Existem algumas áreas de nossas vidas em que os nossos esforços para sermos corretos podem acabar por nos levar ao erro, e esse erro tende a ser tão sutil que nos leva a uma desfiguração espiritual que é imperceptível por nós, mas tão séria e perceptível para o que nos rodeiam que acaba por afastá-los. Essa desfiguração espiritual pode ser descrita pelos cinco ou por alguns dos cinco sintomas citados abaixo:
1. Quando, em nossa determinação de nos tornarmos ousados, nos tornamos atrevidos.
2. Quando, em nosso desejo de sermos francos, tornamo-nos rudes.
3. Quando, em nossos esforços para sermos vigilantes, ficamos a suspeitar de todos.
4. Quando tentamos ser sérios e nos tornamos sombrios.
5. Quando tencionamos ser conscienciosos e nos tornamos escrupulosos em demasia. Se o diabo não puder destruir a consciência, seus esforços se concentrarão na tentativa de enfermá-la. Conheço crentes que vivem em um estado de angústia permanente, temendo que venham a desagradar a Deus. Seu mundo de atos permitidos se torna mais e mais estreito, até que finalmente temem atirar-se nas atividades comuns da vida. E ainda acreditam que essa auto-tortura é uma prova de piedade.
Enquanto os filósofos religiosos buscam corrigir essa assimetria (que é comum à toda raça humana), pregando o "meio-termo áureo", o cristianismo oferece um remédio muito mais eficaz. O cristianismo, estando de pleno acordo com todos os fatos da existência, leva em consideração este desequilíbrio moral da vida humana, e o medicamento que oferece não é uma nova filosofia, e sim uma nova vida. O ideal aspirado pelo crente não consiste em andar pelo caminho perfeito, mas em ser conformado à imagem de Cristo.
Sintetizado do texto “Como Evitar Desequilíbrios Religiosos” de Arthur W. Pink.
Extraído do site www.editorafiel.com.br
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