Estive pensando acerca da tentação do Senhor Jesus registrada em Mateus
4.1-11.
É interessante
notar como o diabo agiu com o Senhor. Ele apelou para necessidades legítimas de
qualquer ser humano e que não são pecaminosas em si mesmas.
Ele apelou para a
fome (vv 2,3), depois apelou para a segurança pessoal (vv 5,6), e por fim,
apelou para o desejo de realização pessoal (vv 8,9). Porém, embora essas
necessidades sejam legítimas em si mesmas, podem tornar-se pecado quando
buscadas como o que temos de mais importante nessa vida e, portanto, descartam
Deus do nosso cotidiano, de maneira que a sua vontade já não é tão importante
para nós.
Veja que Jesus, ao
responder ao diabo, não condenou os desejos em si, mas a motivação por trás
deles:
“não só de pão viverá o homem, mas de toda a
palavra que sai da boca de Deus” (v 4). Será que existam cristãos que
adoram se reunir para uma “boca livre”, mas não têm o mesmo interesse pela
pregação e ensino da Palavra?
“não tentarás o Senhor teu Deus” (v 7). Será que há cristãos que ao invés de
aceitarem a provação do Senhor, querem prová-lo, afirmando que se não for
assim...; e sempre se julgam injustiçados, coitadinhos e vítimas?
“...está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás”. Será que há
cristãos que estão tão preocupados em se realizar academicamente,
profissionalmente, economicamente, que já não têm desejo, nem forças para irem
ao templo comungarem com os irmãos e adorarem ao seu Deus e, talvez, nem para
orarem em suas casas?
Esses “serás” me
incomodam, pois será que eu posso vir a ceder a tentação de Satanás e ainda
espiritualizar as coisas achando que está tudo bem?
O exemplo do
Mestre Jesus deve ser seguido. Não importa quão legítimo possa parecer nosso
desejo, a pergunta a ser feita é: esse desejo nos aproximará do Senhor e
glorificará ao nosso Deus? Senão, podemos ser achados fazendo a nossa vontade,
satisfazendo os nossos anseios humanos e, por causa deles, deixando o Altíssimo
Deus de lado.
Não vamos permitir
que o diabo use os nossos anseios para nos afastar da vontade e da comunhão do
Pai porque no final os anjos nos servirão (v 11).
Por: Ioséias
Carvalho Teixeira
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