quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

SÍNTESE DE HISTÓRIA DA IGREJA I



A PREPARAÇÃO PARA O ADVENTO DO MESSIAS E A PROPAGAÇÃO DO EVANGELHO
1.    Os gregos contribuíram com a implantação do idioma universal.
2.    Os romanos com a instalação da Pax Romana.
3.    Os judeus com a preservação da Escritura veterotestamentária.

A IGREJA ANTIGA (ano 5 – 100).
1.    Jesus pregava e curava, mas focou seu ministério na formação de 12 homens que continuariam a Sua obra.
2.    Jesus criou a igreja, mas não estabeleceu formas de culto, credos ou ritos.
3.    Embora Jesus tenha criado a igreja ela foi inaugurada no dia de Pentecoste, quando Pedro prega ousadamente e cerca de 3000 pessoas de 17 etnias se convertem.
4.    Por conta do crescimento da Igreja em Jerusalém a perseguição se intensificou e isso forçou os irmãos a fugirem da cidade, e aonde eles iam levavam a mensagem do Evangelho e a igreja crescia exponencialmente, tornando o cristianismo uma religião universal.
5.    No fim do primeiro século Jesus era adorado em todo o Império Romano, inclusive na capital.
6.    A Igreja alcançou tamanho sucesso em sua missão durante o primeiro século por conta da prática do amor fraternal, do selo e da pureza moral e da alegria e confiança com que viviam por meio da fé em Jesus e na Sua vinda.
7.    Mesmo diante das mais intensas perseguições a Igreja mantinha-se firme e alegre adorando a Deus com sinceridade e simplicidade, celebrando a eucaristia todos os domingos bem cedo, de madrugada, visto que se tratava de um dia útil no Império Romano e na Palestina.
8.    O credo cristão era simples e se fundamentava na crença na Trindade; no perdão dos pecados; na moral baseada no ensino do Senhor, de amarmos todas as pessoas; na volta de Jesus para o juízo final e na vida eterna para os salvos.
9.    As igrejas eram independentes, sem um poder central, e eram governadas pelos presbíteros que eram separados para essa função com base na sua vida de serviço e amor ao Senhor.

A IGREJA ANTIGA (ano 100 – 313)
1.    Este foi o período de maior expansão do Império Romano, porém com um declínio cada vez maior, por conta dos diversos povos que compunham o império fragmentando sua identidade, de imperadores fracos, egocêntricos e cruéis, da expansão cada vez maior da escravidão e da decadência moral.
2.    Juntando ao que foi dito acima, ainda havia o fato de que os Germanos, povo hostil e guerreiro, impelidos pelo crescimento e pela falta de recursos emigraram para o S, SO e SE do Império, mudando a face da Europa.
3.    A Igreja continuava crescendo e introduziu-se em todas as camadas da sociedade, chegando mesmo a contar com irmãos na corte imperial e entre elementos do governo.
4.    Os meios de crescimento da igreja eram os missionários itinerantes, os apologistas (Justino e Tertuliano), os mestres (Orígenes) e os cristãos comuns, que sempre anunciavam a fé em Jesus aos seus amigos e conhecidos.
5.    Todo esse crescimento se deu debaixo de grandes perseguições contra a Igreja, sobretudo com Calígula (37-41) e Nero (54-68), que queriam ser adorados como deuses, e os cristãos não se submetiam a tal exigência. Já neste período a Igreja enfrentou a pior perseguição jamais sofrida, sob o governo de Décio e seus dois sucessores (250-260). Então, no ano 260 a perseguição foi suspensa pelo imperador Galieno e durou até o ano 303, sendo conhecida como a pax longa. A última perseguição foi sob o governo de Diocleciano, que foi forte, porém breve. Então em 331 surgiu um Edito de Tolerância, publicado por Galério, imperador no Oriente.
6.    Também havia uma hostilidade popular por conta do que se falava contra a Igreja, que por ter suas reuniões a portas fechadas era vista como uma perigosa arma secreta que crescia assustadoramente. Ainda haviam os boatos de que os cristãos praticavam atos indecentes em suas reuniões fechadas e isso despertava a ira da população contra a igreja.
7.    As perseguições tiveram um efeito positivo sobre a Igreja, ajudando-a a manter um caráter puro e uma vida de ascetismo (Exercício prático que leva à efetiva realização da virtude, à plenitude da vida moral[1]). Contudo também começou a surgir a prática cada vez maior do legalismo, impondo as regras da igreja em detrimento da liberdade de viver o Evangelho.

A IGREJA ANTIGA (ano 313 – 1517)
1.    A partir do ano 313 Constantino assumiu o Império do Oriente e governou com sabedoria e energia.
2.    Antes de Constantino a Igreja vivia em Conflito com o mundo, mas com ele, a Igreja passou a dominá-lo. Embora as razões para essa atitude de Constantino não sejam claras, é óbvio que ele, perspicaz como era, percebeu que o Cristianismo era indestrutível, pois suportara as mais intensas perseguições e não esmoreceu jamais. Como ele tinha o sonho de unificar o império novamente viu no Cristianismo uma ótima oportunidade para tal.
3.    Constantino e Licínio em 313 estabeleceram completa liberdade religiosa que proporcionou igualdade de direito a todas as religiões. Depois mostrou-se favorável aos cristãos, fazendo ofertas valiosas para a construção de templos e para a manutenção do clero.
4.    A partir de Constantino a Igreja alcançou a liberdade tão sonhada. No entanto, isso não lhe fez bem, com a cessação da perseguição muitas pessoas passaram a fazer parte da Igreja, mas sem uma mudança de vida real. Isso fez com que a igreja crescesse em número, mas perdesse em qualidade moral e ética.
5.    Por essa ocasião começaram a surgir ideias sobre Jesus, questionando sua natureza divina-humana, o que acabou por promover o Concilio de Nicéia, que fechou a questão declarando que o Filho é igual ao Pai e ao Espírito Santo em natureza e essência e que fora 100% homem em sua encarnação, não abdicando de nenhuma das duas naturezas, mas com ambas co-existindo em perfeita harmonia nele.
6.    A partir de Constantino o culto começou a ficar mais pragmático e ritualístico e, gradativamente, o paganismo começou a influenciar a prática cristã.
7.    Sobretudo quando em 382, Teodósio, declarou o Cristianismo a religião oficial do Império. A partir daí os bispos eram eleitos e designados pelo imperador e muitos buscavam lugares de honra inclusive mediante a prática da simonia (compra de cargos eclesiásticos).
8.    Com o crescente poder político da Igreja, entre 1054 e 1305 desenvolveu-se a ideia de que o bispo de Roma deveria ser o bispo primaz sobre todas as Igrejas e sucessor de Pedro. Por conta disso essa posição passou a ser a de maior honra e autoridade na cristandade, e a mais bem remunerada também; o que gerou muitas conspirações e assassinatos.
9.    Com o propósito de tornar o Cristianismo uma potência cada vez maior a Igreja começou a “cristianizar” as festas pagãs e os seus ídolos, a fim de alcançar a sua simpatia e adesão à religião cristã, fazendo assim aumentar a sua arrecadação e o seu poder cada vez mais.
10. A superstição do povo ignorante também se tornara uma ótima ferramenta para a corrompida igreja que cada vez mais introduzia crendices com o propósito de prender o povo debaixo do seu poder.
11. Toda essa corrupção por conta do clero eclesiástico e o crescimento da idolatria no seio da Igreja acabaram por motivar Martinho Lutero a se levantar com uma proposta de Reforma da Igreja ao se deparar com um monge chamado Tetzel, vendendo bulas de perdão papal com o objetivo de arrecadar fundos para as construções no Vaticano.
12. Após a uma viagem a Roma, que o jovem monge Lutero julgava ser uma sucursal do céu e onde ele viu as coisas mais terríveis imagináveis, e lendo o texto de Romanos 1.17, o jovem monge se dá conta de que a salvação é apenas pela fé e nada mais.
13. Então em 31 de outubro de 1517, Martinho Lutero prega na porta da Igreja de Winttenberg, suas 97 teses contrárias à Igreja de Roma e dá início à Reforma Protestante.
14. A princípio Lutero não queria se desligar da Igreja Romana, mas em função de sua excomunhão e das tentativas  mata-lo, ele não teve outra escolha, senão continuar seu ministério a parte da Igreja Romana e dar início ao que se tornaria o movimento protestante no mundo inteiro, formando na Alemanha a Igreja que após a sua morte receberia o seu nome como homenagem.  


[1] Dicionário eletrônico Aurélio Século XXI.

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