terça-feira, 16 de dezembro de 2008

A ADORAÇÃO DO MÉTODO EM LUGAR DE DEUS

TEXTOS: Números 21.4-9; II Re 18.4.
INTRODUÇÃO:
Nossa reflexão de hoje tem o objetivo de analisar um evento passado na vida de Israel e o método de atuação de Deus para aquele momento e como os homens perpetuaram o método do Senhor, valorizando-o acima do próprio Deus por vários anos.
Ainda iremos ver como o Senhor usou um homem para destruir o “método” e construir o novo de Deus através de uma relação de entrega e comunhão com o Senhor.
1. O PECADO DO POVO TRAZ PUNIÇÃO
a. O povo de Israel pecou gravemente contra o Senhor e contra Moisés acusando-os de tê-los levado até ao deserto para morrerem ali e chamando o maná de “pão tão vil” (Nm 21.5).
b. Com essa murmuração estavam dizendo que Deus não era justo nem capaz de lhes dar algo melhor.
c. O Senhor então se ira contra o povo e o pune com o envio de serpentes que receberam o nome de “ardentes” por causa da inflamação causada pela mordida venenosa (Nm 21.6) que causava a morte de suas vítimas.
2. O MÉTODO DE DEUS TRAZ SOLUÇÃO
a. Diante do juízo divino o povo de Israel se arrepende e confessa o seu pecado, pedindo ao seu líder que orasse por eles (Nm 21.8).
b. Lição: pecado confessado é pecado perdoado (Pv 28.13).
c. O Senhor, na sua misericórdia fornece o escape por meio de uma serpente de metal, indicando que a causa do pecado torna-se a forma através da qual o pecado é expiado (Nm 21.9).
d. Portanto, essa serpente de metal era o método de Deus para aquele momento específico e nada mais. Passado o período de juízo ela deveria ser descartada.
3. A ADORAÇÃO DO MÉTODO TRAZ DESOLAÇÃO
a. Passados cerca de 700 anos aquela serpente ainda estava no arraial do povo de Deus, e pior ainda, ela era adorada (II Re 18.4).
b. Devido ao fato de o Senhor haver feito um grande milagre por meio daquela serpente de bronze as pessoas passaram a adorar a serpente em vez do Senhor.
c. Assim também muitos hoje têm adotado uma postura semelhante à do povo de Israel adorando os métodos de Deus ao invés do Deus do método. Tornando sagrado aquilo que não é.
d. Muitos cristãos hoje estão vivendo com o pensamento no passado dizendo: “antigamente Deus agia assim e assim, hoje já não é a mesma coisa”, “antigamente a música era verdadeira adoração, hoje a música não é mais adoração”, “antigamente o ritmo de louvor era ungido, os ritmos de hoje não têm mais unção”, por aí vai.
e. Valorizar mais o método (tradição) do que o Senhor é pecado de idolatria.
4. A ADORAÇÃO AO SENHOR TRAZ SALVAÇÃO
a. O Rei Ezequias estava disposto deixar o método antigo para fazer algo novo para o Senhor e restituir a adoração a Ele (II Re 18.5).
b. Muito mais importante do que os métodos é a observância dos mandamentos do Senhor (II Re 18.6).
c. Por essa decisão de buscar a Deus acima de todas as coisas (II Re 19.1ss) o Senhor deu a Ezequias todas as condições de enfrentar o seu inimigo (II Re 19.32-34).
d. O Senhor então muda o seu método e lhe dá a vitória sem que ele nem mesmo desembainhasse a sua espada (II Re 19.35-37).
e. A lição ensinada aqui é que não importa quais os métodos os outros têm usado o Senhor nos dará um método específico para o trabalho que ele tem conosco.
f. Portanto, o que precisamos é orar mais para estarmos em perfeita sintonia com o querer de Deus para os nossos dias.
g. Quando adoramos ao Senhor com um coração aberto ele sempre nos revelará a estratégia correta para nós, nos restando apenas confiar e agir de conformidade com a Sua vontade.
CONCLUSÃO:
Embora o Senhor tenha feito coisas grandes e maravilhosas no passado por meio de determinados métodos de trabalho hoje Ele tem métodos novos para realizar coisas novas por nosso intermédio. Embora Deus esteja fazendo coisas maravilhosas em outros lugares por meio de seus servos, Ele tem outras coisas maravilhosas para nós onde estamos, pois cada povo vive uma realidade diferente. Embora Deus possa estar realizando coisas grandes por meio do método que Ele nos deu para esses dias é preciso estar atento ao Senhor, pois a cada dia Ele nos faz conhecer novos meios de Sua ação.
Não fique preso ao passado ou ao método. Prenda-se ao Senhor e às coisas novas que Ele sempre faz.

Cinco mulheres. Uma história da graça divina.

Texto: Mateus 1.1-6,16.

Introdução: Este texto do evangelho de Mateus é intrigante, pois trás o nome de quatro mulheres e faz menção de uma outra por referência a seu marido em uma genealogia, algo incomum para os judeus daquela época que mencionavam apenas os homens nesses documentos. Mas, por que então essas mulheres são citadas? O que o evangelista tinha o propósito de salientar? É sobre isso que iremos refletir nesta mensagem.

I - Que mulheres eram essas?

Tamar (3). Estrangeira e mulher de moral duvidosa (ver Gn 38).
Raabe (5). Estrangeira também e originalmente prostituta (ver Js 2.1; Hb 11.31).
Rute (5). Moabita, um povo que nasceu de uma relação incestuosa entre Ló e sua filha mais velha (ver Gn 19.37).
Aquela que foi mulher de Urias (6), isto é, Bate-Seba (ver 2Sm 12.10-24). O fato que o texto a descreve nesta maneira sugere uma recordação intencional da sua relação ilícita com Davi.
Maria (16). Uma jovem simples, esposa de um carpinteiro belemita que vivia na cidade de Nazaré, região da Galiléia. Mas, a despeito de toda sua simplicidade e pobreza foi escolhida pelo Senhor para ser a mãe do Messias.

II – Por que foram citadas na genealogia?

1. Não porque eram belas, nem por serem ricas ou exemplos de bom comportamento.
2. Tamar – Porque onde “o pecado abundou, superabundou a graça” de Deus (Rm 5.20). Não há pecado que o sangue de Jesus não possa perdoar (I Jo 1.7).
3. Raabe – Porque teve fé no Senhor e protegeu os espias judeus (Hb 11.31).
4. Rute – Porque “Deus escolheu as coisas vis deste mundo, e as desprezíveis, e as que não são, para aniquilar as que são” (I Co 1.28).
5. Bate-Seba – Porque “as misericórdias do Senhor são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim” (Lm 3.22).
6. Maria – Porque “Depôs dos tronos os poderosos, e elevou os humildes” (Lc 1.52).

III – As lições aprendidas com essas mulheres?

Tamar - O sangue de Jesus nos purifica de todo pecado (I Jo 1.7).
Raabe - Sem fé é impossível agradar a Deus (Hb 11.6).
Rute – Não importa de que meio você veio hoje você faz parte da família de Deus (Ef 2.19).
Bate-Seba – Não permita que o seu passado reja a sua vida. “As coisas velhas já se passaram; eis que tudo se fez novo” (II Co 5.17).
Maria - “Humilhai-vos pois debaixo da potente mão de Deus, para que a seu tempo vos exalte” (I Pe 5.6).

Conclusão:
Deus teve um motivo especial para registrar os nomes dessas mulheres na Escritura, e num lugar pouco comum. Ele queria chamar a nossa atenção para a sua maravilhosa graça, que se revela sempre suprindo as nossas carências e perdoando os nossos pecados.

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

AMOR: O DOCE AMARGO

Há quem diga que amor é doce.
É verdade, ele é.
Doce como um beijo apaixonado.
Doce como um abraço apertado.
Doce como o dar-se desinteressado.

Mas também é verdade, o amor é amargo.
Amargo como a ausência da pessoa amada.
Amargo como querer ajudar e nada poder fazer.
Amargo como escolher morrer para o seu amor viver.

O verdadeiro amor é agridoce.
Se for só doce é paixão inconsequente.
Se for amargo é servidão somente.

Por Ioséias C. Teixeira
08/12/2008

segunda-feira, 1 de dezembro de 2008

APRENDENDO COM JESUS.

Estive pensando acerca da tentação do
Senhor Jesus registrada em Mateus 4.1-11.
É interessante notar como o diabo agiu com o Senhor. Ele apelou para necessidades legítimas de qualquer ser humano e que não são pecaminosas em si mesmas.
Ele apelou para a fome (vv 2,3), depois apelou para a segurança pessoal (vv 5,6), e por fim, apelou para o desejo de realização pessoal (vv 8,9). Porém, embora essas necessidades sejam legítimas em si mesmas, podem tornar-se pecado quando buscadas como o que temos de mais importante nessa vida e, portanto, descartam Deus do nosso cotidiano, de maneira que a sua vontade já não é tão importante para nós.
Veja que Jesus, ao responder ao diabo, não condenou os desejos em si, mas a motivação por trás deles:
“não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (v 4). Será que existam cristãos que adoram se reunir para uma “boca livre”, mas não têm o mesmo interesse pela pregação e ensino da Palavra?
“não tentarás o Senhor teu Deus” (v 7). Será que há cristãos que ao invés de aceitarem a provação do Senhor, querem prová-lo, afirmando que se não for assim...; e sempre se julgam injustiçados, coitadinhos e vítimas?
“...está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás”. Será que há cristãos que estão tão preocupados em se realizar academicamente, profissionalmente, economicamente, que já não têm desejo, nem forças para irem ao templo comungarem com os irmãos e adorarem ao seu Deus e, talvez, nem para orarem em suas casas?
Esses “serás” me incomodam, pois será que eu posso vir a ceder a tentação de Satanás e ainda espiritualizar as coisas achando que está tudo bem?
O exemplo do Mestre Jesus deve ser seguido. Não importa quão legítimo possa parecer nosso desejo, a pergunta a ser feita é: esse desejo nos aproximará do Senhor e glorificará ao nosso Deus? Senão, podemos ser achados fazendo a nossa vontade, satisfazendo os nossos anseios humanos e, por causa deles, deixando o Altíssimo Deus de lado.
Não vamos permitir que o diabo use os nossos anseios para nos afastar da vontade e da comunhão do Pai porque no final os anjos nos servirão (v 11).

Por Ioséias C. Teixeira