É lamentavelmente que a mídia não tenha feito nenhuma menção
ao aniversário da Reforma (31.10.1517) já que o impacto da Reforma ultrapassou
em muito as fronteiras religiosas. Mas também, é lamentável que a data passe em
branco para a maioria das igrejas evangélicas brasileiras. Conhecer a Reforma
suscita gratidão, louvor e adoração a Deus e nos lega grandes exemplos de fé e
piedade. Além disso, a Igreja atual jamais deveria esquecer o slogan: “Igreja
reformada sempre reformando”. Obviamente, os reformadores não estavam assinando
uma procuração que legitimasse as doutrinas e práticas estranhas que muitos querem
incorporar à Igreja. Para eles, a reforma periódica se justificaria tendo em
vista que a Igreja está sujeita (como a história demonstra) a se afastar do
evangelho. Por conseguinte, toda vez que a Igreja tomasse um caminho estranho uma
nova reforma seria necessária. Basta uma
comparação rápida entre o evangelho e ensino dos reformadores com o “evangelho”
atual para constatarmos a necessidade urgente de uma nova Reforma. No entanto, não pretendo destacar os vários
aspectos que são já percebidos por muitos, apenas desejo salientar um que julgo
pertinente. Sabemos que a justificação
foi a principal bandeira da Reforma. Que mudança experimentaram todos aqueles
que compreenderam esta doutrina! Trocaram o fardo pesado da culpa, o medo e o
desespero pela paz e alegria da segurança em Cristo. Muitos, porém, dos que
professam a justificação não demonstram tanta confiança quando o assunto é a
sobrevivência neste mundo. No culto confessamos nossa confiança em Deus, mas no
restante da semana vivemos como se a vida dependesse só de nós. Infelizmente,
diante das crises e lutas diárias o medo e desespero medievais são restaurados
para alegria dos vendedores de indulgências modernos. Portanto, a nova Reforma
deve enfatizar que a obra de Cristo é suficiente para nos conduzir em segurança
e paz em todas as áreas de nossa vida. Vale
a pena lembrar a pergunta do apóstolo: “Aquele que não poupou o seu próprio Filho,
antes, por todos nós o entregou, não nos dará graciosamente com ele todas as
coisas”?
Pr. Israel Sifoleli.
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