensino total da Bíblia está praticamente certa de estar no erro. Um conhecimento acurado do ponto de vista bíblico é a melhor ajuda.

domingo, 14 de abril de 2013

Amor, o fundamento da verdadeira amizade


Em Jesus somos livres de toda condenação


Texto: Romanos 8.1-11

Introdução:
Eu sempre fico indignado quando alguém comete algum crime e, pouco tempo depois, sai da prisão mediante o pagamento de uma fiança. 
Acredito que essa seja a mesma sensação de todos ou da maioria aqui. Mas o que será que sente a pessoa que recebe a liberdade?
A Bíblia diz que foi isso que Jesus fez por nós. Ele pagou o preço de nossa liberdade e aqueles que não receberam essa graça ficam indignados com nossa liberdade e alegria. Então nos julgam como loucos, fanáticos ou iludidos e pensam não precisar disso porque são bons demais.

Elucidação textual: O Espírito, mencionado apenas uma vez nos capítulos 1 a 7 (1.4), é mencionado aproximadamente 20 vezes no capitulo 8. Ele nos livra do pecado e da morte (vv.2,3), capacita-nos a cumprir a Lei de Deus (v.4), transforma a nossa natureza e nos concede para obter vitória sobre a nossa carne não redimida (vv.5-13), confirma a nossa adoção como filhos de Deus (vv.14-16) e garante a nossa glória final (vv.17-30).
O Espírito é o protagonista da transformação de nossas vidas.

Verdade teológica: Os que estão em Cristo não podem ser condenados porque andam no Espirito e não na carne.

Oração interrogativa: O que significa andar segundo o Espírito ou segundo a carne?

Oração transacional: Andar segundo o Espirito ou segundo a carne aponta para a nossa escolha de quem dependeremos.

1. Andar segundo a carne ou segundo Espírito é uma questão de escolha.
   * Não há condenação para aqueles que estão em Cristo. Ou seja, que pela fé escolheram crer no sacrifício de Jesus feito em seu favor no Calvário (vv. 1,2).
   * Não sabemos como a Bíblia combina a predestinação e o livre arbítrio, mas sabemos que ambas são realidades espirituais ensinadas na Escritura.

2. Andar segundo a carne significa escolher depender de si mesmo.
   * A salvação e a santificação não são uma questão de obedecer a um conjunto de instruções, mas depender do Espirito Santo que habita em nós para nos transformar de dentro para fora.
   * Andar segundo a carne é confiar em si mesmo ao invés de em Deus - "Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, e faz da carne o seu braço, e aparta o seu coração do Senhor!" (Jeremias 17:5 ARC).

3. Andar segundo o Espírito significa escolher depender da graça de Cristo.
   * É saber que apesar de nossa natureza pecaminosa (carne), cremos pela fé e recebemos o Espírito Santo em nosso espírito e ele nos capacita a cumprir a lei de Cristo.
   * "A palavra 'porquanto' apresenta a razão de não haver condenação para o cristão; o Espírito substitui a lei, que produzia somente o pecado e a morte (7.5,13), por uma nova lei simples, que produz vida: a lei da fé (3.27), ou mensagem do evangelho". (Bíblia de Estudo MacArthur, pg. 1506).
   * Andar segundo o Espírito significa viver pela fé em Jesus revelada no evangelho. Portanto, não há nenhum necessidade de nos justificarmos, pois Deus, através de Jesus, já fez isso (v.34).

Conclusão:
A fé em Jesus nos leva a confiar inteiramente na sua graça. Por causa da graça não precisamos ficar nos justificando diante dos homens, mostrando o "quanto somos bons". 
Na verdade, aqueles que estão em Cristo sabem que não possuem méritos em si mesmos e não ficam comparando suas vidas com as de outras pessoas para ressaltar sua "justiça própria", senão para frisar a justiça de Jesus Cristo em seu favor.
Ninguém pode nos condenar não porque nos tornamos pessoas infalíveis e perfeitas, mas porque, a despeito de nossas falhas, Cristo nos perdoou de todos os pecados e nos declarou justos pela sua graça.

sábado, 13 de abril de 2013

Amor, o fundamento da verdadeira amizade


Texto:  João 15.9-16

Introdução:
Quando lembro de meus amigos sempre o faço com ternura, com um sentimento de carinho e apreço. Acredito que essa seja a mesma sensação que todos experimentam quando se lembram de seus verdadeiros amigos. O Senhor Jesus ensinou aos seus discípulos (isso nos inclui) a razão dessa sensação gostosa que temos ao lembrar de nossos amigos: o amor!
Nesta mensagem vamos refletir sobre o porque o amor é a única razão ou o único pilar sobre o qual se sustentam as verdadeiras amizades, tendo como exemplo o relacionamento do Mestre com o Pai e com o seus discípulos.
Que o Senhor te abençoe no desenvolvimento dos argumentos e te faça compreender a essência da verdadeira amizade a partir do exemplo de Jesus.

Elucidação textual: Jesus começa este texto falando de amor. Ele fala do amor do Pai por ele e como ele amou seus discípulos da mesma forma (v.9). Então o Senhor transmite aos doze a evidência do amor: a obediência (v.10). 
A obediência a quem tem autoridade sobre nós e nos ama culmina em alegria, pois obedecemos a tal pessoa não porque ela tem poder sobre nossa vida, mas porque nos sentimos amados e queremos corresponder a esse amor (v.11).
Depois de deixar isso claro para os seus discípulos, Jesus lhes transmite o seu mandamento: que amem uns aos outros na mesma intensidade em que ele os ama (v.12), e justifica sua afirmação dizendo que não há maior amor do que aquele que se dispõe a morrer pelo outro (v.13 - o que ele faria em breve). Por isso, os exorta a que lhe obedeçam e sejam seus amigos (v.14), pois ele não é apenas um senhor que tem poder sobre nós e nos dá ordens sem que saibamos do que se trata, mas sempre nos revela seus propósitos, porque também é nosso amigo (v.15). 
Então o Mestre termina essa parte do seu ensino mostrando para seus discípulos que os amigos são escolhidos por nós mesmos. Ele os escolheu para que o seu amor gerasse fruto nas suas vidas e eles o levassem onde quer que fossem, amando uns aos outros. Somente assim o Pai poderia responder suas orações (vv.16,17).

Verdade teológica: O amor é a única razão ou pilar de sustentação de qualquer amizade verdadeira.

Oração interrogativa: Por que o amor é a única razão ou pilar de sustentação de uma amizade verdadeira?

Oração transacional: existem pelo menos cinco razões, neste texto, para se apontar o amor como a única razão ou pilar de sustentação de uma amizade verdadeira.

1. Só o amor atende as expectativas da pessoa amada (v.9,10).

2. Só o amor produz alegria na vida daquele que o recebe (v.11).

3. Só o amor é capaz de se sacrificar pelo outro (v.12-15).

4. Só o amor pode gerar amor (v.16). Só podemos dar aquilo que temos, e só temos aquilo que recebemos.

5. Só o amor pode obter respostas das orações (v.16). Deus só responde as orações de pessoas que amam verdadeiramente.

Conclusão:
Como pudemos constatar nessa mensagem o amor é o único fundamento de amizades autênticas. Somente quem ama pode atender as expectativas da pessoa amada, somente quem ama pode produzir alegria na vida da pessoa amada. Somente quem ama é capaz de se sacrificar pelo outro. Somente quem recebeu amor é que pode amar. E por fim, somente quem ama pode orar de forma eficaz, porque sua motivação não é egoísta jamais.
Nós temos amado de fato? Não temos como justificar nenhuma falta de amor da nossa parte a não ser por causa da nossa carnalidade, pois nós podemos amar, visto que Ele nos amou primeiro (1 João 4.19).