sábado, 31 de maio de 2014

Fui chamado para servir e não para ser servido


Por bondade de Deus e gentileza dos irmãos minha agenda está totalmente cheia até a primeira semana de novembro e tenho sido obrigado a dizer não a alguns convites.
Por conta disso alguém me disse, ainda que em tom de brincadeira, que estou me dando ao luxo de escolher os melhores lugares e com maior público para ir. Por isso, quero deixar aqui uma palavra: nunca divulguei, nem me apresentei como pregador itinerante, nem mesmo quando exercia este ofício. Não "abro agenda", nem faço marketing do "meu ministério" porque sou pastor local e tenho um rebanho para cuidar, que amo muito e que não desprezarei por outros afazeres. Todos os convites que recebo para ministrar a Escritura ou para dar aulas são fruto de indicações de irmãos cujos quais viram graça em minha vida e ministério e nunca estipulei valores a ninguém. Vou onde for convidado com total confiança no Senhor, porque o mesmo Senhor da minha vida é o Senhor dos que me convidam e Ele conhece minhas necessidades e investimentos no Reino e conhece a capacidade de cada igreja local que me convida. Não sou profissional, sou ministro, não estipulo valor porque o nome disso é cachê e quem exige cachê é artista. Quem já me convidou sabe disso.
O Deus que cuida de mim, da minha família e de todos os seus filhos é quem é o meu sustentador e não um "Ministério Profissional".
Mas, nada me aborrece, apenas estou compartilhando uma situação para que todos saibam que não há homem ou demônio capaz de me parar, senão somente o Deus Altíssimo.
Seja o Eterno exaltado em nossas vidas hoje e sempre, amém!

sábado, 24 de maio de 2014

Fé, o combustível da vida e da missão cristã




tEXTO: hebreus 11.6
De fato, sem fé é impossível agradar a Deus, porquanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e que se torna galardoador dos que o buscam. [1]


Introdução
Temos vivido dias de muitos ensinos estranhos à Escritura Sagrada no seio da Igreja de Jesus. Entre esses ensinos encontra-se o que se fala acerca da fé, um importante pilar do cristianismo. Muitas pessoas têm ensinado que a fé é o elemento que nós possuímos e que nos permite fazer com Deus haja em nosso favor. Contudo, o que a Escritura ensina é que a fé é um dom que Deus nos dá (Rm 12.3; Ef 2.8) e que nos leva à ação em relação aos propósitos do Eterno para a nossa vida.
Nesta mensagem vamos meditar acerca da autêntica vida de fé, que caracteriza os filhos de Deus.
Esteja atento e que o Senhor te abençoe. 

VERDADE TEOLÓGICA, PROPOSIÇÃO OU TEMA
Fé não é o que move a mão de Deus, fé é o que nos move para a glória de Deus.
Ioséias C. Teixeira

sentença interrogativa
O que mostra que a fé é o que nos move?

sentença de transição
O que mostra que a fé nos move são os fatores bíblicos que confirmam o que é viver pela fé.

I – A FÉ É CONFIRMADA POR NOSSA REAÇÃO NAS ADVERSIDADES.
A.    A fé não é determinada pelas bênçãos que recebemos de Deus – Israel no deserto foi tremendamente abençoado por Deus, mas não herdou a promessa - Foi isso que os pais de vocês fizeram quando os enviei de Cades-Barnéia para verem a terra. Depois de subirem ao vale de Escol e examinarem a terra, desencorajaram os israelitas de entrar na terra que o Senhor lhes tinha dado. A ira do Senhor se acendeu naquele dia, e ele fez este juramento:‘Como não me seguiram de coração íntegro, nenhum dos homens de vinte anos para cima que saíram do Egito verá a terra que prometi sob juramento a Abraão, a Isaque e a Jacó,         com exceção de Calebe, filho de Jefoné, o quenezeu, e Josué, filho de Num, seguiram ao Senhor com integridade de coração’.       A ira do Senhor acendeu-se contra Israel, e ele os fez andar errantes no deserto durante quarenta anos, até que passou toda a geração daqueles que lhe tinham desagradado com seu mau procedimento. (Números 32:8-13).
B.    Josué e Calebe, mesmo na adversidade e oposição continuaram crendo na promessa do Senhor - Então Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos perante toda a congregação dos filhos de Israel.
E Josué, filho de Num, e Calebe filho de Jefoné, dos que espiaram a terra, rasgaram as suas vestes. E falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra pela qual passamos a espiar é terra muito boa. Se o Senhor se agradar de nós, então nos porá nesta terra, e no-la dará; terra que mana leite e mel. Tão-somente não sejais rebeldes contra o Senhor, e não temais o povo dessa terra, porquanto são eles nosso pão; retirou-se deles o seu amparo, e o Senhor é conosco; não os temais.
(
Números 14:5-9)
C.    Muitos heróis da fé confirmaram sua fidelidade na adversidade - Alguns foram torturados e recusaram ser libertados, para poderem alcançar uma ressurreição superior. Outros enfrentaram zombaria e açoites, outros ainda foram acorrentados e colocados na prisão,
apedrejados, serrados ao meio, postos à prova, mortos ao fio da espada. Andaram errantes, vestidos de pele de ovelhas e de cabras, necessitados, afligidos e maltratados. O mundo não era digno deles. Vagaram pelos desertos e montes, pelas cavernas e grutas.
Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido
. (
Hebreus 11:35-39).
D.    

II – A FÉ É CONFIRMADA POR NOSSAS AÇÕES EM TODO TEMPO.
A.    Cada um dos heróis da fé é mencionado pelas atitudes que tiveram em relação a Deus e não por meramente declararem uma crença - Pela fé Abel ofereceu a Deus um sacrifício superior ao de Caim. Pela fé ele foi reconhecido como justo, quando Deus aprovou as suas ofertas. Embora esteja morto, por meio da fé ainda fala. 
Pela fé Enoque foi arrebatado, de modo que não experimentou a morte; "ele já não foi encontrado porque Deus o havia arrebatado", pois antes de ser arrebatado recebeu testemunho de que tinha agradado a Deus.      
Sem fé é impossível agradar a Deus, pois quem dele se aproxima precisa crer que ele existe e que recompensa aqueles que o buscam.
Pela fé Noé, quando avisado a respeito de coisas que ainda não se viam, movido por santo temor, construiu uma arca para salvar sua família. Por meio da fé ele condenou o mundo e tornou-se herdeiro da justiça que é segundo a fé.
Pela fé Abraão, quando chamado, obedeceu e dirigiu-se a um lugar que mais tarde receberia como herança, embora não soubesse para onde estava indo
. (
Hebreus 11:4-8).

III – A FÉ É CONFIRMADA POR NOSSA VIDA PAUTADA NA VERDADE DE JESUS.
A.    João Batista foi apontado por Jesus como o maior dos nascidos de mulher (Mt 11.11). Mas por que, se ele não fez nenhum milagre? A resposta está em João 10.40-42Então Jesus atravessou novamente o Jordão e foi para o lugar onde João batizava nos primeiros dias do seu ministério. Ali ficou, e muita gente foi até onde ele estava, dizendo: “Embora João nunca tenha realizado um sinal miraculoso, tudo o que ele disse a respeito deste homem era verdade” E ali muitos creram em Jesus. (João 10.40-42).
B.    João Batista tinha uma vida pautada na Verdade. O que faz de alguém um homem ou mulher de Deus não são os milagres que tal pessoa opera, mas uma vida firmada na verdade do Evangelho.

Conclusão: 
Como ficou muito claro a fé é confirmada por nossas reações, por nossas ações e por nossa vida pautada na verdade do evangelho de Jesus.
A questão a ser levantada é: nossas reações às circunstâncias que nos cercam revelam nossa fé no Senhor? Nossas ações no que pertine à observância e cumprimento das ordens da Escritura deixam claro que somos homens e mulheres de fé? E as nossas palavras e forma de vida deixam evidente que confiamos em Jesus?
Avalie-se e responda para si mesmo e para o Senhor.
Soli Deo Gloria!


[1]Sociedade Bíblica do Brasil: Almeida Revista E Atualizada, Com Números De Strong. Sociedade Bíblica do Brasil, 2003; 2005, S. Hb 11:7

sexta-feira, 9 de maio de 2014

A comunicação conjugal



Tema: A comunicação conjugal
Texto base: II Samuel 6.1-23
Tese: o que é a comunicação e quais os maiores entraves para uma comunicação perfeita?
Introdução:
O que é a comunicação?
A palavra “comunicação” é a consequência da fusão de duas palavras: comum/ação. Portanto, comunicação é uma ação comum realizada por duas ou mais pessoas, ou, na definição do dicionário Aurélio, “tornar comum”, “por em contato ou relação”; “ligar, unir”, “estabelecer comunicação, entendimento, convívio”.
Em síntese, podemos dizer que a “comunicação é a ação comum que visa gerar relações estabelecidas pelo entendimento e convívio agradável”.
I – Os empecilhos a uma comunicação saudável.
Davi e Mical eram pessoas muito diferentes. Ela era a filha caçula de Saul (I Sm 14.49) e foi dada em casamento a Davi (I Sm 18.27).
Diferenças sociais.
Davi nasceu em uma casa simples em Belém.
Mical nasceu no palácio real
Davi era pastor de ovelhas de ovelhas
Mical era filha do rei de Israel.
Diferenças emocionais
Davi era uma pessoa expansiva e alegre.
Mical era retraída e séria (ela sofrera muitos abusos por parte do seu pai que só a deu a Davi como esposa porque intentava mal contra este (I Sm 18.20-30), e quando Saul mandou que seus homens matassem a Davi e este fugiu o rei tomou a Mical e deu-a por esposa a outro homem (I Sm 19.11 cf. I Sm 25.44).
Para que a comunicação seja estabelecida de maneira saudável é imperativo que tais diferenças sejam compreendidas e respeitadas, pois essas diferenças existirão em todos os relacionamentos que constituirmos, porém, tornam-se muito mais evidentes no casamento uma vez que passamos muito mais tempo com o cônjuge que com qualquer outra pessoa.
Essa tem sido uma das maiores motivações para divórcios nos dias de hoje.
II – A importância do ouvir corretamente.
“Meus amados irmãos tenham isto em mente: Sejam todos prontos para ouvir, tardios para falar e tardios para irar-se”
Tiago 1.19
“Quem responde antes de ouvir comete insensatez e passa vergonha”.
Provérbios 18.13
Parte fundamental da comunicação, o ouvir é, talvez, a mais negligenciada. Há pessoas que escutam, mas não ouvem de verdade.
Segundo estudos realizados nós ouvimos apenas 20% do que escutamos.
Muitas esposas e esposos estão frustrados em sua vida conjugal porque não são ouvidos pelo cônjuge.
No caso em apreço, de Davi e Mical, veja que houve uma dificuldade em ouvir o outro. 
Davi chegou à sua casa muito feliz e estava decidido a abençoar a família (v. 20), porém, Mical não lhe deu nem chance de falar, ela já o interpelou com uma acusação gravíssima, chamando-o de indecente e vadio (v.20).
Davi, por sua vez, não ouviu o que a sua esposa dizia nas “entrelinhas” de suas frases: “você não pode se exibir daquele jeito para as outras! Você é só meu!”
Quem não sabe ouvir sempre nega a importância do sentimento alheio e propõe mudanças apenas para o outro. Também quando a pessoa na está bem na alma/psique ela ouve o que o outro não disse.
Ouvir implica em tentar entender os sentimentos e as razões do outro.
Ouvir é prestar atenção ao que está acontecendo.
Ouvir de fato implica em olhar nos olhos de quem está falando.
Ouvir é manter uma abertura positiva a quem está falando.
III – As características de uma comunicação mal estabelecida.
“A morte e a vida estão no poder da língua, e aquele que a ama comerá do seu fruto”.
Provérbios 18.21
“Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe, mas só a que for boa para promover a edificação, para que dê graça aos que a ouvem”.
Efésios 4.29
“O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância coisas más”.
Provérbios 15.28
Falta compreensão – compreender primeiro para depois ser compreendido.
Mical não compreendeu a alegria de Davi em trazer a Arca da Aliança para Jerusalém.
Davi não compreendeu a atitude de ciúmes de Mical. Afinal, ela estava zelando pelo que era dela.
Expressão corporal agressiva – o corpo fala mais que as palavras.
Cerca de 75% da nossa comunicação é não verbal → Gestos, postura corporal, ações e tom de voz.
Veja que o texto afirma que Mical “partiu para cima” de Davi (v. 20).
Outra coisa que podemos depreender do texto, principalmente tendo como base o conteúdo das frases, é que o tom de voz de ambos não era nada agradável.→ “Antes, seguindo a verdade em caridade, cresçamos em tudo naquele que é a cabeça, Cristo” Efésios 4.15
Conteúdo verbal agressivo – falar sem pesar devidamente as palavras.
“O coração do justo medita o que há de responder, mas a boca dos ímpios derrama em abundância coisas más”.
Provérbios 15.28
Há pessoas que dizem: “Falo mesmo. Que se lasque. Não ‘tô’ nem aí”. Essas pessoas estão demonstrando toda a sua impiedade e até mesmo falta de amor genuíno, pois devemos tratar os outros (principalmente o cônjuge) assim como queremos ser tratados (Mt 7.12).
Veja que tanto Mical quanto Davi não foram nada amistosos um com o outro em sua discussão.
Mical o humilha chamando-o de oferecido e vadio. Davi a humilhou jogando na sua face que o Senhor o escolheu em lugar de Saul, pai de Mical, ou qualquer outro parente dela.
IV – DICAS PARA FAZER CRÍTICAS AO CÔNJUGE.
Faça-o confidencialmente: A crítica em público é humilhante e pode conduzir à difamação da pessoa. Por isso, quando for criticar, faça-o confidencialmente.
Faça-o pessoalmente: Geralmente é um erro fazer a crítica pelo telefone, pelo e-mail ou por algum outro veículo impessoal. Ao contrário, uma discussão pessoal permite que o cônjuge entenda mais claramente seus interesses legítimos.
Vá direto ao ponto: O cônjuge “sente” quando você tem algum problema com ele. Quando você o chama para conversar, mas fica dando voltas, ele percebe na hora e isso é frustrante para ele. Vá direto ao ponto.
Valorize sempre as qualidades: É essencial que o seu cônjuge saiba que você não vê somente as deficiências, mas também suas virtudes. Para comunicar isso, um bom começo pode ser: "Eu acho que nós estamos muito bem em relação a 90% do nosso relacionamento conjugal. O que nós vamos conversar nos próximos minutos, é sobre os outros 10%.”
Centralize o discurso em você e não nele: Falar na primeira pessoa é uma ferramenta que ajuda a não deixar o cônjuge na defensiva. Estruture suas críticas nos termos de como você sente. Uma afirmação como "eu não estou compreendendo bem o que você quer dizer" tende a ser menos ofensivo do que "o que você disse não tem nada a ver e não fazendo sentido."
Seja específico: Críticas abstratas, como "você está bem abaixo da média", não são críticas eficientes e nem funcionam como avaliação justa. Melhor que categorizar o desempenho ("bem abaixo da média"), seja específico sobre o que se espera e contraste isto com fatos objetivos sobre o que a pessoa realizou ou não. Isto ajudará a trazer um foco melhor sobre o problema e sobre qual medida tomar.
Atenha-se aos fatos: ater-se aos fatos significa ser objetivo e evitar julgamentos com base no “ouvi dizer isso”. Fale sobre o que você sabe e seja verdadeiro.
Não seja repetitivo: Em toda a discussão, não há nenhuma necessidade de repetir a crítica. Se possível, atenha-se a um problema por vez. E evite ressuscitar problemas antigos que já foram resolvidos previamente. Isso é desnecessário e injusto.
Através de um esforço comum, tentem achar uma solução: Após ter feito a crítica, envolva-se com a pessoa na busca da solução do problema. Uma pessoa que ajude na busca de uma solução pode ser mais comprometida a efetuá-la do que outro que tem uma solução empurrada de cima para baixo.
Adaptado do texto de Michael Zigarelli – WWW.institutojetro.com.br (06.12.2004).

CONCLUSÃO:
Como vimos no exemplo de Davi e Mical a má comunicação pode destruir um relacionamento e trazer conseqüências terríveis para o casal. Veja que após o ocorrido entre ambos Mical jamais teve filhos.
Não permitamos que o nosso casamento deixe de gerar frutos prazerosos por não nos comunicarmos com amor e cuidado.
Deus abençoe o seu casamento.

Pastor Ioséias Carvalho Teixeira

segunda-feira, 5 de maio de 2014

Aprendendo a perdoar com Jesus



tEXTO: lucas 23.34 (ler vv.13-34)
Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo".

Introdução
Vivemos dias em que o que menos vemos são as pessoas oferecendo perdão. Maridos e esposas, pais e filhos, amigos, irmãos, etc. tem se distanciado uns dos outros, chegando à separação total e em casos extremos até ao assassinato do outro por não conseguirem perdoar.
Os divórcios têm batido recordes após recordes e as famílias estão cada vez mais se desintegrando. Tudo isso com uma forte influência das diversas formas de mídia.
Nesta mensagem vamos avaliar um episódio na vida do Senhor Jesus e qual a Sua reação diante das agressões e ofensas sofridas e, com base no nosso Mestre, estabelecer um padrão de conduta ideal para a Igreja de Cristo.
Que o Senhor nos abençoe.

Elucidação Textual
O texto em análise aborda a decisão de Pilatos em entregar Jesus aos judeus mesmo não tendo encontrado culpa nele. Obviamente que o testemunho de Pilatos sobre a inocência de Jesus é muito importante para a teologia da salvação, uma vez que corrobora que O inocente morreu pelos culpados.
No versículo 34 Jesus faz um pedido surpreendente ao Pai para que perdoasse seus agressores por não saberem ou entenderem o que estavam fazendo. Mesmo depois de receber acusações falsas e injustas, de ser humilhado e torturado, de estar sangrando tremendamente e de ter que carregar a cruz até o Gólgota, Jesus perdoa seus agressores.
Há no Novo Testamento três palavras traduzidas por perdão, charizomai, que significa essencialmente “fazer algo confortável ou agradável a alguém” (Lc 7.42,43; 2Co 2.7,10); apoluo, que significa “libertar, deixar ir” e aphiemi, que aparece aqui em Lucas 23.34 e que significa “enviar para outro lugar, liberar, desistir, não guardar mais, abandonar”[1].
Portanto, perdoar tem o sentido de agir de forma agradável com quem tem algum débito contigo, libertar a pessoa da culpa deixando-a seguir sua vida e, especialmente no nosso texto, liberar o coração de todo e qualquer sentimento negativo enviando-os para o inferno, de onde vieram; desistir de lutar pelos nossos direitos, não guardar mais nenhuma espécie de mágoa, abandonando-as.
Mas por algumas vezes nos vemos criando justificativas para não perdoarmos os nossos ofensores, como veremos nessa pequena reflexão.

VERDADE TEOLÓGICA, PROPOSIÇÃO OU TEMA.
Perdoar é tomar uma decisão unilateral de liberar nosso agressor de qualquer juízo de nossa parte, sem buscar justificativas de autodefesa.
Pastor Ioséias Carvalho Teixeira

sentença interrogativa
O que nos impede de perdoar e nos leva a justificar nossa falta de perdão?

sentença de transição
Existem pelo menos três justificativas que usamos para não perdoar.

I – Eu não mereço isso.
A.   Jesus não merecia nada do que padeceu, mas não julgou e sim perdoou.

II – Está doendo demais.
A.   Jesus foi torturado ao limite máximo da dor, mas perdoou seus agressores.

III – Essa pessoa não muda.
A.   Os malfeitores do Senhor Jesus não demonstraram nenhuma mudança de comportamento ou arrependimento, mas Ele os perdoou.

Conclusão: 
Assim como Jesus liberou o perdão para os seus agressores, Ele também espera que façamos com aqueles que nos ofendem, afinal a Escritura diz que “aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou” (1Jo 2.6) e que “Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas" (Mt 6,14,15).
Aqueles que são do Senhor aprenderão com Ele a perdoar, ainda que seja muito dolorido, que julguemos não merecer ou que a pessoa não manifeste nenhuma mudança de atitude.
Que o Senhor nos dê da Sua graça para que o honremos com nossa vida.



[1] SOCIEDADE BÍBLICA DO BRAASIL, Biblioteca Digital.