A EPÍSTOLA DE
PAULO AOS ROMANOS
CAPÍTULO 16 – Fechando com chave de ouro
TEXTO CHAVE: “Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus
Cristo para todo o sempre. Amém.”.
Romanos 16.27
VERDADE
TEOLÓGICA: “A amizade, a comunhão e a
unidade são a essência da vida coletiva da Igreja”.
Ioséias C. Teixeira
ESTUDOS DE
PREPARAÇÃO SEMANAL
Segunda-feira:
Rm 16.1-16.
Saudações aos amigos.
Terça-feira:
At 18.1-4
Amigos verdadeiros são inesquecíveis.
Quarta-feira:
Rm 16.17-20
Uma advertência final.
Quinta-feira:
1Pe 1.10-12
Os profetas anunciaram a salvação que nós desfrutamos.
Sexta-feira:
Rm 16.21-27
Doxologia conclusiva.
Sábado: Ef
3.4-6
O mistério oculto, a saber que os gentios são
co-herdeiros da mesma promessa.
LEITURA
BÍBLICA CONGREGACIONAL
Romanos
16.24-27
24-A graça de nosso Senhor Jesus Cristo seja com todos
vós. Amém.
25-Ora, aquele que é poderoso para vos confirmar
segundo o meu evangelho e a pregação de Jesus Cristo, conforme a revelação do
mistério que desde tempos eternos esteve oculto,
26-Mas que se manifestou agora, e se notificou pelas
Escrituras dos profetas, segundo o mandamento do Deus eterno, a todas as nações
para obediência da fé;
27-Ao único Deus, sábio, seja dada glória por Jesus
Cristo para todo o sempre. Amém.
ELUCIDAÇAO
TEXTUAL
Paulo termina a sua
epístola frisando aquilo que era o compromisso mais importante da sua vida: o
evangelho e a sua pregação, como os meios de Deus para salvar e confirmar os
seus mediante a obediência pela fé no mistério que estava oculto desde a eternidade,
mas agora é revelado para promover a glória ao único e eterno Deus, por meio de
Jesus Cristo, nosso Senhor.
INTRODUÇÃO
.Este capítulo trata da despedida dos amigos e do
último apelo de Paulo para a Igreja de Roma em favor da comunhão e unidade entre
os irmãos. Ao final o apóstolo exalta a Deus por meio de uma doxologia
maravilhosa de louvor e exaltação da sabedoria de Deus.
A mensagem de Paulo aos Romanos declara que a Igreja
de proclamar que Deus é quem dá a salvação, a dádiva da justiça, concedida a
todos os que recebem pela fé. A Igreja não deve incentivar uma fé separada da
fidelidade. A segurança não pode estar fundamentada na decisão humana, mas na
obra de expiação e justificação de Jesus.
I-SAUDAÇÕES
AOS AMIGOS (vv.1-16).
Apesar de que Paulo nunca tenha estado em Roma, ele
tinha grandes amigos por lá. Este capítulo de encerramento da sua carta aos
Romanos é muito pessoal, contudo é uma passagem muito instrutiva a todos nós.
Ele começa recomendando a Febe a Igreja, pois ela
provavelmente era desconhecida dos irmãos de Roma, visto que servia a Igreja em
Cencréia, uma cidade portuária, vizinha de Corinto e distante de Roma cerca de
500km por mar (vv.1,2).
A maioria dos teólogos acredita que a própria Febe
seria a portadora desta carta e por isto a sua recomendação feita por Paulo,
pois era comum enviar correspondências através de amigos em viagem.
A partir do versículo 3 até o v. 16, Paulo se ocupa de
cumprimentar diversos amigos que estavam morando em Roma
A primeira saudação de Paulo é para o precioso casal,
Priscila e Áquila, que o hospedou em Corinto. (vv.3-5a; cf. At 18.3). “Quando
Paulo os encontrou pela primeira vez tinham vindo recentemente de Roma, havendo
sido expulsos daquela cidade pelo decreto do imperador Cláudio, o qual ordenou
que todos os judeus deixassem Roma (At 18.2).” (William Hendriksen)
Ambos eram fabricantes de tendas assim como Paulo, e
além de serem seus parceiros na proclamação do evangelho, arriscaram suas vidas
em favor dele. Embora não se saiba em que circunstâncias, pois não há outro
registro a respeito. Mas, especula-se que tenha sido durante o tumulto em Éfeso
citado em Atos 19.23-41.
Este casal estava sempre à disposição do Senhor,
abrindo agora em Roma sua casa para os crentes se reunirem (1Co 16.19).
Na sequência (vv.5b-12), Paulo cumprimenta mais
quatorze irmãos. Além de Epêneto, por quem Paulo tinha uma afeição especial por
ter sido o primeiro fruto do evangelho na província romana na Ásia; muito pouco
se sabe a respeito dos outros irmãos citados neste trecho. Ele também cita os
seus parentes, Andrônico e Junias, que estavam em Cristo (se converteram) antes
dele. Conforme especula o pastor Ary Veloso: “Teriam os parentes de Paulo, logo
depois da conversão, dito um para o outro: ‘Precisamos orar pelo nosso parente,
o rabino Saulo de Tarso. Deus pegando o coração dele, muita coisa pode
acontecer no Reino’”?
No versículo 13 encontramos algo interessante, segundo
Geoffrey B. Wilson. “Como Marcos provavelmente escreveu seu evangelho em Roma,
é quase certo que este Rufo fosse o filho de Simão Cinereu, que carregou a cruz
por Jesus (Mc 15.21). Paulo também saúda sua mãe com um toque de ternura que
recorda com gratidão alguma ocasião em que ela desempenhara o papel de mãe para
ele.”
Já os irmãos citados nos versículos 14 e 15, seus
nomes sugerem que fossem escravos, embora não se saiba nada deles.
Paulo então admoesta: “Saúdem uns aos outros com beijo
santo.” (v.16a). E aqui está um ótimo exemplo prático de “algo diferente” em
sua prática, como aprendemos no capítulo 15. Era comum no Oriente expressar
afeição e confiança por meio do “ósculo da paz”. O que Paulo está dizendo aqui
é que devemos manifestar amor cristão uns pelos outros, de acordo com nossos costumes
e não necessariamente por um beijo.
Não devemos concluir que porque um costume existiu na
igreja primitiva e teve o apoio apostólico, este deve ser seguido até os dias
de hoje! Como observa Hodge... “Estes costumes muitas vezes nasciam de
circunstâncias locais ou hábitos anteriores, ou eram apenas modos convencionais
de se expressar certos sentimentos, e nunca se pretendeu que fossem universalmente
obrigatórios”.
Como também afirma Geoffrey B Wilson: “Este é apenas
um exemplo; há muitas outras coisas ligadas à maneira de se conduzir o culto,
com a administração do batismo e da Ceia do Senhor, comuns nas igrejas
apostólicas, que deixaram de ser praticadas”.
“O cristianismo é um princípio vivo, e nunca se
pretendeu que fosse confinado a formas fixas.”
Em suas viagens Paulo conheceu muitas igrejas; e é
natural que ele gostasse de transmitir saudações de umas para as outras, pois
ele sempre pregou a unidade de todos os crentes em Cristo (v.16b).
II-UMA
ADVERTÊNCIA FINAL (vv.17-20)
Nos versículos 17 e 18 Paulo faz referência aos
“falsos cristãos”. Pessoas que causam divisões na igreja, jogando as pessoas
umas contra as outras e criam obstáculos ao ensino doutrinário que recebem. E o
pior, tais pessoas fazem isso por meio de palavras sutis, bajulação e enganam
os ingênuos.
É triste, mas esse problema é tão comum hoje como era
no passado. Essas pessoas podem ser encontradas em qualquer igreja,
independente de época ou lugar. Eles distorcem “coisas essenciais” e propagam
doutrinas contrárias à Palavra de Deus, baseadas nas suas ideias pessoais,
causando divisões e desviando outros irmãos.
Paulo nos orienta a evitá-los, não lhes dar atenção,
muito menos entregar-lhes nossos corações ou ouvidos!
Nos versos 19 e 20, segundo William Hendriksen, Paulo
está nos dizendo: “Vivam de tal maneira que sejam qualificados para a tarefa de
escolher o que é bom aos olhos de Deus e sejam inocentes ou ingênuos acerca do
que é mal. Sejam sábios com o propósito de fazer e promover o que é certo, e
não deixar-se “confundir” com algo que, à vista de Deus é mal.
Ajam da seguinte maneira: tenham cuidado, evitem,
obedeçam, sejam sábios e sejam inocentes. Em outros termos: assumam sua
responsabilidade!”.
Quanto a Satanás, Deus cumprirá a promessa de Gênesis
3:15; e os santos participarão desta vitória! (Ap 19.13,14).
Paulo agora transmite as saudações de seus
cooperadores (vv.21-24), Timóteo, Lúcio, Jasom e Sosípatro; estes três parentes
de Paulo. Também Tércio, o amanuense de Paulo, que escreveu a carta para o
apóstolo, envia sua saudação e de Gaio, Erasto e Quarto.
Estes são os amigos de Paulo que estão em ele em
Corinto. Note que naquela época era comum que o autor de uma carta tivesse um
secretário, que ao final assinava e às vezes acrescentava algumas palavras.
III-DOXOLOGIA
CONCLUSIVA (vv.25-27)
A palavra doxologia é a fusão de duas palavras gregas (δόξα [doxa] "glória" + λογία [logia],
"palavra") e que significa literalmente uma “palavra de glória”, e na
verdade é uma forma de litúrgica de louvor a Deus.
A carta termina com uma maravilhosa dedicação do
apóstolo ao único Deus. E é muito provável que ele tenha escrito este trecho de
próprio punho, como era seu costume (confira em Gálatas 6:11).
O versículo 25a parece uma repetição no verso 1.11.
Paulo aqui se refere ao fortalecimento espiritual, o que pode ser traduzido
também por confirmação e não ao recebimento de algum dom carismático, tal como
falar em línguas.
Deus age poderosamente em nossas vidas nos
fortalecendo através da Sua Palavra. Se você quiser experimentar o poder
sobrenatural Dele em sua vida, estude a Bíblia! Quantos crentes ficam de lá
para cá, de igreja em igreja, correndo atrás de uma “benção especial” (que não
existe) a fim de “revolucionar” sua vida espiritual!
Os versículos 25b-26 se referem a um mistério que
estava oculto desde os tempos eternos e que se revelou pela Escritura. Geoffrey
B. Wilson nos explica que “Antes da vinda de Cristo, sua mensagem havida sido
confinada a Israel, mas o cumprimento da esperança do Velho Testamento em
Cristo tornou suas palavras significativas para o mundo todo (1Pe 1.10-12); e
esta grande mudança aconteceu de acordo com o mandamento do Deus eterno
objetivando o Seu propósito eterno, ou seja, que o evangelho fosse proclamado a
todas as nações para trazê-las à obediência da fé (Rm 1.5).”
Denney acrescenta: “Aquele que projetou este grande
plano de salvação é “o único Deus sábio”, e é em virtude de ter este caráter de
Ele é capaz de confirmar – fortalecer espiritualmente - os romanos segundo o
evangelho de Paulo” (Ef 3.4-6).
Vivemos a revelação deste grande mistério ainda hoje:
quando compartilhamos, testemunhamos Jesus Cristo através da nossa vida, somos
fortalecidos no Senhor! (Veloso)
Ao único Deus, através da mediação de Jesus Cristo,
que toda a glória deve ser dada para sempre (v.27). Amém.
CONCLUSÃO
Paulo termina a sua epístola com muitas saudações
pessoais. Cita o nome de 26 líderes da Igreja, que eram também seus amigos
particulares (vv.1-16).
Paulo apelou à Igreja para que evitasse divisões e
desunião (vv.17-20). Transmitiu saudações dos seus companheiros (vv.21-23) e
terminou com uma doxologia apropriada: “Ao Deus único e sábio seja dada glória,
por meio de Jesus Cristo, pelos séculos dos séculos. Amém” (vv.25-27).
Pr. Ioséias , Que Deus te dê sabedoria em dobro. Sua mensagem de RM 16 está fundamentada na Biblia. Parabéns. Continue ajudando os estudantes por meio de seus comentarios.,Pr. Ramos
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