sábado, 21 de outubro de 2017

CARACTERÍSTICAS DE UM HOMEM DE HONRA.

Texto: 2 Reis 5.1-19

INTRODUÇÃO:
Naamã tinha muitas honras por ser um guerreiro valente e que havia dado muitas vitórias ao seu povo. Isso fez dele um homem admirado inclusive pelo seu rei. Porém este herói fora acometido com uma lepra que lhe trazia sofrimento e dor.
Mas, uma jovem cativa com um coração amoroso não retribuiu mal por mal e avisou à esposa de Naamã que Deus poderia curá-lo através do seu servo. A esposa de Naamã contou isso ao seu marido e ele fez tudo o que estava ao seu alcance para obter a cura tão desejada.
Esta história tem princípios bíblicos valiosos que podemos aplicar a nós hoje e, no tema e no texto que me foram propostos, pretendo fazê-lo.
Que o Senhor nos abençoe.

1. Homens de honra sempre têm um porém...
    a. Honra é boa reputação, distinção, privilégio, homenagem dada a alguém pelas suas boas qualidades ou talentos.
     b. “Porém leproso”. Essa expressão coloca Naamã em pé de igualdade com todos os homens.
Todos temos algo em nossa natureza que enfeia o nosso caráter, que nos mancha e que temos profunda vergonha de mencionar - Rom 3:23: "pois todos pecaram e carecem da glória de Deus,".

2. Homens de honra reconhecem suas limitações e buscam superá-las com quem pode ajudá-los.
     a. Todo homem sábio quer ser sarado e busca todos os meios legítimos para isso.
     b. O guerreiro valente, Naamã, ouviu uma jovem que lhe deu esperanças de se ver livre da sua lepra e utilizou os recursos que possuía para buscar a sua restauração.
          *Foi ao rei e pediu apoio - v. 4.
          *Investiu recursos - 350 kg de prata, 72 kg de ouro e 10 peças de roupas finas e caras para honrar aquele que o abençoasse. (v. 5).
      c. O desespero do rei de Samaria deixou claro para Naamã que ele não podia lhe dar ajuda - (v. 6,7). Mas Eliseu, o servo de Deus que podia ajudar, mandou Naamã ir ter com ele para que se provasse diante dos Sírios que havia profeta em Israel (v. 8).

3. Homens de honra têm amigos sábios que o ajudam a obedecer, reforçando a Palavra de Deus para eles.
     a. Naamã foi à  casa de Eliseu com toda pompa social que possuía e esperava ser recebido por Eliseu e que esse se dobrasse diante dele e lhe fizesse um sinal milagroso (v.9).
     b. O Senhor, porém, estava ensinando a Naamã que ele era um doente precisando de ajuda e não um superior que exige serviços.
     c. Muitos ainda hoje se encontram como Naamã. Pensam que pelo valor do seu dízimo, pelo seu cargo eclesiástico, sua posição social, podem se impor aos outros e até mesmo a Deus esperando que as suas expectativas sejam atendidas.
     d. Naamã se sentiu ofendido com Eliseu não o haver recebido e por mandar que ele se lavasse no Jordão, então decidiu ir embora (v.10-12).
     e. Mas seus servos, homens (amigos) fiéis o fizeram refletir sobre a tolice de sua atitude e ele decidiu obedecer e acabou plenamente curado pelo Deus todo poderoso (v. 13,14).
     f. Por decidir obedecer Naamã experimentou o milagre e recebeu a salvação, pois se converteu ao Eterno Deus (v.15-19).

CONCLUSÃO
Reflexão pessoal:
Meu irmão e amigo, você tem consciência do seu “porém”?
Está desejoso de ser sarado por Deus?
Está decidido em investir tempo e recursos para se ver plenamente restaurado?
Então:
Decida andar com pessoas que te ajudam a pensar e ouça-as.
Escolha sempre obedecer a palavra de Deus na boca do seu profeta, mas antes certifique - se de que é um profeta de Deus e não alguém desesperado por comodidade. Os “reis” estão sempre prontos para receber os teus recursos, mas não para te ajudar com o teu problema.
Profetas não estão interessados no que você pode lhes dar, mas em que você obedeça a Deus.

domingo, 11 de junho de 2017

O QUE SIGNIFICA SER DISCÍPULO DE JESUS

TEXTO: LUCAS 9.16-27.
TEMA: O DISCIPULADO CRISTÃO IMPLICA EM SABER QUEM É JESUS, SE DISPOR A SEGUIR SEUS PASSOS, IMITANDO-O, E JAMAIS SE ENVERGONHAR DELE POR CAUSA

INTRODUÇÃO:
       O termo “discipulado” aparece no Novo Testamento 269 enquanto a palavra “cristão” ocorre apenas 3 vezes. O NT é um livro sobre discípulos, escrito por discípulos e destinado a discípulos.
        O grande desafio da igreja hoje é que os cristãos decidam ser discípulos de Jesus.
        Nesta mensagem vamos meditar um pouquinho sobre o que significa ser discípulo de Jesus. Para isso vamos refletir no texto de Lucas 9.18-26, onde Jesus ensina sobre o discipulado e extrair dali três condições fundamentais para o discipulado verdadeiro.

SABER QUEM É JESUS.
Os homens têm várias opiniões sobre Jesus.
Alguns dizem que ele foi um grande mestre. - Como Nico demos em João 3.2.
Outros dizem que ele é mais um importante profeta. - Como a samaritana em João 4.19.
E ainda há quem diga que ele foi um embuste, um mito criado pelos seus discípulos. Como os fariseus em Mateus 26.64.67 e 28.11-15.
Mas os seus discípulos sabem que Ele é o Cristo, Filho do Deus vivo! Portanto, Deus Filho Todo Poderoso.
“enquanto aguardamos a bendita esperança: a gloriosa manifestação de nosso grande Deus e Salvador, Jesus Cristo”.
Tito 2:13 NVI

SEGUIR OS PASSOS DE JESUS.
Tomar a cruz implica em se colocar numa situação de humilhação e morte.
Tomar a cruz era carrega - la até o lugar da execução,  passando por uma multidão que gritava palavras de zombaria.
Os discípulos de Jesus devem promover a morte do eu diariamente para que a vida de Cristo se revele neles. - “Pois, se vocês viverem de acordo com a carne, morrerão; mas, se pelo Espírito fizerem morrer os atos do corpo, viverão”
Romanos 13.8
Os discípulos de Jesus devem estar prontos para encarar um literal escárnio pelas ruas e até mesmo um eventual martírio por amor ao seu Senhor.

NÃO SE ENVERGONHAR DE JESUS, O MESSIAS.
Os discípulos não têm vergonha de passar por situações humilhantes por amor a Jesus. - “Todavia, não me importo, nem considero a minha vida de valor algum para mim mesmo, se tão somente puder terminar a corrida e completar o ministério que o Senhor Jesus me confiou, de testemunhar do evangelho da graça de Deus”.
Atos 20:24
Se envergonhar de Jesus implica em não ter coragem em assumir sua fé diante dos homens por medo de ser ridicularizado.
Quem se envergonhar de Jesus receberá vergonha de volta,  pois Jesus se envergonha de covardes que se dizem seus discípulos.

CONCLUSÃO:
        Aqueles que ouviram o chamado de Jesus e decidiram segui-lo como discípulos precisam estar convictos de que Jesus é o seu Deus, de que ele é Todo Poderoso e de que não falhará em sua promessa de voltar para nós buscar.
        Essa certeza de fé é necessária porque o discípulo aprende do seu mestre e segue o seu exemplo de vida em todas as coisas. Porquanto, o discípulo de Jesus entende que assim como o seu Mestre ele vai passar por escárnios e açoites em razão da verdade que defende. Ele decide morrer diariamente para si mesmo e viver a vida de Jesus para experimentar o poder da Sua ressurreição.
        O mestre nos ensinou que: “Quem me serve precisa seguir-me; e, onde estou, o meu servo também estará. Aquele que me serve, meu Pai o honrará”. João 12:26
        Você pode afirmar que é um discípulo de Jesus?

quarta-feira, 22 de fevereiro de 2017

ELEMENTOS DA PEDAGOGIA (E ANDRAGOGIA)

ELEMENTOS DA PEDAGOGIA
(E ANDRAGOGIA)

INTRODUÇÃO:
O exercício do ministério de ensino na igreja é extremamente compensador, mas como tudo o que traz grandes recompensas, este ministério é igualmente desafiador.
É possível ser bem-sucedido como professor independente da faixa etária com que você trabalhe?
É possível exercer o ministério só no poder do Espírito, sem estudar outras ciências?
Nesta palestra você vai entender como e quais são os elementos da educação e seus processos, compreender as essências dos métodos de ensino para crianças e adultos e como aplicá-los em sua sala de aula.

  1. ELEMENTOS EDUCACIONAIS E SEUS PROCESSOS.
    1. Conceito de educação: Processo de desenvolvimento da personalidade, tendo em vista a orientação da atividade humana na sua relação com o meio social em que vive.
    2. A prática educativa – É um fenômeno social e universal. É um processo de provisão de conhecimento teórico e experiência universal e cultural para atuar no meio social. Por suas características universais e culturais, a educação não acontece só na escola ou em casa, mas em diversas instituições.
      1. Intencionais -  São influencias com intenção e objetivos definidos conscientemente. Ela envolve métodos, técnicas, lugares e condições específicas prévias criadas para gerar ideias, conhecimentos, atitudes e comportamentos. A educação intencional se divide em duas:
        1. Não formal – Toda forma de educação que acontece fora dos sistemas de educação formal; isto é, através de mídia (livros, TV, internet, música, etc.), movimentos sociais e interações pessoais. Este fenômeno está ligado à experiência de vida da pessoa.
        2. Formal – Esta é a educação sistemática, ordenada e planejada. Se realiza nas escolas, Igrejas, sindicatos, etc.).
      2. Não intencionais – Este tipo de educação se dá por meio de influências do contexto social, do meio onde o indivíduo vive e das circunstâncias vividas com forte aspecto emocional. Essas influências e vivências geram a aquisição de conhecimentos, experiências, ideias, valores, que não estão ligados necessariamente a uma instituição. São situações e experiências espontâneas, mas que influenciam na formação pessoal.
    3. Como cristãos nós recebemos todos estes tipos de educação e por isso devemos nos preocupar com nossas relações de intimidade, as letras das músicas que ouvimos, os lugares que frequentamos, etc.
    4. Então como devemos agir em relação ao ensino intencional e à utilização dos elementos pedagógicos e andragógicos. Isso é o que veremos a partir de agora.

  1. ELEMENTOS PEDAGÓGICOS.
    1. Pedagogia é a arte e a ciência de ensinar crianças.
      1. Arte porque cada mestre tem sua maneira peculiar de ensinar e cada aula de ser um “show”.
      2. Ciência porque ela tem métodos e técnicas que não podem ser desprezados.
    2. Esta palavra tem origem Grega, e é a fusão das palavras:
      1. pedos = criança.
      2. agogé = condução.
    3. Na pedagogia professor é a autoridade central e a estrutura em sala de aula é hierárquica (o que você acha disso?).
    4. A metodologia de ensino na pedagogia dá espaço à criança, mas esse é limitado, haja vista a pouca experiência e conhecimento dos infantes.
    5. O trabalho de ensino pedagógico atua com ênfase na retenção do conteúdo, seja através da memorização, da didática e de conteúdos padronizados.
    6. A aprendizagem pedagógica se dá por meio de fatores externos (conteúdo/professor/ambiente) e é avaliada pelo professor (a criança não vai à escola porque ela quer).
    7. O trabalho do pedagogo é encaminhar a criança em direção ao saber, acrescentando a ela conhecimento e experiências que ela jamais poderia ter por si mesma (o analfabetismo é um exemplo disso).

  1. ELEMENTOS ANDRAGÓGICOS.
    1. A andragogia é a arte a e a ciência de ensinar adultos.
    2. Esta palavra tem origem Grega, e é a fusão das palavras:
      1. andros = homem.
      2. agogé = condução.
    3. Por se tratar do ensino de adultos a abordagem andragógica é bem diferente, pois seu ponto de partida não é o conteúdo, mas o conhecimento prévio do aluno para, a partir daí, transmitir o conteúdo, seja acrescentando, corrigindo ou ampliando o seu conhecimento.
    4. Quando ensinamos adultos o professor não deixa de ser uma autoridade em sala, mas a sua relação com o aluno é de muito mais liberdade democrática (não se proíbe um aluno adulto de sair de sala) e criatividade (sempre se ouve o que o aluno tem a acrescentar, pois isso pode trazer novos insights, inclusive ao professor.
    5. O método andragógico dá mais espaço ao aluno para se expressar, porque este tem experiências e conhecimentos pregressos e pode enriquecer a aula e até mesmo o seu professor.
    6. A aprendizagem andragógica se dá por meio de fatores internos (paixão, desejo de crescimento) e embora possa ter um sistema de avaliação, a maior cobrança vem do próprio adulto, que faz contínua autogestão do seu conhecimento.
    7. O conteúdo do ensino para os adultos visa ser útil para a vida pessoal e resolver problemas (o adulto busca estudar por propósitos práticos).
CONCLUSÃO:
Tendo em vista tudo aquilo que tratamos até aqui quero lhe fazer uma breve revisão e algumas propostas para a sua prática educacional.

  • A educação é um processo onde são desenvolvidas a personalidade, a habilidade para realização de tarefas e a arte do bem viver social.
  • A educação se dá por meios:
    • Intencionais – formais e não formais.
    • Não intencionais – experiências.
  • Haja vista esses meios de aprendizado, nós devemos ser cautelosos quanto à exposição excessiva a qualquer meio de educação que atenda a propósitos não cristãos ou até mesmo anticristãos.
  • Para ensinar a crianças:
    • Estude livros de métodos pedagógicos.
    • Participe de palestras, simpósios, workshops, etc.
    • Estude livros sobre a natureza infantil.
    • Converse com seus alunos sobre o que desejam “ser quando crescerem” e os incentive a estudar para “chegarem lá”.
  • Para ensinar adultos:
    • Estude livros sobre métodos andragógicos.
    • Participe de palestras, simpósios, workshops, etc.
    • Estude sobre os desafios de nossa época para os adultos.
    • Converse com seus alunos sobre suas lutas e anseios.
  • Deus os abençoe.

terça-feira, 21 de fevereiro de 2017

IMPLICAÇÕES DA TRINDADE NA VIDA EM COMUNIDADE

IMPLICAÇÕES DA TRINDADE NA VIDA EM COMUNIDADE

TEXTOS: Dt 6.4; Mt 28.19

INTRODUÇÃO:
     O que você sabe sobre a Trindade? Você conhece essa doutrina? Como você acha que ela se aplica à nossa vida como pessoas e como cristãos?
     Talvez você nunca tenha parado para pensar sobre isso. Talvez sempre tenha achado que esse assunto de Trindade era só mais uma teoria para teólogos. Talvez você nunca tenha entendido a importância do conhecimento correto sobre a Trindade e nunca tenha se importado.
     Nesta mensagem vou explicar para você o que é a Trindade e o que ela tem a ver com a nossa vida cristã e em comunidade.
     Esteja atento e que Deus te ilumine.

O QUE É A TRINDADE
     O único Deus, a despeito de ser único é também uma comunidade e não um Deus individualista, como um cavaleiro solitário.
     O credo de Atanásio declara “Pois existe uma pessoa do pai, outra do Filho; e outra do Espírito Santo; Mas a divindade do Pai, do Filho e do Espírito Santo, é uma só, em igual Glória e Majestade coeterna. Tal qual o Pai. Assim é o Filho, e tal é o Espírito Santo”.

O Pai é Deus - Todavia para nós há um só Deus, o Pai, de quem é tudo e para quem nós vivemos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós por ele. (1 Coríntios 8:6).

O Filho é Deus - Mas a respeito do Filho, diz: "O teu trono, ó Deus, subsiste para todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do teu Reino. (Hebreus 1:8).

O Espírito é Deus - Então perguntou Pedro: "Ananias, como você permitiu que Satanás enchesse o seu coração, a ponto de você mentir ao Espírito Santo e guardar para si uma parte do dinheiro que recebeu pela propriedade? (...) Você não mentiu aos homens, mas sim a Deus (Atos 5:3,4).
As três pessoas são um único Deus - Ouça, ó Israel: O Senhor, o nosso Deus, é o único Senhor. (Deuteronômio 6:4).

     Agostinho, citando primeira João 4.16, afirma que o amor envolve um amante (o Pai - aquele que ama), um amado (O Filho - que recebe esse amor) e um espírito de amor entre amante e amado (o Espírito Santo – que é o elo que une amante e amado).

A TRINDADE E A COMUNIDADE
     Em qualquer ajuntamento humano é comum que hajam choques de personalidades. Alguns têm a tendência de quererem dominar os assuntos e o ambiente e isso pode causa confrontos que geram muito incômodo. Isso se dá por causa do pecado que entrou no mundo e desde o Éden promoveu acusações e confrontos que distanciam as pessoas umas das outras e de Deus (Gn 3.12; Gn 4.8; Is 59.2).
     Todas as vezes que sentirmos esse desejo de reação que não agrada ao Senhor (seja atacando os outros, fofocando, ou ficando com raiva) precisamos pedir ao Eterno para nos ajudar a agir como a Trindade. Em vez de exigir atenção pessoal ou reivindicar a razão, precisamos pedir força para caminhar em humildade e orar pela outra pessoa.
     O desejo e a oração de nosso Senhor Jesus é que vivamos em unidade, assim como a Trindade, que é o modelo de relacionamentos dos discípulos do Salvador: “para que todos sejam um, Pai, como tu estás em mim e eu em ti. Que eles também estejam em nós, para que o mundo creia que tu me enviaste. Dei-lhes a glória que me deste, para que eles sejam um, assim como nós somos um”. (João 17:21,22).
     A unidade do Pai, do filho e do Espírito Santo é revelada no Novo Testamento como uma carta vida de amor entre o Deus trino e Seu povo:
     O Pai ama e se deleita no Filho (Mateus 3.17).
     Jesus recebe o amor do Pai e o agrada por amor e obediência (Mateus 12.31; João 12.44,45).
     O Espírito glorifica tanto o Pai quanto o Filho (João 16.14). O trabalho do Espírito é relembrar as palavras do Senhor Jesus (João 16.12-15).

     Nós devemos imitar a natureza relacional de Deus.
     Jesus reuniu 12 discípulos para ensinar a eles sobre o amor e a comunhão.
     Todo discipulado desses homens girou em torno de estarem juntos e fazerem as coisas juntos.
Suas vidas moldadas e modeladas em conjunto foram os elementos chave da sua formação, apesar de serem tão diferentes e até mesmo controversos, chegando a se encararem como competidores (João 13.14).
     Jesus enfatizou constantemente a importância da unidade e do amor uns pelos outros.
Ele chegou a lhes dizer que o que os faria serem reconhecidos como discípulos dele era o amor que tinham uns pelos outros (João 13.35).
O mestre disse que o mundo creria quando visse a unidade dos discípulos (João 17.23).
Uns aos outros
     A frase “uns aos outros” aparece cem vezes no NT e a maioria dessas ocorrências tem a ver com as relações entre os crentes e o cultivo de suas relações (vamos ver isso melhor a partir do próximo estudo).

A TRINDADE OPERANDO EM NÓS
     Quantas vezes prometemos por nossa força fazer e não conseguirmos? Tantas vezes fazemos promessas do tipo:
     Eu vou praticar a regra de ouro – Mateus 7.12.
     Eu vou amar o meu inimigo, porque Deus manda – Mateus 5.43-48
     Eu amarei o meu próximo – Mateus 19.19.
     A verdade é que sem o Espírito Santo operando em nós não podemos cumprir o “uns aos outros”.
     Sofremos de uma mentalidade individualista e altamente competitiva – Lucas 9.46.
     A harmonia e o amor dentro da Trindade é muito diferente da nossa natureza carnal, por isso o Espírito Santo tem que nos transformar com o Seu amor para que possamos viver em comunidade.
     Nosso momento devocional não é um momento a sós, mas comunitário. Estamos em comunhão com a Trindade; os três em um.
    Devoção tem a ver com relacionamento em amor com um Deus que não age de forma individualista, mas que nos convidou e deu o privilégio de sermos seus colaboradores, ainda que Ele não precise de nós, ou seja, pelo simples prazer de estarmos trabalhando juntos em comunhão (1 Coríntios 3.9; 3 João 1.5-8).

CONCLUSÃO :
     Tendo em vista tudo o que tratamos até aqui, vale a pena ressaltar alguns pontos sobre esse tema tão importante.
     A Trindade Santa é uma comunidade e não um Deus individualista, como um cavaleiro solitário.
     Pai, Filho e Espírito Santo, são três pessoas distintas, porém iguais em poder, glória, majestade e co-eternas.
     A humanidade foi criada para revelar a imagem e semelhança no Deus comunitário; isto é, viver em perfeita harmonia e amor.
     A queda no Éden acabou por macular esse propósito e gerou um espírito competitivo e de acusação e agressão entre os seres humanos.
     Jesus veio para restaurar a comunhão entre Deus e os homens e entre homens e homens.
     Viver a fé cristã é viver em comunidade, amando e ministrando uns aos outros.
     Por isso o Espírito Santo no foi dado e por isso a nossa relação com o Trino Deus é tão importante e valiosa.
     Decida viver a vida que Jesus projetou para você, como membro do Corpo de Cristo. Decida viver em comunidade. Decida viver ministrando “uns aos outros”.

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Ensinando nossos adolescentes e jovens.



Introdução:
Você está pronto para trabalhar com jovens e adolescentes? Conhece a linguagem da nova geração? Sabe de quais músicas eles gostam e conhece as letras delas? Conhece os sites em que eles navegam e lê ou assiste os seus conteúdos?
Se você é um jovem e dá aula para os seus pares ou para os adolescentes seu abismo linguístico e cultural é menor, mas sua autoridade e preparo tendem a ser muito mais questionados (embora isso não seja necessariamente uma verdade). Contudo, se você é mais velho, pelo menos dez anos, já tem os desafios que as perguntas iniciais apresentam.
Nesta palestra vamos juntos discutir sobre a necessidade de ser um estudante antes de ser um professor, de ouvir para a partir de aí ensinar a praticar e de lhes tocar o coração para que se abram ao que temos para lhes transmitir.
Que o Senhor nos ilumine e guie.

I - Primeiro estudante, depois professor.
“Quem desiste de aprender perde a capacidade de ensinar”.
É impossível ser um bom professor tendo um “arquivo intelectual vazio”.
Se o professor não domina o assunto a ser tratado não poderá transmiti-lo aos outros. Somente um estudante pode ensinar outro estudante.
Você continua seu processo de aprendizagem? Quantos livros você lê por ano? Você lê a Bíblia pelo ao menos uma vez ao ano? O seu trabalho é ensinar e só se ensina depois que se aprende.
Muitas vezes, devido à grande demanda de mão de obra, não há nenhuma exigência para que uma pessoa ocupe o cargo de professor da EBD.
Que mudanças houve na sua vida nos últimos tempos? Você está crescendo espiritualmente em que áreas? Cite (pense) uma área da sua vida em que a Palavra gerou impacto, mudança e crescimento na sua vida com Deus.
Para ser professor é preciso ser transformado pela Palavra, ser apaixonado leitor dela e ser uma proclamação viva do que é a Palavra para aqueles que não a leem.

II - Primeiro ouça, depois ensine a praticar.
Você conhece os seus aprendizes? Sabe do que eles gostam? Conhece as pessoas que eles admiram (na música, internet, literatura, etc.)? Eles se sentem à vontade contigo? Um mestre de excelência para jovens e adolescentes é aquele que se identifica com os meninos e meninas, questionando e ouvindo-os, sem recriminá-los, mas buscando entendê-los em sua forma de pensar e sentir para só então, com amor, orientar biblicamente quanto aos equívocos que estejam cometendo.
Fazendo isso, envolva-os. Mas tome cuidado com o envolvimento correto. Preste atenção às três frases abaixo, pois vamos avalia-las:
A repetição leva à perfeição - errado, pois essa prática repetida anos a fio pode estar errada ou ultrapassada.
A experiência é nosso melhor mestre - incorreto. As pessoas não precisam ter uma overdose de cocaína para saber que ela é uma droga destrutiva. A experiência adequadamente avaliada é o nosso melhor mestre.
“É fazendo que se aprende” (Platão) - correto. Porém esta frase não especifica o que é esse “fazer”. Por isso, entendo que ela ficará melhor se dita assim: “É fazendo a coisa certa que se aprende o certo”.
Esteja atento aos seus alunos e insira atividades práticas que os levarão a aprender o evangelho profundamente.

III - Primeiro o coração, depois o conteúdo.
O que impacta as nossas vidas não é a razão, mas o coração (coloque a mão na cabeça, tente sentir o seu cérebro; agora coloque a mão no peito e tente sentir o seu coração. Qual dos dois você sentiu?).
O coração na Bíblia se refere à totalidade do ser (intelecto, emoção e vontade).
Entenda, se os seus aprendizes gostarem de você, gostarão daquilo que você ensina. Faça um exercício e tente se lembrar das matérias que você mais gostava na escola e de como era a sua relação com esse professor ou professora? Será que você passou a gostar de uma matéria que antes odiava quando foi estudar com o professor (a) A ou B?
Os ensinos mais preciosos que guardamos no coração estão diretamente ligados a pessoas que temos no coração.
Gostamos de recordar momentos gostosos de aprendizado que tivemos ao lado de pessoas que amamos. Recordar vem do latim “Re Cordis” e significa repetir no coração.
Essas recordações só são possíveis porque essas pessoas e seus ensinos foram, e talvez ainda sejam, importantes para nós. Importante, por sua vez significa “Portar dentro”. Ou seja, nós trazemos essas pessoas e seus ensinos em nossos corações.
A lição é: Seja importante para os seus aprendizes para que eles possam sempre trazer no coração os seus ensinos e recordar cada um deles revivendo o momento maravilhoso em que aprenderam contigo.

Conclusão:
Quero encerrar esse tema tão importante da necessidade de ensinar os nossos adolescentes e jovens fazendo pequenos apontamentos que julgo pertinentes para a fixação do conteúdo.
Invista em você e no seu crescimento espiritual, intelectual e pessoal, pois só pode amar o outro a ponto de gerar transformação em sua vida aquele que ama e investe em si mesmo para experimentar a transformação.
Ouça os meninos e meninas que o Senhor te confiou. Mostre-se interessado nos seus dilemas e lutas, mas com real interesse.
Procure conhecer o que eles gostam e estão ouvindo, lendo e vendo por aí.
Não os julgue sem antes os entender. Assim você poderá orientar com graça, mansidão e autoridade.
Seja amigo dos seus aprendizes, tocando-lhes o coração, para que você, seus ensinos e conselhos se tornem importantes para eles a ponto de se recordarem, sempre que necessário, de cada um.
Deus os abençoe no vosso ministério!

sexta-feira, 13 de janeiro de 2017

Perdão



TEXTO: mateus 6:14,15
“Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará.
Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas".

Introdução
Não temos nenhuma dificuldade em conceituar e falar sobre o perdão. Porém praticá-lo é outra coisa... Tendemos a guardar ressentimentos “justificáveis”, a ficar aguardando que o outro dê sinal de arrependimento primeiro para que depois pensemos em perdoá-lo.
Perdoar é conceder a absolvição de qualquer ofensa ou dívida, desistindo do direito de reivindicação, assim como o Senhor nos perdoou em Cristo sem exigir de nós qualquer pagamento.
Nesta reflexão vamos entender, a partir de alguns princípios bíblicos, o porquê o perdão é tão importante e quais os benefícios que vêm do ato de perdoar.
Abra o coração para que o Espírito Santo ministre a você.


I – PERDOAR É UM MANDAMENTO.
Somente seremos perdoados pelo Eterno se perdoarmos.
“Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas". Mateus 6:14,15
Deus se auto impôs este limite, ele só dá perdão a quem se dispõe a perdoar.
O não perdoar nos mantém em escravidão.
Na parábola do servo impiedoso, em Mateus 18:23-35, Jesus ensina sobre a maldade humana de querer ser perdoado, mas não estar disposto a dar o perdão.
Essa atitude nos fará ser entregues aos torturadores.
A falta de perdão frequentemente leva a pessoa a ter doenças físicas e mentais, além de produzir fortalezas demoníacas.
A negação em perdoar faz mal tanto a quem se recusa em dar o perdão, quanto ao que precisa ser perdoado.
A falta de perdão bloqueia as promessas de Deus.
"Portanto, se você estiver apresentando sua oferta diante do altar e ali se lembrar de que seu irmão tem algo contra você, deixe sua oferta ali, diante do altar, e vá primeiro reconciliar-se com seu irmão; depois volte e apresente sua oferta”. Mateus 5:23,24
“E quando estiverem orando, se tiverem alguma coisa contra alguém, perdoem-no, para que também o Pai celestial lhes perdoe os seus pecados". Marcos 11:25
A palavra diz que devemos primeiro perdoar nosso irmão para depois orarmos.
Para caminhar na fé precisamos agir bíblica e corretamente com as pessoas.
Mateus 5 ensina que se nós ofendemos o nosso próximo, então nós devemos buscar a reconciliação. E Marcos 11 ensina que se foi o nosso próximo quem nos ofendeu, então nós também devemos iniciar o processo de reconciliação.
Buscar a reconciliação é a tarefa daquele que é espiritual e maduro o suficiente para saber que Deus nos fez ministros da reconciliação (2Co 5.18).

II – COMO AGIR NO PROCESSO DE PERDÃO.
Não se justifique
Os justificar-se apenas perpetua o pecado e mantém as pessoas separadas.
Ao dar o perdão não fale mais a respeito da ofensa - Aquele que cobre uma ofensa promove amor, mas quem a lança em rosto separa bons amigos. Provérbios 17:9

Não espere o arrependimento do outro para lhe dar o perdão.
O Senhor Jesus (Lc 23.34) e o diácono Estêvão (At 7.60), perdoaram os seus agressores enquanto estava sendo mortos, mesmo quando não havia nenhum arrependimento por parte daqueles que desejavam as suas mortes.
Perdoar é um ato da vontade, não um sentimento.
Decida perdoar e os sentimentos seguirão a decisão.
Não julgue o seu cônjuge. Não podemos justificar o nosso “pequeno” pecado e condenar o “grande” pecado do nosso cônjuge. Para o Senhor pecado é pecado. - Todo aquele que pratica o pecado transgride a Lei; de fato, o pecado é a transgressão da Lei. 1 João 3:4
Dizer: “não posso perdoar” significa “não quero perdoar”.
A falta de perdão impede que Deus nos perdoe (Mt 6.14,15) e nos impede de prosperar (Pv28.13).
Em função disso começamos a experimentar os efeitos negativos da falta de perdão e tendemos a culpar a pessoa que não queremos perdoar.
Evite a amargura - Cuidem que ninguém se exclua da graça de Deus. Que nenhuma raiz de amargura brote e cause perturbação, contaminando a muitos. Hebreus 12:15
Amargura é o resultado de uma falta de perdão de longa data.
O efeito da amargura é que ela traz perturbação e contamina muitas pessoas.
A amargura destrói o amor.

III – VIVENDO A RECONCILIAÇÃO.
Perdoe a si mesmo.
Antes de perdoar aos outros precisamos perdoar a nós mesmos.
Jesus nos perdoou. Então se não nos perdoamos estamos nos colocando acima do Senhor. Isso é orgulho.
Não é possível perdoar os outros se não perdoamos a nós mesmos - E o segundo é semelhante a ele: ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’. Mateus 22:39.
Não permita nem mesmo pequenas áreas de falta de perdão, chamadas de desapontamentos.
Jesus destruiu toda barreira de inimizade – Ef 2.14-16
Não permita que a falta de perdão reconstrua a barreira que o Senhor destruiu.
Escolha perdoar, seja obediente e inteligente.
Confesse que perdoou mesmo que seu coração esteja dolorido com a ofensa.
Não fique pensando mais na ofensa perdoada.
Semeie boas sementes e declare a Palavra ao invés de ficar pensando na ofensa.
Abençoe aqueles que você perdoar – “Mas eu lhes digo: Amem os seus inimigos e orem por aqueles que os perseguem,”. Mateus 5:44.

Conclusão: 
Talvez você pense que não há nada para ser perdoado. Mas pode ser que vocês se identifiquem com a palavra “desapontamento”. Pequenos desapontamentos podem passar despercebidos porque, afinal, não é nada tão grande. Porém, o acumulo desses pequenos desapontamentos pode gerar um afastamento tão grande que depois nenhum dos dois saberá identificar porque estão tão distantes, pois foi um acúmulo de uma infinidade de pequenos desapontamentos.
Decida tratar e perdoar todas as ofensas, até mesmo as que vocês julguem insignificantes. Elas podem ser as piores por passarem despercebidas e mesmo assim não deixam de causar seus pequenos estragos como a erosão em um terreno, que passa despercebida, mas quando se dão conta, já está destruindo tudo.
Decida perdoar e evitar a destruição dos relacionamentos.