segunda-feira, 5 de maio de 2014

Aprendendo a perdoar com Jesus



tEXTO: lucas 23.34 (ler vv.13-34)
Jesus disse: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo".

Introdução
Vivemos dias em que o que menos vemos são as pessoas oferecendo perdão. Maridos e esposas, pais e filhos, amigos, irmãos, etc. tem se distanciado uns dos outros, chegando à separação total e em casos extremos até ao assassinato do outro por não conseguirem perdoar.
Os divórcios têm batido recordes após recordes e as famílias estão cada vez mais se desintegrando. Tudo isso com uma forte influência das diversas formas de mídia.
Nesta mensagem vamos avaliar um episódio na vida do Senhor Jesus e qual a Sua reação diante das agressões e ofensas sofridas e, com base no nosso Mestre, estabelecer um padrão de conduta ideal para a Igreja de Cristo.
Que o Senhor nos abençoe.

Elucidação Textual
O texto em análise aborda a decisão de Pilatos em entregar Jesus aos judeus mesmo não tendo encontrado culpa nele. Obviamente que o testemunho de Pilatos sobre a inocência de Jesus é muito importante para a teologia da salvação, uma vez que corrobora que O inocente morreu pelos culpados.
No versículo 34 Jesus faz um pedido surpreendente ao Pai para que perdoasse seus agressores por não saberem ou entenderem o que estavam fazendo. Mesmo depois de receber acusações falsas e injustas, de ser humilhado e torturado, de estar sangrando tremendamente e de ter que carregar a cruz até o Gólgota, Jesus perdoa seus agressores.
Há no Novo Testamento três palavras traduzidas por perdão, charizomai, que significa essencialmente “fazer algo confortável ou agradável a alguém” (Lc 7.42,43; 2Co 2.7,10); apoluo, que significa “libertar, deixar ir” e aphiemi, que aparece aqui em Lucas 23.34 e que significa “enviar para outro lugar, liberar, desistir, não guardar mais, abandonar”[1].
Portanto, perdoar tem o sentido de agir de forma agradável com quem tem algum débito contigo, libertar a pessoa da culpa deixando-a seguir sua vida e, especialmente no nosso texto, liberar o coração de todo e qualquer sentimento negativo enviando-os para o inferno, de onde vieram; desistir de lutar pelos nossos direitos, não guardar mais nenhuma espécie de mágoa, abandonando-as.
Mas por algumas vezes nos vemos criando justificativas para não perdoarmos os nossos ofensores, como veremos nessa pequena reflexão.

VERDADE TEOLÓGICA, PROPOSIÇÃO OU TEMA.
Perdoar é tomar uma decisão unilateral de liberar nosso agressor de qualquer juízo de nossa parte, sem buscar justificativas de autodefesa.
Pastor Ioséias Carvalho Teixeira

sentença interrogativa
O que nos impede de perdoar e nos leva a justificar nossa falta de perdão?

sentença de transição
Existem pelo menos três justificativas que usamos para não perdoar.

I – Eu não mereço isso.
A.   Jesus não merecia nada do que padeceu, mas não julgou e sim perdoou.

II – Está doendo demais.
A.   Jesus foi torturado ao limite máximo da dor, mas perdoou seus agressores.

III – Essa pessoa não muda.
A.   Os malfeitores do Senhor Jesus não demonstraram nenhuma mudança de comportamento ou arrependimento, mas Ele os perdoou.

Conclusão: 
Assim como Jesus liberou o perdão para os seus agressores, Ele também espera que façamos com aqueles que nos ofendem, afinal a Escritura diz que “aquele que afirma que permanece nele, deve andar como ele andou” (1Jo 2.6) e que “Pois se perdoarem as ofensas uns dos outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas" (Mt 6,14,15).
Aqueles que são do Senhor aprenderão com Ele a perdoar, ainda que seja muito dolorido, que julguemos não merecer ou que a pessoa não manifeste nenhuma mudança de atitude.
Que o Senhor nos dê da Sua graça para que o honremos com nossa vida.



[1] SOCIEDADE BÍBLICA DO BRAASIL, Biblioteca Digital.

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