quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

O QUE É O EVANGELHO

O Evangelho consiste na anunciação de um Deus santo e soberano, que criou o homem para o louvor da Sua glória, e que este homem por sua própria responsabilidade transgrediu os desígnios de Deus, abandonando-o.
Porém esse mesmo Deus, por amor ao homem, se encarnou, assumiu a forma humana, pagou pelo pecado do homem na cruz do Gólgota, ressuscitou ao terceiro dia para garantir ao homem a vida eterna, e agora espera uma resposta do homem, crendo, recebendo e vivendo pela fé neste amoroso Deus que se dispôs a morrer pela sua criação para resgatá-la da dívida que para ela era impagável.
A parte de Deus já foi totalmente feita. E a sua resposta a este ato de amor e misericórdia, qual tem sido?

reflexão feita a partir do Livro "O que é o Evangelho?", de Greg Gilbert, Ed. Fiel.

sábado, 27 de dezembro de 2014

Aprendizados de minha hora silenciosa com Deus.

Mateus 28:19 NVI

"Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo"

A missão de Cristo dada a cada um de nós é de fazermos discípulos dEle. E essa missão só pode ser cumprida por aqueles que já são discípulos de Jesus.
Se não temos impactado pessoas por meio da nossa vida a ponto de elas perceberem Jesus em nossas atitudes e palavras, então há algo errado na nossa conversão ou santificação.
A verdade deste texto é que Jesus já deu a ordem da missão para todos os discípulos. Não precisamos "sentir um negócio", "ter uma visão" ou "sentir um chamado especial". Temos apenas que ler a Escritura, tomar conhecimento da ordem do Senhor e cumpri-la.
Discípulo gera discípulo; ovelha gera ovelha; lobo gera lobo. E esta "gestação" está diretamente ligada à saúde de quem gera. Pais e mães saudáveis geram filhos saudáveis e o mesmo princípio se aplica aos discipuladores.
Com base no exposto acima cabe-nos alguns auto questionamentos. Nossa conduta, ações e palavras revelam que somos mesmo discípulos de Cristo? Se sim, nós temos influenciado com nossa vida cristã as pessoas que nos cercam? Se temos, qual a qualidade da influência que exercemos sobre essas pessoas ( sua saúde espiritual)?
Este pequeno texto é fruto de minha devocional nesta manhã, enquanto ouvia o Senhor Espirito Santo me ensinando em minha hora silenciosa.
Decidi compartilhar na esperança de te abençoar também.
Soli Deo Gloria.

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Lições de Jesus

Lições que aprendi com Jesus:
Nunca pregue a sua religião, fale do Evangelho apenas.
Nunca cobre o envolvimento de ninguém, que ama se envolve sem cobrança.
Nunca imponha; sempre proponha.
Essas são algumas das diferenças entre o Cristianismo (divino na totalidade) e a religião (humanista por natureza).
Ele é o meu único Mestre. Afinal todos os demais mestres que tenho e tive, também aprenderam dEle.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Jesus: O Deus que se fez menino

Graça e paz lhes sejam multiplicados.
Que o Deus que se fez menino nos inspire a ser como Ele, que sempre escolheu a inocência em lugar da malícia, a alegria em lugar da raiva, a humildade em lugar do orgulho, o perdão em lugar da acusação, e, sobretudo, o amor em lugar do ódio.
Que neste dia nos lembremos que Ele assumiu a nossa natureza (Jo 1.14) e se fez como nós (Fp 2.5-8) para nos fazer participantes da Sua natureza (2Pe 1.14) e semelhantes a Ele (Rm 8.29).
Glória e louvores sejam dados a Jesus, nosso Senhor e Salvador amado.
Feliz celebração do Natal de Jesus.

terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Deus age a simplicidade

Bom dia!
Hoje é antevéspera do Natal e quero deixar esse texto para sua reflexão.

Lucas 2:6-7 NVI

"Enquanto estavam lá, chegou o tempo de nascer o bebê, e ela deu à luz o seu primogênito. Envolveu-o em panos e o colocou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria".

Lembre-se sempre que Deus age na simplicidade e não na ostentação.
A Sua maior bênção para nós (Jesus) nasceu num lugar simples, foi envolto e panos e teve como berço um cocho onde os animais comiam.
Valorize cada momento simples da sua vida, porque nestes momentos Deus costuma estar realizando seus maiores milagres.
Deus age no silêncio da simplicidade. Ele não faz estardalhaços como nós, homens.
Soli Deo Gloria!

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

Os níveis da honra

"Tratem a todos com honra".
1Pe 2.17.

A palavra honra em grego significa "atribuir valor elevado, estimar, tratar com dignidade".
Quando utilizada em relação aos homens esta palavra apresenta três níveis.
O 1º nível é a honra intrínseca, que Deus possui e dá a todo ser humano por ter nos criado a sua imagem e semelhança.
O 2º nível é a honra baseada no caráter. Pessoas de caráter ilibado são dignas de nossa estima e respeito.
O 3º nível de honra está fundamentado no desempenho. Pessoas competentes no que fazer devem ser valorizadas, respeitadas e reconhecidas por isso.
O primeiro nível de honra se aplica a toda e qualquer pessoa, e devemos valorizar o próximo por possuir em si a imagem e semelhança do Eterno.
O segundo e o terceiro níveis de honra se aplicam somente àqueles que se fazem dignos dela, por meio de quem são (caráter) e do que fazem (competência).
Minha pergunta é: tenho sido digno dos níveis 2 e 3? Tenho dado honra a todos conforme seu(s) nível ou níveis de dignidade?
Essa é uma resposta pessoal e intransferível.
Solo Deo Gloria.

sexta-feira, 19 de dezembro de 2014

As diferenças entre o amor e a paixão



Porque não gosto da palavra Paixão nos cânticos entoados e mensagens na Igreja (a não ser dentro do contexto correto).
[Do lat. passione.]
S. f.
 1.     Sentimento ou emoção levados a um alto grau de intensidade, sobrepondo-se à lucidez e à razão.  
 2.    Amor ardente; inclinação afetiva e sensual intensa.  
 3.    Afeto dominador e cego; obsessão.
 4.    Entusiasmo muito vivo por alguma coisa.  
 5.    Atividade, hábito ou vício dominador.  
 6.    O objeto da paixão (2, 3, 4 e 5): 2  
 7.    Desgosto, mágoa, sofrimento: 2  
 8.    Arrebatamento, cólera: 2  
 9.    Disposição contrária ou favorável a alguma coisa, e que ultrapassa os limites da lógica; parcialidade marcante; fanatismo, cegueira: 2  
10.   O martírio de Cristo e dos santos.
11.    A parte do Evangelho que trata do martírio de Cristo. [Nessas duas últimas acepç., escreve-se com cap.] 
12.    A expressão de sensibilidade ou entusiasmo do artista que se manifesta numa obra de arte; calor, emoção: 2  
13.    Música. Gênero de cantata ou oratório religioso cujo tema são os acontecimentos que precederam e acompanharam a morte de Cristo, tal como se acham descritos nos quatro Evangelhos.
14.    Teatro.  Composição dramática baseada na vida de Cristo. 

Porque prefiro a palavra AMOR (Igualmente dentro do contexto correto).
(ô). [Do lat. amore.]
S. m.
 1.     Sentimento que predispõe alguém a desejar o bem de outrem, ou de alguma coisa: 2  2  
 2.    Sentimento de dedicação absoluta de um ser a outro ser ou a uma coisa; devoção extrema: &  &   2  
 3.    Sentimento de afeto ditado por laços de família: 2  
 4.    Sentimento terno ou ardente de uma pessoa por outra, e que engloba tb. atração física: &   2  2  
 5.    P. ext.  Atração física e natural entre animais de sexos opostos: 2  
 6.    Amor (4) passageiro e sem conseqüência; capricho: 2  
 7.    Aventura amorosa; amores (3): 2  
 8.    Adoração, veneração, culto: amor a Deus. 
 9.    Afeição, amizade, carinho, simpatia, ternura.
10.   Inclinação ou apego profundo a algum valor ou a alguma coisa que proporcione prazer; entusiasmo, paixão: 2  2  2  
11.    Muito cuidado; zelo, carinho: 2  
12.    O objeto do amor (1 a 9).

Fonte: Dicionário Eletrônico Aurélio – Século XXI.

As Cinco Linguagens do Amor



Todos poderíamos citar algo que gostaríamos de ver mudado em nosso cônjuge. Entretanto, quase todos buscamos obter essas mudanças por meio de cobranças ou críticas. Mas esse método, como já sabemos, não funciona.
Então o que fazer? É o que o breve estudo que se segue propõe explicar a fim de te ajudar analisando as Cinco Linguagens Universais do Amor.
Que o Altíssimo nos abençoe.
1. Primeira Linguagem do Amor: Palavras de afirmação.
*Algumas pessoas se sentem amadas quando ouvem palavras de afirmação.
Focalizar aspectos positivos e expressar apreciação pelas qualidades do cônjuge são atitudes que costumam motivá-lo a aprimorar seu comportamento.
Frases como:
Você está linda nesse vestido.
Obrigado por levar o lixo.
Quero que saiba que você é muito importante para mim.
Podem revolucionar seu casamento.
As palavras de afirmação podem focalizar:
A personalidade do cônjuge:       
"É tão bom chegar em casa e te ver animada e feliz por eu estar de volta. Isso é muito importante para mim".
"É incrivel seu jeito de lidar com os problemas. Você facilita muito a minha vida com as soluções que encontra".

Rute 1,15,16
As características físicas:
"Seu cabelo está lindo!"
"Gosto do brilho nos seus olhos".
"Como você é forte!"
2. Segunda Linguagem do Amor: Presentes.      
Não existe uma cultura no mundo em que presentear não seja uma expressão de amor.
Presentes são provas físicas e visíveis de consideração e carinho.
1Sm 18.1-5
3. Terceira Linguagem do Amor: Atos de Serviço.
Um gesto vale mais que mil palavras.
Fazer algo para seu cônjuge é uma expressão de profundo amor.
4. Quarta Linguagem do Amor: Tempo de Qualidade.
Dedicar tempo de qualidade não é apenas estar no mesmo cômodo ou na mesma casa.
É dedicar total atenção ao cônjuge.
É sentar no sofá e conversar, fazer uma caminhada juntos, sair para comer, olhar nos olhos, dialogar.
Fale sobre acontecimentos do dia, sobre as preocupações do cônjuge, planos para o futuro, etc.
5. Quinta Linguagem do Amor: Toque físico.
Bebês tocados com afeto são emocionalmente mais saudáveis do que os que não são.
O mesmo se aplica aos adultos.
Um abraço, um gesto de carinho, um toque no rosto, um beijo de mais de dez segundos, um beijo ao sair e ao chegar, etc. Todas essas coisas são manifestações físicas importantes de amor. 

Palestra para casais extraída do livro As Cinco Linguagens do Amor, de Gary Chapman, pela Editora Mundo Cristão.

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Quem desiste de aprender perde a capacidade de ensinar.
                                                                   Ioséias C. Teixeira

Cristãos e religiosos distinguidos pela motivação



Os cristãos são motivados pelo amor em tudo o que fazem e os religiosos pela obrigação. E a diferença que vejo entre ambos descrevo abaixo.
O amor arde de desejo de fazer o bem.
A obrigação gela de desprezo e não se importa com o bem.
O amor não reclama do que faz porque faz com alegria, enquanto a obrigação nunca vê motivo para se alegrar e só lhe resta reclamar.
O amor não conta o tempo, já a obrigação não consegue parar de olhar para o relógio.
O amor nunca quer ir embora, mas a obrigação não vê a hora de “se ver livre”.
O amor é amoroso porque conhece a Jesus e procede dele.
A obrigação se sente obrigada porque não conhece a Jesus ou conhece só de ouvir falar, mas não de se relacionar.
Essas diferenças me ajudam a identificar quando sou cristão e quando sou meramente religioso em meus atos.
Soli Deo Gloria!

MEU NATAL

Isaías 7:14
"Por isso o Senhor mesmo dará a vocês um sinal: a virgem ficará grávida, dará à luz um filho e o chamará. Emanuel".
Não me importa que 25 de dezembro seja uma data pagã, que se refere a Tamuz, filho de Ninrode com Semíramis, e que a cristandade antiga e medieval tenha adotado essa data com o propósito de atrair os pagãos. Nem que a sociedade capitalista moderna tenha transformado essa data numa ocasião de desenfreado consumismo.
O que me importa é que todo dia eu me lembro de que Deus nos presenteou com o envio de nosso Senhor Jesus para nossa salvação e lhe dou graças por isso.
Então, no próximo 25 de dezembro, e enquanto eu viver, vou celebrar a Deus por Jesus com a minha família e orar em gratidão a Ele por Sua encarnação para nossa salvação.
Quem é Tamuz? Minha vida é de Jesus!

terça-feira, 16 de dezembro de 2014

ENTENDENDO A SOBERBA.

Há um poder sedutor na soberba.
Ninguém zomba de um soberbo.
As pessoas zombam de pessoas humildes, de bêbados, de pobres, etc. Mas os soberbos muitas vezes são admirados porque passam a imagem de quem "sabe" o que quer, de quem "é" senhor de si, de quem tem o "controle" sobre "tudo" e "todos".
Por isso satanás caiu do céu. Sua soberba o derrubou. Ele achou que "era" e que "podia".
Os soberbos tentam se impor porque acham que "são" e "podem", mas sendo ou tarde cairão assim como o seu diabólico mestre.

TENTANDO ENTENDER A HUMILDADE.

A humildade sabe o que é e o que pode.
O humilde não pode ser humilhado porque ele está seguro de quem é vive no "piso" de suas competências. Por isso ele não pode "cair".
O humilde  não "acha" nada. Ele constrói a partir do seu "piso" e ergue sua história com base nas suas competências.
Por isso o humilde não se impõe sobre ninguém. Seu trabalho não se fundamenta em sobressair aos outros, mas em superar a si mesmo, sendo o melhor que pode a cada dia.
Deus é o modelo perfeito da humildade. Ele é e não vê necessidade nenhuma de provar que é. Ele pode, mas não força ninguém por Seu poder para fazer o que quer e Ele faz coisas novas a cada dia.
A humildade é a característica de Deus naqueles que aceitam a Sua proposta de vida.
Diferente da soberba, a humildade não se impõe, ela propõe.
Por isso os humildes são bem aventurados e herdarão a terra; o seu Senhor É manso e humilde de coração e eles aceitaram a proposta de aprender dele e dele é a Terra e a sua plenitude.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

Alguns tipos de figuras de linguagem


1  As figuras de linguagem que transmitem comparação
Símile – É uma comparação que lembra outra explicitamente. Pedro usou um símile quando disse que “…toda carne é como a erva…” (1 Pe. 1:24). Jesus também fez uso do símile quando disse: “…eu vos envio como cordeiros para o meio de lobos”. A dificuldade dos símiles é descobrir as semelhanças entre os dois elementos. Em que aspecto a carne é como a erva. De que forma os cristãos são como cordeiros?
Metáfora – É uma comparação em que um elemento representa outro, sendo que os dois são essencialmente diferentes. Em uma metáfora a comparação está implícita. Temos um exemplo disso em Isaías 40:6: “Toda a carne é erva”. Note que é diferente da expressão em 1 Pedro, acima. Jesus comparou seus seguidores ao sal: “Vós sois o sal da terra” (Mt. 5:13). Quando Jesus afirmou: “Eu sou a porta” (Jo. 10:7-9), “Eu sou o bom pastor” (vv. 11-14) e “Eu sou o pão da vida” (6:48), ele estava fazendo comparações. O leitor é levado a pensar de que forma Jesus assemelha-se a tais elementos.
Hipocatástase – Não é uma figura de linguagem tão conhecida, mas também faz uma comparação, na qual a semelhança é indicada diretamente. Davi, no Salmos 22: 16, disse: “Cães me cercam…”. Ele não estava se referindo aos caninos, mas sim aos seus inimigos. Os falsos mestres também são chamados de cães em Filipenses 3:2, e lobos vorazes em Atos 20:29. Em João 1:29, João Batista fez uso de uma hipocatástase quando exclamou: “Eis o Cordeiro de Deus”.
2  As figuras de linguagem que transmitem substituição
Metonímia – A metonímia consiste em trocar uma palavra por outra. Por exemplo, quando afirmamos que o Congresso tomou uma decisão, queremos dizer que os deputados e senadores tomaram a decisão. Pode ser também que a causa seja usada em lugar do efeito. Os opositores de Jeremias disseram: “…vinda, firamo-lo com a língua…” (Jr. 18:18). Como seria absurdo produzir ferimentos com a língua, é claro que eles estavam referindo-se a palavras. Em Atos 11:23, temos outro exemplo quando fala de Barnabé: “…e, vendo a graça de Deus…”. O sentido aqui só pode ser o do efeito da graça, pois a graça, na realidade não pode ser vista. Temos exemplos de substituição de elementos relacionados ou semelhantes. quando Paulo disse: “Não podeis beber o cálice do Senhor…” (1 Co. 10:21), ele não estava se referindo ao cálice propriamente dito, mas sim ao conteúdo do cálice. Quando o Senhor disse para Oséias que “a terra se prostituiu…”, a palavra terra diz respeito à população.
Sinédoque – É a substituição do todo pela parte, ou da parte pelo todo. Em Lucas 2:1, a Bíblia nos diz que o imperador César Augusto emitiu um decreto de que deveria ser feito o censo “do mundo todo”. Ele falou do todo, mas estava se referindo ao Império Romano. É óbvio que Provérbios 1:16 – “…os seus pés correm para o mal…” – não significa que somente os pés corriam para o mal. Os pés são a parte que representa o todo. Áquila e Priscila arriscaram suas próprias cabeças (Rm 16:4). Nesta sinédoque, “suas cabeças” representa suas vidas, o todo.
Personificação – É a atribuição de características ou ações humanas a objetos inanimados, a conceitos ou animais. A alegria é uma emoção atribuída ao deserto, em Isaías 35:1. Isaías 55:12 fala de montes cantando e árvores batendo palmas. A morte personifica-se em Romanos 6:9 e em 1 Corintios 15:55.
Antropomorfismo –  é a atribuição de qualidades ou ações humanas a Deus, como ocorre nas referências aos dedos de Deus (Sl. 8:3), a seus ouvidos (31:2) e a seus olhos (2 Cr. 16:9).
Antropopatia – Esta figura de linguagem atribui emoções humanas a Deus, como vemos em Zacarias 8:2: “…tenho grandes zelos de Sião”.
Zoomorfismo – Se o antropomorfismo atribui qualidades humanas a Deus, o zoomorfismo atribui características animais a Deus (ou outros). Em Salmos 91:4, faz-se referência a penas e asas. Jó descreveu o que ele considerou como ira de Deus contra ele quando disse: “…contra mim rangeu os dentes…” (Jó 16:9).
Apóstrofe – É uma referência direta a um obejto como se fosse uma pessoa, ou uma pessoa ausente ou imaginária, como se estivesse presente. O salmista empregou um apóstrofe em Salmos 114:5: “Que tens, ó mar, que assim foges?…” Miquéias fala diretamente à terra, em Miquéias 1:2: “Ouvi, todos os povos, prestai atenção, ó terra…”. Em Salmos 6:8, o salmista fala como se seus inimigos estivessem presentes: “Apartai-vos de mim, todos os que praticais a iniquidade…”.
Eufemismo – Consiste na substituição de uma expressão desagradável por outra mais suave. Falamos da morte mediante eufemismos: “passou desta para melhor”, “bateu as botas”. A Bíblia fala da morte dos cristãos como um adormecimento (At. 7:60; 1 Ts. 4:13-15).
3  As figuras de linguagem que transmitem omissão ou supressão
Elipse – é uma supressão de uma palavra facilmente subentendida. É a omissão intencional de um termo facilmente identificável pelo contexto ou por elementos gramaticais presentes na frase.Em 1 Co. 15:5, “os doze”, representa “os doze apóstolos”.
Pergunta retórica –  Uma pergunta retórica é aquela que não exige resposta; seu objetivo é forçar o leitor a respondê-la mentalmente e avaliar suas implicações. Quando Deus perguntou para Abraão: “Acaso para Deus há algo muito difícil?…” (Gn. 18:14), ele não esperava ouvir uma resposta. A intenção era que o patriarca refletisse mentalmente. Paulo fez uma pergunta retórica em Romanos 8:31: “… se Deus é por nós, quem será contra nós?”. Estas perguntas são formas de se transmitir informações.
4  As figuras de linguagem que transmitem exageros ou atenuações
Hipérbole – É uma afirmação exagerada em que se diz mais do que o significado literal, com o objetivo de dar ênfase. Vejamos em Deuteronômio 1:28 a resposta dos espias israelitas sobre a tomada de Canaã: “”…as cidades são grandes e fortificadas até os céus…”
Litotes – É uma frase suavizada ou negativa para expressar uma afirmação. É o oposto da hipérbole. Quando dizemos: “Ele não é um mal goleiro”, na realidade queremos dizer que ele é um goleiro muito bom. Esta atenuação dá ênfase à frase. Em Atos 21:39, Paulo disse: “… eu sou judeu, natural de Tarso, cidade não insignificante”, quis dizer que Tarso era uma cidade importante.
Ironia – É uma forma de ridicularizar indiretamente sob a forma de elogio. Geralmente vem marcada pelo tom de voz da pessoa que fala, para que os ouvintes percebam. Por isso, às vezes é difícil saber se algo escrito é, ou não, uma ironia. O contexto nos ajuda a perceber isso. Por exemplo Mical, filha do rei Saul, disse a Davi: “… que bela figura fez o rei de Israel…” (2 Sm. 6:20). O versículo 22 nos mostra que o sentido pretendido era o oposto, ou seja, o rei havia se humilhado agindo daquela maneira. Em 1 Reis capítulo 18, no episódio de Elias contra os profetas de baal, vemos que Elias ironizou a baal várias vezes.
Pleonasmo – Consiste na repetição de palavras ou no acréscimo de palavras semelhantes. Atos 2:30 quer dizer literalmente “Deus lhe havia jurado com juramento”. Como para nossa língua é uma repetição desnecessária a  NTLH traduziu sem esta repetição.
5  As figuras de linguagem que transmitem incoerências
Oxímoro – Consiste na combinação de dois termos opostos ou contraditórios. Quando falamos, por exemplo, “um silêncio eloqüente”, empregamos um oxímoro. Em Fp. 3:19, Paulo diz que a glória dos inimigos de Cristo está em sua infâmia; em Romanos 12:1 somos desafiados a sermos “sacrifícios vivos”.
Paradoxo – É uma afirmação aparentemente absurda ou contrária ao bom senso. Um paradoxo não é uma contradição; é simplesmente algo que parece ser o oposto do que em geral se sabe. Jesus utilizou muitos paradoxos em seus ensinos. Um deles nos diz que quem quiser salvar sua vida deve perdê-la. Os humilhados serão exaltados. O maior no reino de Deus é o menor. Se você quiser viver então morra.