quinta-feira, 27 de novembro de 2008

O MINISTÉRIO DO ENSINO

Texto: Mateus 28:20

Introdução
O ensino está explícito na vida das pessoas tão intimamente que ocorre sem que percebamos. Todos ensinam. Desde crianças; ensinamos os mais novos as brincadeiras que eles não conhecem. Na adolescência queremos ensinar nossos pais a nos entender; e como adultos ensinamos os mais jovens e nossos contemporâneos com base nas nossas experiências e cultura. Enfim, todos aprendemos. Porém, a Bíblia nos fala sobre um campo mais restrito de ensino, um ministério, um sacerdócio, que diz respeito a pessoas chamadas e eleitas por Deus para o ministério, mas que não isenta os demais cristãos de ensinarem e fazerem conhecidos os desígnios de Deus para a humanidade, conforme veremos neste opúsculo.
Que o altíssimo fale ao seu coração por meio deste pequeno estudo em nome de Jesus.

I- Como o ministério do ensino é descrito na Bíblia
A Bíblia é um livro didático por si mesmo, pois foi divinamente projetada para nos instruir dentro da vontade de Deus, como nos declara Paulo em II Timóteo 3:16.
O ministério do ensino é descrito como sendo originário em Deus, posto que Ele sempre esteve preocupado em ensinar ao homem a verdade que produz vida (Hebreus 1:1).
A Bíblia deixa claro que o ministério do ensino deve ser exercido por aqueles que possuem o conhecimento da verdade divina (Deuteronômio 6:4-7; Malaquias 2:7; I Timóteo 4:11), e que quem ensina deve ser dedicado (Romanos 12:7), pois haverá de receber mais duro juízo de Deus (Tiago 3:1).
O ensino bíblico é a única fonte de liberdade para o homem que quer se aproximar de Deus (João 8:31 e 32).

II- O que é ensinar?
Ensinar é transmitir conhecimento a alguém por vários modos, mas principalmente por meio da comunicação direta. Porém, nós podemos ensinar por meio do exemplo de vida, por meio da literatura, pela prática de alguma atividade, etc. Sobretudo, ensinar é comunicar vida a alguém, pois nenhum ensino surtirá efeito se não vier acompanhado de um exemplo consistente e verdadeiro. (II Coríntios 3:2-3)

III- Porque Deus instituiu o ministério do ensino
Deus instituiu o ministério do ensino no Éden, com o claro propósito de revelar-se progressivamente ao homem. NEle o homem descobriria a vida, no real e completo sentido da palavra, vindo, então, a gozar a plenitude do que Deus houvera planejado para a humanidade.
Nesta Relação, o homem aprenderia a amar a Deus; o que implicitamente inclui adorá-lo, cultuá-lo e obedecê-lo. (Gênesis 2:15-17; 3:8)
Após a queda, Deus ainda se manifestou ao homem por meio da comunicação direta por algum tempo, porém, não com a mesma intimidade (Gênesis 6:31-22; 7:1; 18:20-21). Posteriormente, veio a responsabilidade familiar no ensino (Gênesis 18:19), mas, sempre, com o intuito de revelar-Se ao homem.

IV- Como era exercido esse ministério no Antigo Testamento
No período dos patriarcas Deus comunicava-se diretamente aos homens escolhidos para revelar-lhes seus propósitos. (Gênesis 12:1-3; 31:3)
Nos dias de Moisés, o ensino passou a ser realizado pelo método empírico, através de lutas, provações e dificuldades; e também, por meio de símbolos, festas e leis. A transmissão do ensino podia ser realizada em reuniões públicas por meio de Moisés e seus delegados (Deuteronômio 1:18; 31:12-13), como pela ênfase à responsabilidade dos pais neste ministério (Deuteronômio 6:7; 11:18-19).
Depois de Moisés, o ensino ficou sob o encargo de duas classes específicas de pessoas: os sacerdotes (II Crônicas 15:3) e os profetas (I Samuel 12:23). Também os reis, quando eram fiéis ao Senhor, cooperavam com o ensino dos sacerdotes e profetas (II Crônicas 17:7-9).
Durante o cativeiro, os judeus começaram a se reunirem em casas para os estudos das Escrituras, surgindo, assim, as sinagogas. Nelas as crianças recebiam instrução religiosa, os mais velhos ouviam os rabinos e estudavam seus escritos. As reuniões eram aos sábados pela manhã e constituíam em ler e meditar na lei do Senhor e nos escritos proféticos.
Depois do cativeiro, as sinagogas continuaram a fazer parte da vida religiosa de Israel em conjunto com a adoração no templo.

V- Como foi exercido na igreja primitiva
O ensino cristão era realizado na igreja primitiva, inicialmente, pelos apóstolos e depois por outros discípulos que tinham este chamado.
O ensino era realizado publicamente (Atos 20:20), de casa em casa (Atos 5:42), nas sinagogas (Atos 19:18), ou por meio de correspondências doutrinárias (I Coríntios 5:9; 12:1).

VI- O que Deus instituiu para ensinar seu povo
Em primeira instância, Jesus fundou a igreja para que esta ensinasse o mundo (Mateus 28:20) e uns aos outros (Colossenses 3:16).
O Senhor instituiu líderes para as várias áreas de atuação da igreja (Efésios 4:11), para que fossem o exemplo de dedicação no seu ministério e ensinassem, não só com palavras, mas também com a vida (Hebreus 13:7).
São estes os portadores dos dons da “palavra da sabedoria” e da “palavra da ciência” (I Coríntios 12:8), chamados por Deus para instruírem as pessoas na verdade do Evangelho.

VII- Como é exercido este ministério hoje
O ensino cristão hoje é realizado, principalmente, nos cultos de E.B.D. por professores preparados e chamados por Deus para este ministério. Também há o ensino ministrado aos crentes e não crentes em cultos de estudo, células familiares, evangelismo pessoal e em praça pública, além das excelentes obras literárias cristãs.
Temos, ainda, as ondas de rádio e TV que muito têm contribuído para a evangelização.
A igreja, hoje, busca espelhar-se na igreja primitiva.

VIII- Como a igreja deve preparar seus mestres
É papel da igreja, hoje, preparar mestres para que haja um ensino consistente e que sejam repudiadas as heresias. Ao notar uma pessoa com um chamado para o ensino, o líder da comunidade deve preparar essa pessoa para que possa desenvolver seu ministério, e se possível, enviá-la a um seminário, mas sempre acompanhar seu desenvolvimento.A exemplo do que sempre aconteceu na história do povo de Deus, os mestres são reconhecidos pela igreja antes mesmo de iniciar seu ministério, e portanto, não há como se confundir, pois o nosso Deus não é Deus de confusão (Romanos 10:11).

Conclusão
O ministério do ensino é imprescindível para a igreja do Senhor em todos os tempos, pois, o ser humano tem sede de saber, porém, esta sede só é saciada quando o mestre tem total consciência do seu ministério e da responsabilidade que o cerca.
Precisamos primar por um ensino de qualidade e espiritual em nossas igrejas para que tenhamos cristãos preparados e equilibrados para Glória de Deus.

Dezembro de 1999.

quinta-feira, 13 de novembro de 2008

GRATIDÃO A QUEM MERECE

Não sei nem como começar, mas sei que é preciso.
Tentarei começar pelas lembranças da infância,
Embora eu saiba que mesmo antes, vocês já me amavam.
Não posso me esquecer dos momentos em que me machucava,
Fosse física, ou emocionalmente,
Sempre procurava um de vocês.
Porque não sabia o que fazer sem tê-los por perto.
Cresci aprendendo valores que guardo até hoje,
E que fizeram de mim um homem;
Mas um homem que só existe porque um outro homem
Muito melhor do que eu; me ensinou com o seu exemplo
Como um homem de verdade vive.
E porque uma mulher maravilhosa também me fez ver
Através do amor que dispensava, e dispensa a esse homem
O quanto é maravilhoso ter uma família e cuidar bem dela.
Hoje, estou aqui selando o meu pacto de amor,
E, embora eu tenha falhado em seguir plenamente o vosso exemplo
Vocês me honraram, e sobretudo, me perdoaram
Quando mais precisei.
Por isso, o que mais me resta, senão dizer-lhes:
Obrigado meu Pai, e obrigado minha Mãe.
Prometo, viver a vida de um homem de verdade.

Ioséias C. Teixeira

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

TEOLOGIA: A MÃE DAS CIÊNCIAS

Desde os primórdios da história humana a busca pelo divino é uma realidade insofismável. E, junto com essa busca surgiram as conjecturas, idéias inatas e empíricas, formulações as mais diversas sobre a divindade e sua atuação na esfera humana. Isto é; juntamente com o homem nasceu a teologia, primeira de todas as ciências.
No decorrer da história vemos a preocupação humana com o entendimento adequado da divindade. Cada povo formulou sua teologia própria, antes de formular qualquer outra ciência, e muito antes do nascimento de qualquer religião de alcance mundial, tais como o judaísmo, budismo, islamismo, espiritismo e cristianismo, os pequenos clãs já possuíam seus deuses e sistemas doutrinários próprios, indicando um senso comum em todos nós: a existência do divino.
Mesmo com o advento da Idade Média e a imposição da igreja estatal sobre o povo, restringindo-lhe o exercício intelectual, muitos eruditos controversos à igreja levantaram suas teses e as defenderam até a morte, em alguns casos. Na Renascença nasceu o ceticismo, lutando contra Deus e querendo expurgá-lo da alma humana, alegando que as “superstições” populares retardavam o avanço da ciência. Entretanto, com isso acabaram por firmar ainda mais esse senso do divino, e várias ciências, se não surgiram, ao menos se desenvolveram plenamente neste período visando defender ou atacar o ensino sobre Deus. Para citar algumas: a crítica textual; a hermenêutica (livre do cabresto clerical), a oratória (desprovida da censura religiosa) livre para expor suas teses com argumento científico, a geografia, botânica, biologia, etc.
Que direi ainda do povo sumero, que existiu há mais ou menos 5000 anos e desenvolveu a matemática, através do cálculo sexagesimal, para organizar o calendário religioso, a arquitetura, também desenvolvida com motivos piedosos através da construção de templos em forma de zigurates (montanhas em degraus), da astronomia que igualmente se desenvolveu por atribuírem aos corpos celestes o status de deuses e deusas, e a escrita cuneiforme onde se descobre o quanto tal cultura era permeada de religiosidade como ponto de partida para a maioria das decisões e empreitadas deste povo.
Apesar de tudo o que foi dito acerca da teologia e de sua posição de destaque nos primórdios da história e no surgimento das demais ciências, hoje ela está relegada ao esquecimento e descrédito em vários círculos acadêmicos, e, em muitos casos, tem sido até mesmo ridicularizada como mera especulação filosófica e não como ciência.
Infelizmente, esse descrédito se dá em grande parte por atitudes provenientes daqueles que “fazem” a teologia; isto é, estudiosos e mestres, e também as muitas faculdades de teologia que não têm feito por merecer tão nobre designação. Também se deve atribuir responsabilidade aos alunos de teologia, que não levam sua faculdade a serio, julgando ser apenas mais um curso, que pouco vale, pois não há o reconhecimento do Ministério da Educação e Cultura com relação a esta disciplina. Entretanto, essa situação não mudará enquanto não houver uma mudança de postura por parte dos maiores interessados: professores e alunos de teologia, que devem enaltecer e lutar por aquilo em que creditam sua confiança, e não ficarem envergonhados ao responderem quando alguém lhes pergunta que faculdade está fazendo, ou dão aula.
Eu e você, estudiosos da teologia, devemos ser os maiores expoentes da disciplina nos nossos dias e marcar a nossa geração (não só a eclesiástica) com a mais pura e nobre das ciências. Inundando as mentes com a essência do conhecimento humano, pois a teologia não se restringe ao ambiente religioso, ela tem jurisdição também na ecologia, biologia, direito, metafísica, lógica, etc.
Cabe a nós mudarmos a mentalidade de nossa geração através do exercício de nosso ofício.
Vamos tocar o mundo através do bendito conhecimento da verdade.

Ioséias C. Teixeira

Tocando com as letras

A escrita é, sem sombra de dúvida, a maior conquista da humanidade. Todo desenvolvimento que vemos hoje nas mais variadas áreas tem uma grande dívida para com a descoberta e o desenvolvimento da escrita. O uso da escrita é fundamental para a transmissão de idéias e de conhecimento técnico de uma forma permanente, que possibilite que tal informação jamais se perca, mas que esteja ao alcance de gerações futuras para o seu benefício.
O relatado acima também pode ser aplicado à igreja em todos os sentidos; afinal, nós somos o povo do “livro”. Este livro, a Bíblia, é fruto do desejo de Deus em comunicarmos sua verdade; isto é, a única verdade de fato, a verdade daquele que detém todo o poder no céu e na Terra, e que, portanto, tem a palavra final. Deus tem tanto apreço pelas letras que a Segunda Pessoa da Santíssima Trindade é denominada o Verbo ou a Palavra, e recebeu esta designação porque revela em si a essência do Altíssimo, comunicando com exatidão o que consiste o ser de Deus em sua plenitude.
Jesus, o Verbo Eterno, é a palavra manifesta e encarnada de Deus.
Com base nisso é visível que a escrita deve ser, talvez, a maior arma com a qual os ministérios da igreja poderão tornar evidentes e permanentes as suas aspirações e realizações, assim bem como influenciar a comunidade em que está inserida mediante seus escritos. Todos os departamentos da igreja deveriam se mobilizar em comunicar-se sempre por meio de documentos escritos, pois isso tornaria evidente a responsabilidade e o comprometimento de tal departamento para com os seus projetos e conquistas. Outra grande iniciativa seria a criação de slogans que serviriam de lemas para as atividades de tal departamento, e que, por fim, acabaria por identificar-se plenamente com o mesmo. Todos sabemos o quanto um slogan pode influenciar toda uma população, e até uma geração. Para ser contemporâneo basta citar a frase “fome zero” para a relacionarmos com o presidente Lula ou ao Governo Federal. Isso também pode ser uma realidade quanto ao ministério em que estamos trabalhando, e sobretudo, à causa do Reino.
Deus é o foco central da nossa vida e também deve ser dos nossos textos. Influenciemos o mundo através das letras que exaltam ao Santo Senhor e por isso podem mudar vidas. Que o Senhor unja nossas mentes e mãos.

Ioséias C. Teixeira

Pra pensar

"Quem desiste de aprender perde a capacidade de ensinar."
Ioséias C. Teixeira