terça-feira, 30 de agosto de 2011

Homilética - Os tipos de sermão

Como já abordamos o sermão temático no primeiro texto publicado, neste vamos tratar do sermão textual (ainda que de forma sucinta).O sermão textual, diferentemente do temático, é aquele que deriva suas divisões do texto. Isto é, divide-se o texto e não o tema.
O sermão textual se divide em três tipos: natural, analítico e por inferência.
O sermão textual natural é aquele cujas divisões são feitas de acordo com as declarações originais do texto, assim como se encontram na Bíblia. Em consequencia, as subdivisões devem ser constituidas preferencialmente da citação de textos.
O sermão textual analítico baseia-se em perguntas feitas ao texto, tais como: Onde? Quem? Que? Por que? Para que? As respostas são dadas pelas declarações ou frases de que o texto é constituído. Neste caso, os ponto principais expressam-se em forma interrogativa.
No sermão textual por inferência, as orações textuais são reduzidas a uma expressão sintética ou palavra que encerra o conteúdo, sendo, portanto, a essência da frase ou declaração. Esta modalidade presta-se à análise de textos que não podem ser divididos naturalmente.

Vantagens do sermão textual:
  1. É profundamente bíblico.
  2. Exige do pregador um conhecimento profundo das Escrituras.
  3. Obriga o pregador a estudar constantemente a Bíblia.
  4. É o que mais se presta ao doutrinamento cristão.
  5. É o que mais se adapta ao pregador de cultura mediana, mas com vasto conhecimento das Escrituras e de certos tratados teológicos.
  6. É muito apreciado pelo povo.
Desvantagens do sermão textual:
  1. Não é o mais indicado quando se tem pouco tempo para a preparação.
  2. Tende a ser tornar prolixo quando o pregador não tem a habilidade de síntese.
  3. Tende a ser um problema quando o pregador pensa que tem profundo conhecimento bíblico, mas não tem.
  4. É um risco para pregadores propensos a detalhes, pois por se tratar de uma análise profunda do texto o apego acentuado a detalhes tende a tirar-lhe o objetivo e foco.
Que Deus te abençoe.

Fonte: REIFLER, Hans Ulrich, Pregação ao Alcance de Todos, Ed. VidaNova.

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

QUANDO NOSSA VIDA ESPIRITUAL ENTRA EM DESEQUILÍBRIO.


Existem algumas áreas de nossas vidas em que os nossos esforços para sermos corretos podem acabar por nos levar ao erro, e esse erro tende a ser tão sutil que nos leva a uma desfiguração espiritual que é imperceptível por nós, mas tão séria e perceptível para o que nos rodeiam que acaba por afastá-los. Essa desfiguração espiritual pode ser descrita pelos cinco ou por alguns dos cinco sintomas citados abaixo:


1. Quando, em nossa determinação de nos tornarmos ousados, nos tornamos atrevidos. 

2. Quando, em nosso desejo de sermos francos, tornamo-nos rudes. 

3. Quando, em nossos esforços para sermos vigilantes, ficamos a suspeitar de todos. 

4. Quando tentamos ser sérios e nos tornamos sombrios. 

5. Quando tencionamos ser conscienciosos e nos tornamos escrupulosos em demasia. Se o diabo não puder destruir a consciência, seus esforços se concentrarão na tentativa de enfermá-la. Conheço crentes que vivem em um estado de angústia permanente, temendo que venham a desagradar a Deus. Seu mundo de atos permitidos se torna mais e mais estreito, até que finalmente temem atirar-se nas atividades comuns da vida. E ainda acreditam que essa auto-tortura é uma prova de piedade.

Enquanto os filósofos religiosos buscam corrigir essa assimetria (que é comum à toda raça humana), pregando o "meio-termo áureo", o cristianismo oferece um remédio muito mais eficaz. O cristianismo, estando de pleno acordo com todos os fatos da existência, leva em consideração este desequilíbrio moral da vida humana, e o medicamento que oferece não é uma nova filosofia, e sim uma nova vida. O ideal aspirado pelo crente não consiste em andar pelo caminho perfeito, mas em ser conformado à imagem de Cristo.

Sintetizado do texto “Como Evitar Desequilíbrios Religiosos” de Arthur W. Pink.
Extraído do site www.editorafiel.com.br 


quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Homilética - Os tipos de sermão

As obras homiléticas fazem diferença entre três tipos básicos de sermões: o sermão temático ou tópico, o sermão textual e o sermão expositivo.
Embora seja possível essa divisão básica possa ser ampliada quase que indefinidamente os três tipos aqui apresentados são os pilares para a pregação bíblica e, por isso, nos ateremos somente a eles.
Vejamos:

Sermão Temático
É aquele cuja divisão é extraída do tema. Em outras palavras, divide-se o tema, não o texto de onde o tema é tirado.

As vantagens do sermão temático são as seguintes:
  1. É o de divisão mais fácil e o mais simples de se fazer. Isso se dá porque é mais fácil dividir um tema do que um texto, já que este é mais complexo que aquele.
  2. Possui uma lógica mais fácil e é muito útil para corroborar a ordem e a harmonia da Escritura.
  3. Mantém a unidade do sermão com mais facilidade devido à relação harmônica entre os pontos do sermão e o tema, mantendo a unidade do assunto.
  4. É o mais adequado para a abordagem de temas contemporaneos de caráter moral, evangelístico e datas especiais e ocasionais.
  5. É o mais adaptável à prática retórica.
As desvantagens são:
  1. É muito mais fácil se perder em divagações e generalizações vazias de sentido e profundidade.
  2. Requer um estilo mais apurado e formal do que os outros tipos.
  3. Exige mais imaginação e vigor intelectual, visto que se presta mais ao uso de símiles, metáforas e analogias.
  4. Exige profundo conhecimento teológico e geral por não estar limitado à análise do texto.
  5. Exige mais conhecimentos da lógica e da dialética, pois tende a discussões apologéticas.
  6. Há o perigo de desprezar o uso abundante das Escrituras.
Fonte bibiográfica:
Reifler, Hans Ulrich, Pregação ao Alcance de Todos, Edições Vida Nova.