Art. 1 – Do Testemunho da Natureza quanto a Existência de
Deus.
Existe
um só Deus vivo e pessoal; suas obras no céu e na terra manifestam não meramente
que existe mas que possui sabedoria poder e bondade tão vastos que os homens
não os podem compreender; conforme sua sabedoria e livre vontade governa todas
as coisas.
Art. 2 – Do Testemunho da Revelação a Respeito de Deus e
do Homem.
Ao
testemunho das Suas obras Deus acrescentou informações a respeito de Si mesmo e
do que requer dos homens. Essas informações se acham nas Escrituras Sagradas do
Velho e do Novo Testamento (*), nas quais possuímos a única regra perfeita para
nossa crença sobre o Criador e preceitos infalíveis para todo o nosso proceder
nesta vida.
(*)
Os livros apócrifos não são parte da Escritura divinamente inspirada.
Art. 3 – Da Natureza dessa Revelação.
As
Escrituras Sagradas foram escritas por homens santos, inspirados por Deus, de
maneira que as palavras que escreveram são as palavras de Deus. Seu valor
incalculável e devem ser lidas por todos os homens.
Art. 4 – Da Natureza de Deus.
Deus,
o Soberano Proprietário do Universo, é espírito, eterno, infinito, e imutável
em sabedoria, poder, santidade, justiça, bondade e verdade.
Art. 5 – Da Trindade.
Na
Unidade Embora seja um grande mistério que existam diversas Pessoas em um só
Ente, é verdade que na divindade ha uma distinção de Pessoas indicadas nas
Escrituras Sagradas pelos nomes Pai, Filho e Espírito Santo e pelo uso dos
pronomes Eu, Tu e Ele, empregados por Elas mutuamente entre si.
Art. 6 – Da criação do Homem.
Deus,
tendo preparado este mundo para a habitação do gênero humano, criou o homem,
constituindo-o de uma alma que é espírito, e de um corpo composto de matérias
terrestres. O primeiro homem foi feito é semelhança de. Deus, puro, inteligente
e nobre, com memória, afeições e vontade livre, sujeito aquele que o criou, mas
com domínio sobre todas as outras criaturas deste mundo.
Art. 7 – Da Queda do Homem.
O
homem, assim dotado e amado pelo Criador era perfeitamente feliz; mas tentado
por um espirito rebelde (chamado por Deus Satanás), desobedeceu ao seu Criador;
destruiu a harmonia em que estivera com Deus; perdeu a semelhança divina;
tornou-se corrupto e miserável; deste modo vieram sobre ele a ruína e a morte.
Art. 8 – Da Consequência da Queda.
Esta
não se limitara ao primeiro pecador. Seus’ descendentes herdaram dele a pobreza,
a desgraça, e a inclinação para o mal e a incapacidade de cumprir bem o que
Deus manda; por consequência todos pecam, todos merecem ser condenados e de
fato todos morrem.
Art. 9 – Da Imortalidade da Alma.
A
alma humana não acaba quando o corpo morre. Destinada por seu Criador a uma
existência perpetua, continua capaz de pensar, desejar, lembrar-se do passado e
gozar da mais perfeita paz e regozijo; e também de temer o futuro, sentir
remorso e horror e sofrer agonias tais que mais quereria acabar do que
continuar a existir; o pecador pela rebelião contra o seu Criador, merece para
sempre esta miséria, que é chamada por Deus a segunda morte.
Art.10 – Da Consciência e do Juízo Final.
Deus
constituiu a consciência juiz da alma do homem. Deu-lhe mandamentos pelos quais
se decidissem todos os casos, mas reservou para Si o julgamento final, que será
em harmonia com Seu próprio caráter. Avisou os homens da pena com que punira
toda injustiça, maldade, falsidade e desobediência ao Seu governo; cumprira
Suas ameaças, punindo todo o pecado em exata proporção é culpa.
Art. 11- Da Perversidade do Homem e do Amor de Deus.
Deus,
vendo a perversidade, a ingratidão e o desprezo com que os homens Lhe retribuíam
seus benefícios e o castigo que merecem, cheio de misericórdia compadeceu-se
deles; jurou que não deseja a morte dos ímpios; além disso, amou-os e mandou
declarar-lhes, em palavras humanas, Sua imensa bondade para com eles. E quando
os pecadores nem com tais palavras se importavam, Ele lhes deu a maior prova de
Seu amor enviando-lhes um Salvador que os livrasse completamente da ruína e da miséria,
da corrupção e condenação e os restabelecesse para sempre no Seu favor.
Art. 12 – Da Origem da Salvação.
Esta
salvação, tão preciosa e digna do Altíssimo (porque esta inteiramente em harmonia
com o Seu caráter), procede do infinito amor do Pai, que deu Seu Unigênito
Filho para salvar os Seus inimigo.
Art. 13 – Do Autor da Salvação.
Foi
adquirida. porém. pelo Filho, não com ouro nem com prata, mas com Seu sangue,
pois tomou para Si um corpo humano e uma alma humana preparados pelo Espírito
Santo no ventre de uma virgem; assim, sendo Deus, e continuando a ser, se fez homem.
Nasceu da Virgem Maria, viveu entre os homens, como se conta nos Evangelhos;
cumpriu todos os preceitos divinos e sofreu a morte e a maldição como o substituto
dos pecadores, ressuscitou e subiu ao céu. Ali intercede pelos Seus remidos e
para valer-lhes tem todo poder no céu e na terra. É nosso Senhor e Salvador
Jesus Cristo, que oferece, de graça, a todo pecador, o pleno proveito da sua
obediência e sofrimentos, e o ” assegura a todos os que, crendo nEle,
aceitam-no por Seu Salvador.
Art.14 – Da Obra do Espírito Santo no Pecador.
O
Espírito Santo enviado pelo Pai e pelo Filho, usando das palavras de Deus,
convence o pecador dos seus pecados e da sua ruína, mostra-lhe a excelência do
Salvador, move-o a arrepender-se, a aceitar e a confiarem Jesus Cristo.
Assimproduz a grande mudança espiritual chamada nascer de Deus: O pecador
nascido de Deus esta desde já perdoado, justificado e salvo; tem a vida eterna
e goza das bênçãos da salvação.
Art. 15 – Do Impenitente.
Os
pecadores que não crerem no Salvador e não aceitarem a salvação que lhes esta
oferecida de graça, hão de levar a punição das suas ofensas, pelo modo e no
lugar destinados para os inimigos de Deus.
Art.16 – Da única Esperança de Salvação.
Para
os que morrem sem aproveitar-se desta salvação, não existe no porvir, além da
morte, um raio de esperança. Deus não deparou remédio para os que, até o fim da
vida neste mundo, perseveram nos seus pecados. Perdem-se. Jamais terão alivio.
Art. 17 – Da Obra do Espírito Santo no Crente.
O
Espírito Santo continua a habitar e operar naqueles que faz nascer de Deus;
esclarece-lhes a mente mais e mais com as verdades divinas, eleva e
purifica-lhes as afeições, adiantando neles a semelhança de Jesus; estes frutos
do Espírito são provas de que passaram da morte para a vida, e que são de
Cristo.
Art.18 – Da União do Crente Com Cristo e do Poder para o
Seu Serviço.
Aqueles
que tem o Espírito de Cristo estão unidos com Cristo e, como membros do seu
corpo, recebem a capacidade de servi-Lo. Usando desta capacidade procuram viver
e realmente vivem, para a glória de Deus, seu Salvador.
Art.19 – Da União do Corpo de Cristo.
A
Igreja de Cristo no céu e na terra é uma s e compõem-se de todos os sinceros
crentes no Redentor, os quais foram escolhidos por Deus antes de haver mundo
para serem chamados e convertidos nesta vida e glorificados durante a
eternidade.
Art. 20 – Dos deveres do Crente.
É
de obrigação dos membros de uma igreja local reunirem-se para fazer orações e
dar louvores a Deus, estudarem Suas palavras, celebrarem os ritos ordenados por
Ele, valerem uns aos outros e promoverem o bem de todos irmãos, receberem entre
si como membros aqueles que pedem e que parecem verdadeiramente filhos de Deus
pela fé; excluírem aqueles que depois mostram, pela desobediência aos preceitos
do Salvador, que não são de Cristo; e procurarem o auxilio e proteção do
Espírito Santo em todos os seus passos.
Art. 21 – Da Obediência dos Crentes.
Ainda
que os salvos não obtenham a salvação pela obediência é lei senão pelos merecimentos
de Jesus Cristo, recebem a lei e todos os preceitos de Deus como um meio pelo
qual Ele lhes manifesta sua vontade sobre o procedimento dos remidos e
guarda-nos tanto mais cuidadosa e gratamente por se acharem salvos de graça.
Art. 22 – Do Sacerdócio dos Crentes e dos Dons do
Espírito.
Todos
os crentes sinceros são sacerdotes para oferecer sacrifícios espirituais agradáveis
a Deus, por Jesus Cristo; n que é o Mestre, Pontífice e único Cabeça da sua Igreja
as como governador da Sua Casa estabeleceu nela diversos cargos como pastor,
presbítero, diácono e evangelista; para eles escolhe e habilita, com talentos
próprios, aos que Ele quer para cumprirem os deveres destes ofícios. E quando
existem, devem ser reconhecidos pela Igreja como preparados e dados por Deus.
Art. 23 – Da Relação de Deus para com o Seu Povo.
O
Altíssimo Deus atende as orações que, com fé, em nome de Jesus, o único Mediador
entre Deus e os homens, Lhe são apresentadas pelos crentes, aceita os seus louvores
e reconhece como feito a Ele, todo o bem feito aos Seus.
Art. 24 – Da Lei Cerimonial e dos Ritos Cristãos.
Os
ritos judaicos, divinamente instruídos pelo ministério de Moisés, eram sombras
de bens vindouros e cessaram quando os mesmos bens vieram. Os ritos cristãos
são somente dois: o batismo d’água e a Ceia do Senhor.
Art. 25 – Do Batismo com água
O
batismo com água foi ordenado por nosso Senhor Jesus Cristo como figura do batismo
verdadeiro e eficaz, feito pelo Salvador, quando envia o Espírito Santo para regenerar
o pecador. Pela recepção do batismo com a pessoa declara que aceita os termos
do pactoem que Deusassegura aos crentes as bênçãos da salvação.
Art. 26 – Da Ceia do Senhor.
Na
Ceia do Senhor como foi instituída por Nosso Senhor Jesus Cristo, o pão e o
vinho representam vivamente ao coração do crente, o corpo que foi morto e o
sangue que foi derramado no Calvário. E participar do pão e do vinho representa
o fato de que a alma recebeu seu Salvador. O crente faz isto em memória do
Senhor, mas é da sua obrigação examinar-se primeiro, fielmente, quanto a sua
fé, seu amor e seu procedimento.
Art. 27 – Da Segunda vinda do Senhor Nosso Senhor.
Jesus
Cristo vira do céu como homem, em Sua própria glória e na gloria de Seu Pai,
com todos os santos e anjos; assentar-se-á no trono da Sua glória e julgará
todas as nações.
Art. 28 – Da Ressurreição para a Vida ou para a
Condenação.
Vem
a hora em que os mortos ouvirão a voz do Filho de Deus e ressuscitarão; os mortos
em Cristo ressuscitarão primeiro. Os crentes que nesse tempo estiverem vivos
serão mudados e sendo arrebatados estarão para sempre com o Senhor. Os outros
também ressuscitarão, mas para a condenação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário