sábado, 16 de outubro de 2010

Matéria de Apologética

A Plausibilidade dos Milagres


O homem que vive na época da ciência tem dificuldade de aceitar os milagres. Desde o início da nossa época de escola, ficamos impressionados com a lei natural - com a constância ou uniformidade das operações do universo. Quando crescemos e começamos a desenvolver um mundo e uma visão da vida por nós mesmos, um conflito surge entre este ponto de vista sobre a natureza e o sobrenatural. Como podemos resolver esta questão? Podemos aceitar os milagres?

O fundamento para a solução de qualquer problema desta natureza é uma visão adequada de Deus. Uma forma de começar a chegar a este conceito é através de argumentos filosóficos para a existência e a natureza de Deus.

a) Argumento Ontológico. O primeiro deles é o argumento ontológico, aquele que simplesmente afirma e argumenta que o homem tem dentro de si a idéia de um ser perfeito. Se este ser é perfeito, ele deve existir porque a perfeição inclui existência. Alguns filósofos alegam que é impossível discutir a existência real a partir de um pensamento abstrato; mas Hegel, dentre outros, sentiu que o onto-lógico era o argumento supremo para a existência de Deus.

b) Argumento Moral. Kant, por outro lado, acreditava que o argumento moral era o mais importante. Começando com o “deve” ou com um imperativo categórico no homem, ele defendia a existência de um ser que tinha o direito absoluto de comandar o homem - um legislador e juiz. Outros expressam este argumento de forma diferente, e sustentam que a ampla divergência entre a conduta do homem e sua presente prosperidade requer um acerto de contas no futuro, o que por sua vez requer um juiz absolutamente justo. Contudo, alguns que utilizam o argumento moral enfatizam que a alma ou o espírito religioso no homem exige um objeto pessoal que seja infinito, ético e que possa ser conhecido.

c) Argumento Cosmológico. Um terceiro argumento é chamado cosmológico ou argumento da casu-alidade. Cada parte do universo é dependente de algo. Nem mesmo o universo é eterno, mas é um acontecimento, e por isso deve ter uma causa. O argumento retorna através da relação de causa e efeito à causa que não foi induzida, e Àquele que é auto-existente. Ao pensarmos na causa do univer-so, concluímos que: (1) seja qual for a sua causa, o universo é algo real; (2) o próprio universo é uma grande causa que pode ser infinita; (3) esta causa deve ser livre ou autodeterminada; (4) deve ser uma causa única ou unificada; se existissem muitos deuses, eles estariam necessariamente trabalhando juntos.

d) Argumento Teológico. Um quarto argumento é o teológico. Há uma ordem, um ajuste, e um pro-jeto visível em todos os lugares no universo. Existe a evidência de um projetista do universo. A partir deste argumento, podemos concluir que: (1) este Criador deve ter um grande poder; (2) Ele deve ter grande inteligência; (3) a partir de uma inteligência tão grande, podemos concluir que este Glorioso Ser possui a sua personalidade e autoconsciência. Através de uma cuidadosa consideração, podemos ir mais além nestes argumentos teístas chegando a uma possibilidade, a uma probabilidade, e até mesmo a uma alta probabilidade de um teísmo total: uma crença em um Deus pessoal, sobrenatural, e onipotente. Embora possamos chegar a certezas morais, não poderíamos chegar à verdadeira certeza intelectual sem restar nenhuma dúvida intelectual por parte do indivíduo. A certeza intelectual a respeito de um Deus pessoal e ético só pode ser alcançada através dos fatos da revelação cristã, e, de forma conclusiva, apenas através de uma experiência interior com Deus. Não é razoável concluir que o onipotente projetista do universo não teria poder para revelar a si mesmo, ou que não teria interesse em se revelar às suas criaturas (isto é, através da Palavra escrita, a Palavra Viva). Uma vez que admi-timos a existência de Deus, não podemos negar a sua atividade sobrenatural no universo, no tempo e no espaço. Boettner comenta. “Se a oposição ao sobrenatural for realizada de forma consistente, ela não pode apenas negar os milagres, mas deve levar a pessoa diretamente ao agnosticismo ou ao ate-ísmo. A pior e mais acentuada inconsistência para o modernista é admitir a existência de Deus e, contudo, negar os milagres registrados nas Escrituras, por considerar que estes se opõem à lei natural. Uma pequena reflexão deveria convencer qualquer um de que uma concepção teística do universo como um todo coloca em risco a crença nos milagres” (Loraine Boettner. Studies in Theology, p. 53). Porém muitos encontram pouca ou nenhuma ajuda nos argumentos teístas para o estabelecimento dos milagres. Então considere uma outra abordagem. olhe as próprias leis da natureza. O que elas são? Será que elas impedem a possibilidade dos milagres? Quanto ao caráter das leis da natureza, Boettner observa. “Elas não são por si só forças na natureza, mas simplesmente declarações gerais do modo como estas forças atuam, de maneira que possamos ser capazes de observá-las. Elas não são forças que governam toda a natureza forçando a obediência, mas sim meras abstrações sem uma existência concreta no mundo real” (ibid., p. 61). Nesse mesmo ponto, C. S Lewis conclui. “Temos o hábito de falar como se as leis da natureza induzissem os acontecimentos; mas estes nunca foram induzidos... E estas leis não induzem; elas ditam o padrão a que cada acontecimento – se é isto que está sendo considerado como indução - deve se adequar, assim como as regras da aritmética definem o padrão a que todas as transações com dinheiro devem se adequar – se houver algum dinheiro. Assim, por um lado, as leis da natureza cobrem todo o campo do tempo e do espaço; e, por outro, o que elas deixam de fora é precisamente o universo real e inteiro - uma torrente incessante de eventos que fazem a verdadeira história. Isto deve vir de algum outro lugar. Pensar que as leis podem produzir, é como pensar que você pode criar dinheiro verdadeiro apenas fazendo contas” (Lewis, op. cit., p. 71). Então deve ficar claro que as leis da natureza são meramente observações da uniformidade ou da constância na natureza. Elas não são forças que dão início à ação. Elas simplesmente descrevem a forma como a natureza se comporta – quando o seu curso não é afetado por um poder superior. No plano humano, observamos uma constante introdução de novos fatores ou forças para interferirem no curso normal da natureza. É contrário às leis da natureza, imensos navios de aço flutuarem, ou aeronaves pesando toneladas voarem. Outros fatores têm sido introduzidos. De acordo com as leis da natureza, produtos químicos misturados em certas quantidades produzirão um composto benéfico para o homem. Se outra força, como o calor ou outro produto químico for introduzido, o resultado pode ser uma explosão ou um veneno mortal. O homem está constantemente realizando “milagres” à medida que interfere na natureza. Milhares de suas invenções aparentemente violam as leis da natureza. Será que Deus é menos do que o homem? Lewis chegou a uma boa conclusão. “Quanto mais certos estivermos da lei, mais claramente saberemos que se novos fatores forem introduzidos, o resultado variará. O que não sabemos, como cientistas, é se o poder sobrenatural pode ser um desses fatores... O milagre é, sob o ponto de vista do cientista, uma forma de tratar, e até mesmo de falsificar (como alguns preferem), ou mesmo de trapacear. Ele introduz um novo fator na situação, ou seja, a força sobrenatural que o cientista não tinha avaliado” (ibid., pp. 70-71). Não precisaria haver um conflito básico entre ciência e religião. “A ciência... para a maioria agora, mostrou claramente que procurar descrever uma ordem na natureza não implica em negar um fundamento da natureza” (C. J. Wright, Miracle in History and in Modern Thought, p. 178). Há uma tendência crescente de se reconhecer que a ciência é uma coisa e a religião é outra. A ciência procura descrever o fenômeno e desenvolver novas invenções no mundo físico. Ela tenta responder à pergunta “Como?” A religião procura descrever o fenômeno e ampliar os horizontes no mundo espiritual. Ela busca as razões que estão por trás do fenômeno. Ela se esforça para responder à pergunta “Por quê? A ciência e a religião podem se harmonizar através de uma abordagem inteligente do problema. Fica claro que uma harmonização é possível pelo fato de muitos cientistas proeminentes em nossos dias serem totalmente sobrenaturalistas – crentes em milagres. A dificuldade vem quando os homens “agem sob a hipótese de que os milagres são algo impossível de acontecer”. Assim, uma visão ateísta de mundo se torna o critério da história. Ao invés de examinar o mundo para obter uma visão de mundo, os incrédulos usam as suas visões de mundo para tentar construir a história do mundo, e a história que eles construíram é autocontraditória” (Gordon H. Clark, “The Ressurrection”, Christianity Today, 15 de abril de 1957, p. 19). Uma defesa dos milagres no final do séc. XX requer um entendimento da opinião e do pensamento moderno. Por algum tempo houve uma tendência de abandonar a posição extrema de uma negação dos milagres. Na virada do século, Adolf Harnack, um grande liberal, escreveu. “Muito do que foi rejeitado anteriormente tem sido re-estabelecido sob uma investigação mais profunda, e à luz da experiência geral. Quem hoje, por exemplo, poderia desprezar ou escrever apenas resumidamente a respeito da obra de curas miraculosas como aquelas que são descritas nos Evangelhos, como faziam os eruditos de antigamente?” (Adolf Harnack, Christianity and History, p. 63). Desde a sua época, estabeleceu-se uma tendência ainda maior nessa direção. O antigo liberalismo não tinha uma mensagem para o mundo que estava convulsionado e chocado devido a duas guerras mundiais, a corrida das armas nucleares, as guerras frias e quentes entre o Ocidente e o Oriente, os constantes conflitos no Oriente Médio, e os desafios da era espacial. Gradualmente, os baluartes do antigo liberalismo desmoronaram diante dos mundos em colisão, e dos ataques da neo-ortodoxia ou do neo-supernaturalismo. A lei da relatividade de Einstein, e outros fatores, modificaram o antigo conceito Newtoniano do universo, e outras variáveis foram introduzidas, o que abriu a porta para um retorno à posição conservadora sobre os milagres. Isto não significa que o mundo esteja sendo convertido a um cristianismo conservador, mas que a crença em milagres tem sido muito mais intelectualmente respeitada do que costumava ser. Podemos então concluir que uma crença nos milagres não é apenas plausível nos nossos dias, mas que é a única esperança para uma humanidade presa no redemoinho do poder político e de uma iminente guerra atômica. Sem o elemento miraculoso, o cristianismo não teria uma mensagem e nem um consolo para a nossa era. Um Jesus que é simplesmente um mártir da verdade, um príncipe dos filantropos, um modelo de professores éticos, não poderia apresentar aos homens mais do que um idealismo conhecido e desgastado. A única resposta para os mares agitados da vida é um Salvador que possa dizer, “Cala-te, aquieta-te” (Mc 4.39). A única esperança para a vitória sobre o poder de Satanás, é Aquele que os demônios reconhecem e obedecem. A única esperança para o corpo nesta vida e na próxima reside naquele que é o Senhor da vida e da morte. A única esperança para a alma descansa naquele que morreu pelos nossos pecados, ressuscitou e ainda vive para interceder por nós.

8 comentários:

  1. Aceitar um milagre na visão ontológica, não é fácil, pois se temos a idéia de um ser perfeito,não precisamos de milagres. eu me pergunto; como não aceitar ou admitir um milagre, diante de tantas evidências ao nosso redor, pois quando contemplo o sol as estrelas os firmamentos, percebo que tudo isto é um milagre. Os cientistas tentam encontrar um explicação natural par muitas fatos, mais quanto mais eles procuram, encontram evidências do sobrenatural.Como não admitir o milagre se o próprio Senhor Jesus Cristo realizou muitos.tem que ter fé para admitir, aceitar um milagre, e Deus tem realizado muitos nos dias de hoje.

    Elias Lopes 2º ano CEFORT

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  2. É muito aceitável dizer diante dos quatro argumentos apresntados,porque nos prova a existencia de um Deus pessoal,perfeitamente bom que em seu santo amor cuida de todas as coisas,e esta no controle de todo o universo.Estando ele no controle tem poder para realizar algo que para o homem limitado é inesplicável,isto chama-se milagre. Há tantas pesquisas para se descobrir a essência do milagre, milhões são gastos para se chegar a uma conclusão e tudo volta a estaca zero. Para reconhecermos o milagre basta nos colocarmos a frente de um espelho e entender que em um planeta com bilhões de pessoas somos o único até mesmo na comparação das digitais não há semelhança ainda que pegamos a digital da outra mão será diferente.Istonão é obra do acaso, existe sim um ser inteligente, perfeitamente bom que governa todo planeta, o único que tem poder para constranger todo conhecimento humano operando no impossível tornando-o possível e o seu nome é o Senhor Deus Altíssimo. Graça e paz
    Clesio Faria 2º Ceforte

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  3. Como podemos ver, o ponto de partida para falar de milagres é na verdade um dos pontos que tem sido deixado de lado na maioria das discussões: DEUS É QUEM OPERA TUDO EM TODOS.
    Milagre é um ato realizado por um ser que é superior a tudo e a todos,superior a morte, as enfermidades, calamidades e etc. Este ser superior não se limita pelo tempo, o mesmo Deus que realizou milagres no passado é o mesmo hoje e será para todo o sempre.
    Quanto ao fato mencionado de Deus não operar milagres no final do novo testamento, isso não necessáriamente prova que Ele não realizava mais milagres, mas apenas que esses milagres que agora eram operados por Deus através de homens e mulheres fracos e falhos, não tinha a necessidade de serem relatados, ao contrário dos evangelhos, visto que para o ministério de Jesus Cristo era necessário a operação de milagres para que crescem nele. Como Ele mesmo mandou dizer para João Batista: diga para João tudo o que vocês tem visto. E então João teve certeza de que Jesus Cristo era o Messias.
    De fato os milagres não deveriam ser ligados a uma extrema pseudo-santidade, mas a uma vida de contrição e arrependimento, uma vida de renúncia de si mesmo e se colocando à disposição do Criador, DEUS USA QUEM ELE QUER,QUANDO QUER E COMO QUER, ele é SOBERANO. Afinal de contas Deus usa as coisas loucas deste mundo para confundir as sábias.
    Outro ponto importante é que a igreja pentecostal principalmente, busca demais a operação de milagres sem julgar todas as coisas e reter o que é bom. Se deixam levar pelo emocional e infelizmente os falsos-profetas se aproveitam da boa fé de muitos e sua carência de todo tipo, para realizar prodígios. Isto já estava profetizado e tem acontecido verdadeiramente. Temos que preocupar com a salvação de almas e somente com os milagres, por isso os milagres não eram enfatizados pelos apóstolos do novo testamento, não era esse o objetivo de Deus e sim a salvação pela ação do sacrifício de Jesus Cristo, isso não quer dizer que os milagres não aconteciam.

    Ervania Meire - 2° ano de Teologia - CEFORTE - Turma "Menina dos olhos de Deus"

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  4. Pude ver com este estudo que não existe como se provar Milagres (ações de Deus), sem aquilo que é seu principal elemento é a fé. Mas seja qual for o argumento, Ontológico, moral ou cosmológico todos colidem em um ponto, não podemos explicar tudo pela lógica.Seja um ser superior, seja uma força, ser um ser perfeito, seja a eternidade, existe algo q não pode ser explicado.Temos hoje um universo que funciona perfeitamente (a salvo a destruição humana) temos seres humanos dotados de um organismo complexamente maravilhoso.De forma “inexplicável” simplesmente existimos e por que não de forma “inexplicável” outras coisas podem acontecer? .Chamem do que quiser, pois o ser humano tem resistência a reconhecer Deus, mas milagres são totalmente possível basta olharmos ao nosso redor.
    Sem. Talita Verônica
    CEFORTE-2º ANO

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  5. Graça e paz!

    Tendo que a visão filosófica, entre os quatro argumentos, todos afirmam a existência de Deus, porém na forma de Criador ou projestista, um Ser ou Aquele que é auto-existente. Embora com todos estes nomes, o autor é o mesmo, nada foi obra pelo acaso.
    Não se nega a atividade sobrenatural deste Deus que tudo fez existir e que sustém todo o universo, não resta dúvidas, isso tudo é um milagre.Os seus relâmpagos alumiam o mundo; a terra vê e estremece. Derretem-se como cera os montes, na presença do Senhor de toda a terra. Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos vêem a sua glória. Sl 97:4-6.
    Sl 98;7-9. Rujam o mar e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam. Os rios batam palmas, e juntos cantem de júbilo os montes, na presença do Senhor.
    Deus tem o domínio sobre todas as coisas no tempo e no espaço, e negar seria realmente opor a Lei natural, os cientistas procuram descrever os fenômenos físicos e a religião os fenômenos espirituais( milagres) e nisso há uma guerra constante, e é necessário que a ciência exista para que seja dada a oportunidade deles mesmos se converterem e confessarem que estes milagres realmente existem.
    Deus abençoe a todos!

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  6. Graça e paz!

    Tendo que a visão filosófica, entre os quatro argumentos, todos afirmam a existência de Deus, porém na forma de Criador ou projestista, um Ser ou Aquele que é auto-existente. Embora com todos estes nomes, o autor é o mesmo, nada foi obra pelo acaso.
    Não se nega a atividade sobrenatural deste Deus que tudo fez existir e que sustém todo o universo, não resta dúvidas, isso tudo é um milagre.Os seus relâmpagos alumiam o mundo; a terra vê e estremece. Derretem-se como cera os montes, na presença do Senhor de toda a terra. Os céus anunciam a sua justiça, e todos os povos vêem a sua glória. Sl 97:4-6.
    Sl 98;7-9. Rujam o mar e a sua plenitude, o mundo e os que nele habitam. Os rios batam palmas, e juntos cantem de júbilo os montes, na presença do Senhor.
    Deus tem o domínio sobre todas as coisas no tempo e no espaço, e negar seria realmente opor a Lei natural, os cientistas procuram descrever os fenômenos físicos e a religião os fenômenos espirituais( milagres) e nisso há uma guerra constante, e é necessário que a ciência exista para que seja dada a oportunidade deles mesmos se converterem e confessarem que estes milagres realmente existem.
    Deus abençoe a todos!

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  7. Os milagres não violam a lei natural; somente interrompem ou suspendem a operação da lei natural. Que é lei natural? Simplesmente uma ação coerente ou tendência uniforme das forças e poderes do mundo natural, tais como: gravitação, coesão, afinidade química, etc... agora, do ponto de vista da lei natural, um milagre é uma exceção à essa tendência ou ação uniforme porque essa exceção tem que vir de poderes fora da lei natural, em outras palavras, as exceções são sobrenaturais, quer venham do poder divino ou do poder satânico.
    Agora é possível ao homem interromper ou suspender a operação da lei natural e ainda o resultado não ser milagroso, isto é, uma bola apanhada e segura nas mãos. Mas, o homem pode interromper a lei natural em maneiras limitadas.
    Deus suspende e interrompe a operação da lei natural e o resultado é milagroso, (quer dizer, sobrenatural), uma coisa que em si os homens não podem fazer, é um machado boiar (2 Rs 6.5-7), tornar a água em vinho, (Jo 2.1-11).

    Seminarista Fernando Júnior – 2º ano - CEFORTE

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