quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Céu, lugar de vencedores


Estamos prestes a obter a maior vitória de nossas vidas indo morar com Jesus no céu, porém, devemos saber que enquanto não obtivermos total vitória, teremos que vencer nossos inimigos no dia-a-dia, e para tanto, precisamos conhecê-los.
Os inimigos a serem vencidos são basicamente quatro, a saber: precisamos vencer o mal (Rm 12.21), assim como Davi que venceu o mal ao poupar a vida de Saul enquanto este o queria matar (I Sm 24.1-22) e não como Caim que cedeu ao mal e matou seu irmão Abel (Gn 4.6). Precisamos também vencer o maligno (I Jo 2.13), não nos entregando às suas seduções como Judas Iscariotes (Lc 22.3), mas vivendo para glória de Deus como Jó (1.13-22; 2.9-10). Ainda precisamos vencer o mundo (I Jo 5.5), como o apóstolo Paulo que declarou estar crucificado para o mundo e o mundo para ele (Gl 6.14). E, por fim, precisamos vencer tudo aquilo que nos escraviza e toma o primeiro lugar que deveria ser totalmente do Senhor (II Pe 2.9), seja a família, o trabalho, o futebol, a TV ou qualquer outra coisa que se torne mais importante para nós do que o culto a Deus.
Entretanto, a Bíblia nos ensina como vencer esses inimigos através também de quatro maneiras: buscando o bem (Am 5.14), porque “Deus retribuirá a cada um conforme o seu procedimento. (...) Pois em Deus não há parcialidade. Todo aquele que pecar sem a Lei, sem a Lei também perecerá, e todo aquele que pecar sob a Lei, pela Lei será julgado” (Rm 2.6-11). Também, vivendo com fé (I Jo 5.4) se submetendo a Deus (Tg 4.7). Ainda transformando nossa mente (Rm 12.1-2) buscando pensar nas coisas que são de Deus (Cl 3.1) e finalmente consagrando nosso corpo (Rm 12.1; Hb 12.14) para a glória de Deus (I Co 6.20).
Querido e querida guarde isso no seu coração, você vai para o céu porque Jesus te salvou, mas luta as suas guerras, pois o Senhor só dá vitória àqueles que vão ao campo de batalha (Sl 144.1).

Pastor Ioséias Carvalho Teixeira 

terça-feira, 14 de agosto de 2012

Três etapas na vida cristã


Gosto muito de observar como a Bíblia usa situações e exemplos do cotidiano para nos ensinar lições valiosas. Recentemente estava lendo 1 Coríntios 13.11 – “Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino” – e passei a refletir sobre o significado dessa frase à luz da Escritura.
Constatei que a Bíblia usa o desenvolvimento bio/psico/social do ser humano como analogia ao desenvolvimento espiritual do cristão.
A Escritura se refere ao desenvolvimento cristão tendo como base três etapas da vida humana: a etapa de bebê, a etapa de menino e a etapa de adulto (maduro).
Por essa razão passei a refletir, a partir da Bíblia, como essas etapas são aplicáveis à vida cristã prática, e cheguei a algumas conclusões que desejo compartilhar contigo.
Quando falamos sobre bebês algumas coisas nos vêm à mente. Primeiro, que eles geram muita alegria nas pessoas, todo nenê faz as pessoas sorrirem com a sua chegada. Porém, o bebê não sabe fazer nada sozinho, se não for cuidado vai adoecer e morrer. Não pode se alimentar com comida de adulto, mas apenas com leite (Hb 5.12,13) - Embora a esta altura já devessem ser mestres, vocês precisam de alguém que lhes ensine novamente os princípios elementares da palavra de Deus. Estão precisando de leite, e não de alimento sólido! Quem se alimenta de leite ainda é criança, e não tem experiência no ensino da justiça.
O bebê representa o novo convertido ou o crente que nunca amadurece (1Pe 2.1-3) - Portanto, livrem-se de toda maldade e de todo engano, hipocrisia, inveja e toda espécie de maledicência. Como crianças recém-nascidas, desejem de coração o leite espiritual puro, para que por meio dele cresçam para a salvação, agora que provaram que o Senhor é bom. Eles geram grande alegria quando nascem de novo, mas precisam de um crente maduro para acompanha-los, pois ainda não sabem viver sua espiritualidade sozinhos. Mas, o tempo passa e o bebê cresce e se torna um menino.
O menino já faz muita coisa por conta própria, mas ainda precisa de cuidados. Nessa fase ele pensa que é melhor ou pior que todos, têm sua autoestima elevada ou muito baixa. Em geral quer chamar a atenção, ser reconhecido.  Relaciona-se com grupos fechados de amigos (panelinhas). É muito emotivo. Adora elogios pelo que fez e algumas vezes até pelo que não fez e não aceita muito bem ser questionado. Se não for bem orientado poderá se perder.
O Menino espiritual representa crentes imaturos ou em amadurecimento (1Co 13.11) - Quando eu era menino, falava como menino, pensava como menino e raciocinava como menino. Quando me tornei homem, deixei para trás as coisas de menino. Os crentes imaturos gostam de ser elogiados, fazem as coisas na igreja porque querem ser bajulados e não gostam de ser repreendidos ou aconselhados, formam grupos fechados na igreja e quando as coisas não acontecem como querem se revoltam contra sua liderança ou “paternidade” espiritual.
O adulto, por sua vez, vive em comunidade e entende que vivemos em interdependência. Aquele que maduro entende que ninguém é bom em tudo e que cada pessoa é especial e capaz em alguma área – (Fp 3.12-15) Não que eu já tenha obtido tudo isso ou tenha sido aperfeiçoado, mas prossigo para alcançá-lo, pois para isso também fui alcançado por Cristo Jesus. Irmãos, não penso que eu mesmo já o tenha alcançado, mas uma coisa faço: esquecendo-me das coisas que ficaram para trás e avançando para as que estão adiante, prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus. Todos nós que alcançamos a maturidade devemos ver as coisas dessa forma, e, se em algum aspecto vocês pensam de modo diferente, isso também Deus lhes esclarecerá.
Aquele que é maduro entende que opiniões são subjetivas e devem ser avaliadas sob três aspectos: O que é verdade no que a pessoa disse. O que não é verdade. No que Deus está me repreendendo e o que posso aprender com isso. Ele não faz as coisas para obter elogios, mas para suprir as carências pessoais e de outros. Busca ser melhor a cada dia (Ef 4.13) - até que todos alcancemos a unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, e cheguemos à maturidade, atingindo a medida da plenitude de Cristo. O adulto na fé não trabalha por elogios, mas pelo bem e sustento dos seus irmãos.
O que você é? Bebê, menino ou adulto.
Não podemos, nem nos será útil definir o que o nosso irmão é. Devemos olhar pra dentro e nos avaliar.
O importante em saber em que etapa estamos é para que possamos investir em nosso crescimento ou manutenção da condição de adulto, para não regredir. Contudo, se somos bebês, meninos ou adultos, somos filhos de Deus e o Senhor nosso Pai está trabalhando em nossa vida para que amadureçamos e o glorifiquemos em toda nossa maneira de viver.
Deus te abençoe.

sábado, 4 de agosto de 2012

"Conhecimento, a base para o crescimento"


Textos base: Os 4.6; 6.3

Introdução:
No presente estudo vamos nos ater à importância do conhecimento de Deus para o nosso crescimento cristão.
O escopo dessa reflexão é que entendamos o quanto o conhecimento está estreitamente ligado à vida cristã, sobretudo à liderança.
Veremos que a salvação é, em essência, conhecer a Deus. E, se conhecer a Deus é ter a vida eterna, quais as implicações desse conhecimento? Como podemos aferi-lo? Vamos buscar conferir essas implicações.
Por fim, vamos avaliar como podemos crescer em nosso conhecimento de Deus para, então, estarmos em condições de poder ajudar nossos irmãos a conhecê-lo e lidera-los de forma santa e com autoridade.
Que o doce e Santo Espírito de Deus nos conduza nessa ampliação dos nossos horizontes

Conhecer a Deus é a salvação.
Ao pregar aos atenienses Paulo lhes esclareceu uma questão importante: “Ora, não levou Deus em conta os tempos da ignorância; agora, porém, notifica aos homens que todos, em toda parte, se arrependam.” (At 17.30). Que ignorância é essa? A ignorância de Deus.
Conhecer a Deus é a vida eterna. A vida eterna começa na conversão, pois a vida eterna é conhecer a Deus, como bem explica a profecia de Zacarias sobre o seu filho, João Batista: “Para dar ao seu povo conhecimento da salvação, na remissão dos seus pecados,” (Lc 1.77).
O profeta Oséias também afirma categoricamente em nome do Senhor que “O meu povo foi destruído, porque lhe faltou o conhecimento. Porque tu rejeitaste o conhecimento, também eu te rejeitarei, para que não sejas sacerdote diante de mim; visto que te esqueceste da lei do teu Deus, também eu me esquecerei de teus filhos.” (Os 4.6).
A falta de conhecimento de Deus leva à destruição assim como o Seu conhecimento leva à salvação. Jesus ensinou que “(...) conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8.32), e conclui dizendo: “Se, pois, o Filho vos libertar, verdadeiramente sereis livres.” (Jo 8.36). Por que Ele disse isso? Simples. Porque Jesus é a verdade (Jo 14.6) e não há conhecimento fora da verdade. Todo conhecimento, necessariamente, é verdadeiro; senão, não é conhecimento.
Se a salvação é o conhecimento de Deus então temos que procurar um livro que fale de Deus e estudá-lo para conhecer esse Deus. E este livro é a Bíblia.
Portanto, é impossível alguém ser salvo e não amar o conhecimento da Escritura.
Contudo, se conhecer a Deus é ter a vida eterna, quais as implicações desse conhecimento? Como podemos aferi-lo? É sobre essas implicações do conhecimento de Deus que falaremos agora.

Conhecer a Deus tem suas implicações.
Como podemos “medir” o nosso conhecimento de Deus? Segundo Von Rad “O conhecimento de Deus significa: compromisso, confiança e obediência à vontade de Deus”.
Portanto, quando levantamos a pergunta: “o quanto eu conheço de Deus?”, não tem sentido eu conhecer a teologia teórica e retórica, mas sim o quanto eu estou compromissado com Deus (não em ativismo religioso ou saudosismo retrógado) entendendo que Jesus é a pérola de grande valor que o evangelho nos ensina. Isto é, minha vida passa ser única e exclusivamente para o meu Deus. Tudo o que faço, penso ou planejo tem como foco promover a Sua glória (1Co 10.31).
Assim como Moisés que recebeu uma proposta do Senhor de que não iria com o Seu povo, mas que enviaria o Seu anjo para guia-los, e não aceitou porque ele sabia que o mais importante era a presença do Senhor. O sábio legislador entendeu que “sem a presença de Deus a Terra prometida vira desolação e deserto, mas com a presença de Deus o deserto vira um Oásis de prazer” (Israel Sifoleli, citando Ex 33.15).
Além do compromisso também temos que ter confiança. Quantas vezes nós perdemos noites de sono, ficamos enfermos ou preocupados porque não confiamos no Senhor, mas nas nossas forças. Assim como Geazi que ao ver o exército do inimigo fica apavorado porque não pode ver o exército do Senhor por não confiar nele (2Re 6.15-17).
Desesperar na hora da angústia significa que reconhecemos que não temos condições de resolver tal situação por nossas forças e capacidades e que não confiamos em Deus para fazê-lo.
Por fim, temos a obediência. O que nos motiva a sair ou ficar em algum lugar ou posição? Muitas vezes são razões meramente humanas e não espirituais. Moisés é um homem impressionante, pois por mais que ele relutasse em voltar para o Egito, quando o Senhor o mandou ele obedeceu prontamente.
O Senhor Jesus é o maior de todos os exemplos. Se pudermos resumir o ministério de Jesus em uma frase pode ser: “obediência incondicional à vontade do Pai”.
Por fim, nos resta avaliar como podemos crescer em nosso conhecimento de Deus.

Conhecer a Deus gera crescimento.
Assim como a aliança de marido e mulher não se constitui de discurso, mas de amor. Assim também o nosso relacionamento com Deus.
O caminho para crescer no conhecimento de Deus está na vida de Jesus de Nazaré. Portanto, se queremos crescer no conhecimento, devemos crescer no relacionamento com Jesus.
Mas como crescer no relacionamento com Jesus? Efésios 1.15-19 ensina que o único jeito de a igreja conhecer Jesus é através do Espírito de sabedoria, de revelação e de pleno conhecimento.
Todo conhecimento verdadeiro de Deus é mediado e comunicado pelo Espírito Santo. Porque uma coisa é conhecer a Deus, outra é conhecer os assuntos relacionados a Ele.
O conhecimento de Deus não pode ser obtido por meios acadêmicos, assim como não se faz uma faculdade para se conhecer o futuro cônjuge. Não por acaso Israel e a Igreja são chamadas respectivamente de esposa e/ou noiva (Jr 3.8; 31.32; Ef 5.31,32; Ap 19.7).
No entanto, assim como um cônjuge que ama o outro procura ler bons livros, participar de encontros, seminários, cultos, etc. para conhecer as características físicas e psicológicas do sexo oposto e para aprender princípios saudáveis para o sucesso do matrimônio, também a tarefa de um líder autêntico é a de estudar com afinco para obter uma maior compreensão das coisas de Deus e, com isso, estar ao menos um passo à frente dos seus liderados no que concerne ao conhecimento de Deus (empírico) e dos assuntos relacionados a Ele (teórico).
Para conhecer os assuntos relacionados a Deus é preciso ter um coração instruído para somente então ter uma “língua erudita” (Is 50.4) e influenciar as pessoas pela liderança. Isso é feito seguindo seis passos que caracterizam o verdadeiro estudioso como ensina o livro “O Pastor como Mestre e o Mestre como Pastor”[1]:
1.      Observar (ler com atenção) o assunto de estudo de forma apurada e completa.
2.      Entender com clareza o que observou (leu).
3.      Avaliar corretamente o que entendeu, por decidir o que é verdadeiro e valioso.
4.      Sentir intensamente em harmonia com o valor do que avaliou.
5.      Aplicar com sabedoria e proveito à vida o que ele entendeu e sentiu.
6.      Expressar, no discurso, na escrita e nos atos, o que viu, entendeu, sentiu e aplicou, de uma maneira que sua exatidão, clareza, verdade, valor e proveito sejam conhecidos e desfrutados por outros.
O conhecimento acadêmico não tem valor nenhum se não houver conhecimento de Deus. Contudo, o verdadeiro conhecimento de Deus nos leva ao desejo de crescer academicamente, pois, afinal o nosso Senhor ama tanto o conhecimento acadêmico e literário que nos deu exatamente um livro como herança, a Bíblia, para que pudéssemos lê-la, estuda-la e pautar nossa vida nela.
O conhecimento acadêmico pode nos levar a Deus, mas o conhecimento de Deus certamente nos levará ao conhecimento acadêmico.

Conclusão.
A vida cristã é uma vida de conhecimento. Ser cristão é ser salvo através do conhecimento de Deus revelado no sacrifício amoroso de Jesus no Calvário e edificado por uma vida de íntima comunhão com Ele.
Esse conhecimento relacional acaba por gerar em nós um compromisso cada vez maior, que nos estimula a uma confiança inabalável e uma obediência inquestionável.
Por esse compromisso confiante e obediente somos levados a uma dedicação profunda ao estudo da Escritura e de tudo o que se refere à pessoa de nosso Deus. Assim como cônjuges dedicados e amorosos procuram participar de encontro de casais, ler livros e ouvir mensagens sobre o tema, igualmente o cristão que conhece a Deus quer ler a Escritura e livros que a comentem, participar de eventos que possam fazer conhecer melhor a vontade do Senhor e cultos onde a mensagem pode fazê-los aproximar-se mais do Altíssimo.
Ser cristão e não amar o conhecimento é uma incongruência, uma impossibilidade. O verdadeiro cristão tem sede de conhecimento e não se contenta com o que já sabe de Deus. Quer sempre mais, pois o Senhor é insondável.
Por isso, conheçamos e prossigamos em conhecer ao Senhor!

Fontes Bibliográficas:
Piper, John & Carson, A. D. (2011). O Pastor como Mestre e O Mestre como Pastor. São José dos Campos: Fiel.
Washer, P. (2011). 10 acusações contra a Igreja. São José dos Campos: Fiel.


[1] Piper, John e Carson, A. D.; O Pastor Como Mestre e o Mestre Como Pastor”, Ed. Fiel.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

APRENDENDO COM JESUS.


Estive pensando acerca da tentação do Senhor Jesus registrada em Mateus 4.1-11.
É interessante notar como o diabo agiu com o Senhor. Ele apelou para necessidades legítimas de qualquer ser humano e que não são pecaminosas em si mesmas.
Ele apelou para a fome (vv 2,3), depois apelou para a segurança pessoal (vv 5,6), e por fim, apelou para o desejo de realização pessoal (vv 8,9). Porém, embora essas necessidades sejam legítimas em si mesmas, podem tornar-se pecado quando buscadas como o que temos de mais importante nessa vida e, portanto, descartam Deus do nosso cotidiano, de maneira que a sua vontade já não é tão importante para nós.
Veja que Jesus, ao responder ao diabo, não condenou os desejos em si, mas a motivação por trás deles:
não só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus” (v 4). Será que existam cristãos que adoram se reunir para uma “boca livre”, mas não têm o mesmo interesse pela pregação e ensino da Palavra?
“não tentarás o Senhor teu Deus” (v 7). Será que há cristãos que ao invés de aceitarem a provação do Senhor, querem prová-lo, afirmando que se não for assim...; e sempre se julgam injustiçados, coitadinhos e vítimas?
“...está escrito: ao Senhor teu Deus adorarás, e só a ele servirás”. Será que há cristãos que estão tão preocupados em se realizar academicamente, profissionalmente, economicamente, que já não têm desejo, nem forças para irem ao templo comungarem com os irmãos e adorarem ao seu Deus e, talvez, nem para orarem em suas casas?
Esses “serás” me incomodam, pois será que eu posso vir a ceder a tentação de Satanás e ainda espiritualizar as coisas achando que está tudo bem?
O exemplo do Mestre Jesus deve ser seguido. Não importa quão legítimo possa parecer nosso desejo, a pergunta a ser feita é: esse desejo nos aproximará do Senhor e glorificará ao nosso Deus? Senão, podemos ser achados fazendo a nossa vontade, satisfazendo os nossos anseios humanos e, por causa deles, deixando o Altíssimo Deus de lado.
Não vamos permitir que o diabo use os nossos anseios para nos afastar da vontade e da comunhão do Pai porque no final os anjos nos servirão (v 11).

Por: Ioséias Carvalho Teixeira

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Escatologia Dispensacionalista


Os Últimos Dias
Conhecendo o projeto eterno de Deus para a humanidade.

Introdução
Ø  A Escatologia é a parte da teologia que se ocupa do estudo das profecias bíblicas concernentes aos últimos dias da história como a conhecemos.
Ø  Neste estudo estaremos nos atendo ao que a Bíblia ensina sobre a segunda vinda de Cristo,as bodas do Cordeiro, o tribunal de Cristo, a grande tribulação, o milênio, o juízo final e o estado eterno dos justos e dos ímpios.
Ø  Você conhece o que a Bíblia diz sobre esses assuntos? Deseja ampliar ou testar seus conhecimentos sobre tão importante tema? Vamos juntos aprender mais de Deus, porque em outro tempo houve um povo que “foi destruído por falta de conhecimento (Os 4.6 a – NVI).

Programação
Ø  A Segunda Vinda de Cristo.
Ø  O Tribunal de Cristo.
Ø  As Bodas do Cordeiro.
Ø  A Grande Tribulação.
Ø  O Milênio
Ø  O Juízo Final
Ø  O Estado Eterno
Ø  Para isso nós teremos 3h. de estudo, divididas em duas sessões de 1:30h.

Visão geral
Ø  Há elementos escatológicos presentes na estrutura de muitas doutrinas básicas da nossa Confissão de Fé, tais como: a doutrina da justificação, da salvação, da aliança, da graça, da igreja, da responsabilidade individual e outras.

A Segunda Vinda de Cristo
l  Como se dará a volta de Jesus?
Ø  Em duas fases:
Ø  A 1ª fase de forma secreta - o arrebatamento da igreja (Mt 24.27).
Ø   A 2ª fase de forma visível, para a salvação dos judeus e a instauração do milênio (Mt 24.30,31; Zc 12.9 -13.2; Ap 20.4).
l  Na primeira vinda Jesus também veio em duas fases, porém,em ordem inversa. Na primeira fase ele veio de forma visível para o seu povo, Israel (Jo 1.11); na segunda fase ele veio de forma secreta para a Igreja, através do Espírito Consolador (Jo 14.18-23).

l  As duas fases da Segunda Vinda
l  Mateus 24.27-31 deixa claro a volta de Jesus em duas fases, tendo a Grande Tribulação entre elas.
l  No v.27 o Senhor relata sobre a primeira fase, de forma secreta para o mundo, assim como Paulo em I Co 15.52.
l  No v. 29 ele relata a Grande Tribulação, revelando os sinais terríveis desses dias.
l  Nos vv.30,31 o Senhor aborda a segunda fase da sua vinda, logo após a Grande Tribulação, para os seus eleitos, os judeus (Sl 33.12).

A importância desse conhecimento
Ø  “Portanto, consolai-vos uns aos outros com estas palavras” (I Ts 4.18).
Ø  É verdade que a morte de alguém querido produz tristeza, mas não nos desesperamos “como os demais que não têm esperança” (I Ts 4.13b.).
Ø  Aqueles que conhecem a Deus, santificam-se esperando este tão glorioso dia (I Ts 5.23).

O Tribunal de Cristo - I Co 5.10; Rm 14.10.
Ø  Esse evento é o julgamento ao qual comparecerão apenas os crentes que viveram na era da Igreja. Não é o mesmo julgamento que os incrédulos terão de enfrentar quando comparecerem diante do Grande Trono Branco (Ap 20.11-15).
Ø  Neste evento nós seremos avaliados com base naquilo que fizemos durante nossa vida na Terra, e receberemos galardões por esse trabalho. Os critérios de avaliação estão descritos em I Co 3.11-16;4.1-5 e 9.24-27.
Ø  Esse julgamento se dará no céu enquanto a Tribulação estiver ocorrendo na Terra, para que assim a Igreja possa ser adornada como a Noiva que descerá com Ele na Segunda Vinda (Ap 19.7-8).

As Bodas do Cordeiro
Ø  Efésios 5.25-32 indicam que Cristo desposará a Igreja.
Ø  Apocalipse 19.7,8 ensina-nos que a igreja tem a responsabilidade de ataviar-se; isto é, sendo fiel aqui para ser galardoada no céu.
Ø  O termo “Bodas”, indica uma união duradoura. Aqui os casais dizem: “até que a morte nos separe”. Lá não haverá nada que nos separará de Cristo, pois não mais haverá morte, e nós estaremos para sempre diante de Deus (Ap 21.22-27).

A Grande Tribulação
l  A natureza da tribulação.
Ø  É um período de ira       Sf 1.15,18; I Ts 1.10;5.9; Ap 6.16,17;11.18; 14.10,19; 15.1,7; 16.1,19.
Ø  De julgamento      Ap 14.7; 15.4; 16.5,7; 19.2.
Ø  De indignação      Is 26.20,21; 34.1-3.
Ø  De provação      Ap 3.10.
Ø  De problemas      Jr 30.7; Sf 1.14,15; Dn 12.1.
Ø  De destruição      Jl 1.15; I Ts 5.3.
Ø  De escuridão      Jl 2.2; Am 5.18.
Ø  De desolação      Dn 9.27; Sf 1.14,15.
Ø  De transtorno e castigo      Is 24.1-4; 19-21.     
l  A origem da tribulação.
Ø  A Grande Tribulação tem sua origem na ira de Deus, e não no diabo ou no homem, como pensam alguns. Basta lermos alguns textos bíblicos   para confirmarmos que esse período será, particularmente, a hora em que a ira e o juízo de Deus caem sobre a Terra (Is 24.1; 26.21; Jl 1.15; Sf 1.18; Ap 6.16,17; 11.18; 14.7,10,19; 15.4,7; 16.1,7,19; 19.1,2.  
l  Os propósitos da Tribulação.
Ø  O primeiro grande propósito da Tribulação é o de preparar a nação de Israel para o Messias (Jr 30.7), pois ela diz respeito ao povo de Daniel (Dn 9.24), e Deus ainda vai tratar com esse povo (Rm 11.25-27).
Ø  Outro propósito é salvar pessoas de todos os povos, tribos, línguas e nações (Ap 7.9) para povoar o reino milenar.
Ø  Há ainda o propósito de trazer juízo sobre homens e nações descrentes (Is 26.21; Jr 25.32,33; II Ts 2.12; Ap 3.10). 
Ø  Será um período de sete anos, referente à última semana de Daniel, logo após o arrebatamento da Igreja.
Ø  Ao início da Grande Tribulação o anticristo se levantará para propor uma solução para o mundo que estará em angústia por causa do “sumiço” de seus entes e amigos.
Ø  Por três anos e meio o Anticristo será profundamente amado por todos, inclusive pelos judeus.
Ø  Ao final desse período ele quererá ser adorado e todo o mundo concordará, exceto os judeus, e por isso, ele implementará uma perseguição contra o povo de Deus (Dn 7.24,25; 9.27; Mt 24.15; II Ts 2.3,4; Ap 11.2,3).
Ø  Ao final desses sete anos o anticristo reunirá as nações e cercará os judeus para a guerra do Armagedon (Ap 16.16).
Ø  Quando tudo estiver pronto para o ataque Israel clamará ao Senhor e Ele descerá do céu, com a Igreja, para livrar o seu povo do poder do iníquo (Os 6.1-3; Zc 12.10-14; Rm 11.25-27).

O Milênio
Ø  Ao descer dos céus e libertar o seu povo, o Senhor dará início ao juízo das nações, onde as nações amigas de Israel terão o direito de viver no Milênio e as nações inimigas serão destruídas (Mt 25.31-46).
Ø  Satanás será preso para não perturbar o reinado do Messias (Ap 20.2)
Ø  Neste período Jesus reinará (Dn 7.14-27) em cumprimento à aliança que o Senhor fez com Davi (II Sm 7.16).
Ø  Por isso, esse reinado será na Terra (Dn 2.35; Sl 2.8,9; Ap 5.10) e Israel será a nação principal (Is 61.6; 62.2,3
Ø  A Igreja glorificada reinará com o Senhor Jesus(Ap 20.6)
Ø  Será uma era incomparável na história (Is 65.16-25).
Ø  Ao final dos mil anos Satanás será solto e seduzirá as nações, que o seguirão e declararão guerra contra o Senhor (Gogue e Magogue). Porém, serão destruídos e o Senhor lançará o diabo no lago de fogo e enxofre e dará início ao juízo final (Ap 20.7-10).

O Juízo Final
Ø  A necessidade do Juízo Final. - O pecado trouxe consigo a necessidade da manifestação do juízo de Deus. Adão e Eva, ao desobedecerem à ordem de Deus (Gn 2.16,17), tiveram a sua sentença de morte decretada. Eles morreram espiritualmente imediatamente, ficando separados de Deus (Rm 3.23; Ef 2.1). A morte física, outra conseqüência do pecado, não foi imediatamente executada, porque Deus adiou o cumprimento de sua sentença (Gn 3.15) tornando a vida uma caminhada até a morte.
Estando subordinado à força do pecado, que o leva a cometer os mais variados delitos, o homem é passível de um juízo histórico; isto é, nesta vida, caso contrarie as leis humanas (Mt 5.21; At 5.1-11), e de um juízo eterno (Mt 5.22; 12.36; Rm 5.16), por contrariar as leis divinas. Entretanto, como a justiça humana é falha e por vezes sem conta vemos os maus se beneficiando à custa da opressão dos bons (Sl 73-1-14), encontramos no Juízo Final o cumprimento pleno da necessidade de justiça (At 17.31).
l  O propósito do Juízo Final.
            O Juízo Final tem como propósito manifestar a Glória de Deus. Neste mundo Satanás tem se empenhado em cegar os olhos dos homens para que não vejam a glória de Cristo (II Co 4.3,4), mas Deus resplandeceu em nossos corações para que contemplemos a sua glória “na face de Cristo” (II Co 4.6).
            No Juízo Final Satanás terá que se curvar diante da majestade do Senhor Jesus. O dia do Juízo Final é o dia de Cristo, o Senhor (Fp 1.6,10), o qual manifestará o Seu total senhorio sobre toda a criação, quando todo joelho se dobrará diante do Dele, para a glória de Deus Pai (Fp 2.9-11).

O Estado Eterno dos ímpios
Ø  A Bíblia ensina a existência permanente dos ímpios (Mt 24:5; 25:30,46; Lc 16:19-31).
Ø   A Escritura se refere aos excluídos do céu dizendo que estão fora (nas trevas exteriores) e que são lançados no inferno. A descrição registrada em Lc 16:19-31 é, por certo, inteiramente descritiva de lugar.
Ø  Em Mateus 25:46 a mesma palavra descreve a duração, tanto da bem-aventurança dos santos como da penalidade dos ímpios. Se esta não for, propriamente falando, interminável, tampouco o será aquela; e, todavia, muitos dos que duvidam da punição eterna, não duvidam da felicidade eterna.

Ø O Estado Eterno dos justos
Ø  A nova criação. O estado final dos crentes será precedido pela passagem do presente mundo e pelo surgimento de uma nova criação. Mt 19:28 fala da “regeneração” e At 3:21, da “restauração de todas as coisas”. Em Hb 12:27 lemos: “Ora, esta palavra: Ainda uma vez por todas, significa a remoção dessas cousas abaladas (céus e terra), como tinham sido feitas, para que as cousas que não são abaladas (o reino de Deus) permaneçam”. Diz Pedro: “Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça”(II Pe 3:13 ).
Ø  A habitação eterna dos justos. A Escritura nos dá motivos para acreditarmos que os justos herdarão, não somente o céu, mas a nova criação inteira, Mt 5:5; Ap 21:1-3.
Ø  A natureza de sua recompensa. A recompensa dos justos é descrita como vida eterna, isto é, não apenas uma vida sem fim em toda a sua plenitude, sem nenhuma das imperfeições e dos distúrbios da presente vida, Mt 25.46; Rm 2:7. A plenitude dessa vida é desfrutada na comunhão com Deus, o que é realmente a essência da vida eterna, Ap 21:3. Eles verão a Deus em Jesus Cristo face a face, encontrarão plena satisfação nele, alegrar-se-ão nele e O glorificarão.

Resumo
Ø  Neste período estivemos aprendendo sobre assuntos muito importantes, tais como: a volta de Jesus, o Tribunal de Cristo, as Bodas do Cordeiro, a Grande Tribulação, o Milênio, o Juízo Final e o Estado Eterno de ímpios e justos.
Ø  Para que não nos esqueçamos do que foi aqui aprendido precisamos consultar nossas Bíblias e anotações, além de participarmos ativamente da EBD e dos cultos de doutrina.

Onde obter mais informações
l  CETEMIT – faça um seminário para aprofundar seu conhecimento – tel. 3337-2885.
l  Livros:
Ø  Manual de Escatologia, J. Dwight Pentecost, Ed. Vida.
Ø  Todas as Profecias da Bíblia, John F. Walvoord, Ed. Vida.
Ø  O Que Cristo Pensa da Igreja, John Stott, United Press.
Ø  Escatologia, doutrina das últimas coisas, Severino Pedro da Silva, CPAD.
Ø  Profecias de A a Z, Thomas Ice & Timothy Demy, Actual edições.
Ø  O Milênio, Série Debates Teológicos, Darrell L. Bock, Ed. Vida.