tEXTO: lucas 23.34 (ler vv.13-34)
Jesus
disse: "Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que estão fazendo".
Introdução
Vivemos
dias em que o que menos vemos são as pessoas oferecendo perdão. Maridos e
esposas, pais e filhos, amigos, irmãos, etc. tem se distanciado uns dos outros,
chegando à separação total e em casos extremos até ao assassinato do outro por
não conseguirem perdoar.
Os
divórcios têm batido recordes após recordes e as famílias estão cada vez mais
se desintegrando. Tudo isso com uma forte influência das diversas formas de
mídia.
Nesta
mensagem vamos avaliar um episódio na vida do Senhor Jesus e qual a Sua reação
diante das agressões e ofensas sofridas e, com base no nosso Mestre,
estabelecer um padrão de conduta ideal para a Igreja de Cristo.
Que o
Senhor nos abençoe.
Elucidação Textual
O
texto em análise aborda a decisão de Pilatos em entregar Jesus aos judeus mesmo
não tendo encontrado culpa nele. Obviamente que o testemunho de Pilatos sobre a
inocência de Jesus é muito importante para a teologia da salvação, uma vez que
corrobora que O inocente morreu pelos culpados.
No
versículo 34 Jesus faz um pedido surpreendente ao Pai para que perdoasse seus agressores
por não saberem ou entenderem o que estavam fazendo. Mesmo depois de receber
acusações falsas e injustas, de ser humilhado e torturado, de estar sangrando
tremendamente e de ter que carregar a cruz até o Gólgota, Jesus perdoa seus
agressores.
Há
no Novo Testamento três palavras traduzidas por perdão, charizomai, que significa essencialmente “fazer algo confortável ou
agradável a alguém” (Lc 7.42,43; 2Co 2.7,10); apoluo, que significa “libertar, deixar ir” e aphiemi, que aparece aqui em Lucas 23.34 e que significa “enviar
para outro lugar, liberar, desistir, não guardar mais, abandonar”[1].
Portanto,
perdoar tem o sentido de agir de forma agradável com quem tem algum débito
contigo, libertar a pessoa da culpa deixando-a seguir sua vida e, especialmente
no nosso texto, liberar o coração de todo e qualquer sentimento negativo
enviando-os para o inferno, de onde vieram; desistir de lutar pelos nossos
direitos, não guardar mais nenhuma espécie de mágoa, abandonando-as.
Mas
por algumas vezes nos vemos criando justificativas para não perdoarmos os
nossos ofensores, como veremos nessa pequena reflexão.
VERDADE TEOLÓGICA, PROPOSIÇÃO OU TEMA.
Perdoar
é tomar uma decisão unilateral de liberar nosso agressor de qualquer juízo de
nossa parte, sem buscar justificativas de autodefesa.
Pastor
Ioséias Carvalho Teixeira
sentença interrogativa
O que nos
impede de perdoar e nos leva a justificar nossa falta de perdão?
sentença de transição
Existem pelo
menos três justificativas que usamos para não perdoar.
I – Eu não mereço isso.
A. Jesus
não merecia nada do que padeceu, mas não julgou e sim perdoou.
II – Está doendo demais.
A. Jesus
foi torturado ao limite máximo da dor, mas perdoou seus agressores.
III – Essa pessoa não muda.
A. Os
malfeitores do Senhor Jesus não demonstraram nenhuma mudança de comportamento
ou arrependimento, mas Ele os perdoou.
Conclusão:
Assim como Jesus liberou o perdão
para os seus agressores, Ele também espera que façamos com aqueles que nos
ofendem, afinal a Escritura diz que “aquele que afirma que permanece nele, deve
andar como ele andou” (1Jo 2.6) e que “Pois se perdoarem as ofensas uns dos
outros, o Pai celestial também lhes perdoará. Mas se não perdoarem uns aos
outros, o Pai celestial não lhes perdoará as ofensas" (Mt 6,14,15).
Aqueles que são do Senhor
aprenderão com Ele a perdoar, ainda que seja muito dolorido, que julguemos não
merecer ou que a pessoa não manifeste nenhuma mudança de atitude.
Que o Senhor nos dê da Sua graça
para que o honremos com nossa vida.
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