o evangelho de lucas
Capítulo 1 – EDIFICANDO
CONVICÇÕES DE FÉ VERDADEIRAS
Texto Chave
Para que
conheças a certeza das coisas de que já estás informado.
Lucas 1.4
VERDADE TEOLÓGICA
Nossas
convicções são edificadas a partir das histórias que recebemos e construímos ao
longo da vida.
Ioséias
C. Teixeira
Leitura Bíblica
Congregacional
lucas 1.1-4
1-TENDO, pois,
muitos empreendido pôr em ordem a narração dos fatos que entre nós se
cumpriram,
2-Segundo nos
transmitiram os mesmos que os presenciaram desde o princípio, e foram ministros
da palavra,
3-Pareceu-me
também a mim conveniente descrevê-los a ti, ó excelente Teófilo, por sua ordem,
havendo-me já informado minuciosamente de tudo desde o princípio,
4-Para que
conheças a certeza das coisas de que já estás informado.
Elucidação Textual
Lucas
principia seu Evangelho com uma introdução das mais simples e modestas,
finalmente fraseada, que nos mostra o cuidado que ele tomou em assegurar
integridade e exatidão para sua narrativa e também da finalidade que tinha em
vista. Seu propósito foi o de estabelecer o fundamento histórico da fé cristã. Muitos
houve que empreenderam (1). Esta afirmativa é a única informação positiva
que possuímos com respeito aos relatos escritos por detrás dos Evangelhos
sinóticos. Todas essas narrativas desapareceram. Os fatos que entre nós se
realizaram (1) ou melhor, <>,
isto é, os fatos estabelecidos do evangelho. Para que tenhas plena certeza
das verdades (4); ou melhor, <>. Lucas se distingue das testemunhas oculares
(2), porém reivindica haver feito uma investigação minuciosa. Excelentíssimo
Teófilo (3). O título indica ser um homem de posição oficial. Isso ocorre
três vezes em Atos (vide 23.26; 24.3; 26.25).
Introdução
A forma
como vivemos a vida vem das histórias, que lemos e que nos são contadas, de filmes,
séries de TV, notícias, histórias de família, contos de fada, parábolas e
textos bíblicos. Nossas vidas entrelaçam essas histórias e respondem a elas
(Como manter a mente sã, Phillipa Perry).
A
declaração da competente psicóloga Phillipa Perry é importante para entendermos
muita coisa sobre as influências que determinam a forma como vivemos. Por esse
motivo, decidi iniciar essa série de estudos sobre o Evangelho de Lucas. Não
seremos realmente cristãos se não formos influenciados pelo evangelho e não o
vivenciarmos em nosso dia a dia a ponto de influenciar os outros.
Esta
mensagem introdutória tem esse escopo: motivar-nos a receber e viver a história
de Jesus Cristo, nosso Senhor.
Afinal,
as histórias que ouvimos ajudam a edificar nossas convicções e nessa lição
veremos como Lucas, um médico (Cl 4.14) e, portanto, um homem criterioso,
estabeleceu suas convicções sobre Jesus com base na história que ouviu, na
forma como a interpretou e no efeito que arraigou em sua alma.
I – CONTEXTO HISTÓRICO.
1. As
convicções de Lucas eram estabelecidas com base na história que ele ouviu sobre
Jesus (vv. 1,2).
A) Que
tipo de histórias nós estamos buscando ouvir? Elas vão influenciar no modo
como pensamos e vivemos - filmes, notícias, leituras, conversas, etc. - segundo
a dr. Phillippa Perry, pesquisas mostram que pessoas que assistem à TV por mais
de quatro horas por dia acreditam de têm maior chance de se envolver em algum
tipo de desastre na semana seguinte do que pessoas que assistem à TV por menos
de duas horas por dia.
B) Por
essa razão Deus nos deixou como legado uma história, a história do evangelho,
relatada na Escritura do Gênesis ao Apocalipse. Ele tem interesse que prestemos
atenção à Sua história e sejamos influenciados por ela. Mas isso depende do
nosso tempo de exposição e relação com essa história.
a) "Dali Jesus percorreu toda a Galiléia. Ele ia às sinagogas, que
eram lugar de reunião, e ensinava a verdade de Deus ao povo. O tema de sua
mensagem era o Reino de Deus - que a partir daquele momento eles estariam sob o
bondoso governo de Deus! Ele também curou pessoas de suas doenças e
males". Mateus 4.23; 9.35. (a prioridade do evangelho de Jesus).
b) "São notícias que tenho orgulho de proclamar, essa extraordinária
Mensagem, que revela o magnífico plano de Deus para resgatar todos que confiam
nele, começando pelos judeus, mas abrindo a porta para todos os outros povos! O
modo de Deus tornar justo o ser humano se manifesta em atos de fé, confirmando
o que as Escrituras dizem: 'Aquele que vive de modo justo diante de Deus,
confiando nele, vive de verdade'." Romanos 1.16,17 (o resultado do
evangelho de Jesus).
Sentença
de transição: Mas as histórias nos são contadas não permanecem as mesmas; nós
as interpretamos e as recontamos a nós mesmos de acordo com a nossa vivência
(passado, presente, sentimentos e razão).
II –
APRESENTAÇÃO PESSOAL E DO TEMA GERAL DA EPÍSTOLA (vv.1-17).
2. As
convicções de Lucas eram estabelecidas com base na história que ele mesmo se
contou sobre Jesus (v.3).
A)
Lucas estava certo de que a história de Jesus era verdadeira porque ele mesmo a
investigou cuidadosamente. Precisamos ter esse tipo de certeza.
B)
Lucas contou a história que ele sabia sobre Jesus. Nós só podemos contar o que
sabemos, do contrário, somos mentirosos.
C)
Aquilo que falamos é mesmo a verdade? Ou nos baseamos apenas no que sentimos
sobre os outros ou sobre nós mesmos?
Sentença
de transição: quando nossas convicções são firmes, então influenciamos os
outros também.
III – O PROBLEMA DA HUMANIDADE: O PECADO (vv.
18-32).
3. As
convicções de Lucas eram influenciadoras porque estavam arraigadas na sua alma
(v.4).
A)
Aquilo que acreditamos é o que somos e sempre se manifestará em nossas palavras
e atitudes; principalmente nos momentos de estresse. Os discípulos não negavam
Jesus nem mesmo diante da morte. (At 20.24).
Conclusão:
Com
certeza Lucas havia ouvido muitas outras histórias antes da história de Jesus.
Contudo, ele lançou mão de toda a sua inteligência e sentimentos para se
assegurar de que aquela história era a mais coerente e verdadeira que ele já
havia escutado. Por isso, ele decidiu viver e contar integralmente a história
do evangelho, influenciando outros também.
Qual a
verdadeira história da nossa vida? O que compõe o repertório do que falamos e
fazemos? Que histórias contamos a nós mesmos?
Nossa
vida é a expressão das histórias que ouvimos, assimilamos, acreditamos e
disseminamos e isso fica patente aos olhos de Deus e de todos à medida que o
tempo passa.
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