Porque a Igreja sabe quem é Jesus (vv.13-16)
• Ele não é apenas profeta (v.13,14).
– Essa Cesaréia não se trata daquela que a Bíblia se refere com mais frequência. Ela ficava ao N de Israel, próximo à fronteira, e ficava distante do Mar da Galiléia por cerca de 40 Km.
– Cesaréia de Filipe era um território pagão, próximo a uma gruta dedicada à adoração do Deus Pan. Pan (Lupércio ou Lupercus em Roma) era o deus dos bosques, dos campos, dos rebanhos e dos pastores na mitologia grega. Residia em grutas e vagava pelos vales e pelas montanhas, caçando ou dançando com as ninfas. Era representado com orelhas, chifres e pernas de bode. Amante da música, trazia sempre consigo uma flauta. Era temido por todos aqueles que necessitavam atravessar as florestas à noite, pois as trevas e a solidão da travessia os predispunham a pavores súbitos, desprovidos de qualquer causa aparente e que eram atribuídos a Pã; daí o nome pânico.
– Os latinos chamavam-no também de Fauno e Silvano.
– Por esse motivo, dificilmente Cesaréia seria um lugar para uma revelação divina.
• Ele é o Cristo o Filho do Deus vivo (vv.15,16).
– Da mesma natureza e essência (unigênito do Pai). Pedro declara, pelo Espírito Santo, que Jesus é o Filho de Deus (Portanto vos quero fazer compreender que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema, e ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. - 1Co 12.3).
– Pedro entende que era natural que o derradeiro sucessor do Trono de Davi fosse chamado Filho de Deus (Recitarei o decreto: O Senhor me disse: Tu és meu Filho, eu hoje te gerei. - Sl 2.7; 27. Também por isso lhe darei o lugar de primogênito; fá-lo-ei mais elevado do que os reis da terra. – Sl 89.27).
Porque a igreja recebe revelação direto de Deus (v.17)
• O Espírito Santo é quem ensina as verdades espirituais aos santos.
– Pedro é chamado de “bem-aventurado”, o que é uma forma de abençoar.
– Porque não foi a sua humanidade (carne ou sangue) que o levou a essa conclusão, mas o Espírito Santo.
• Essas verdades nos fazem felizes.
Porque a Igreja é estabelecida sobre a Rocha (v.18)
• A Rocha é Jesus e nós somos edificados nele.
– Jesus está afirmando que Pedro seria a “pedra fundamental” da inauguração da igreja.
– No AT era comum a idéia de pessoas figurando como fundação de alguma coisa (OUVI-ME vós, os que seguis a justiça, os que buscais ao Senhor: olhai para a rocha donde fostes cortados, e para a caverna do poço donde fostes cavados. Olhai para Abraão, vosso pai, e para Sara, que vos deu à luz; porque, sendo ele só, eu o chamei, e o abençoei e o multipliquei. – Is 51,1,2;)
– Posteriormente todos os apóstolos são considerados fundamentos da igreja (Edificados sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, de que Jesus Cristo é a principal pedra da esquina – Ef 2.20).
– Pedro é a rocha como confessor, e outros constroem sobre a fundação proclamando a mesma confissão.
• As portas do inferno não podem prevalecer contra aqueles que estão alicerçados em Cristo Jesus.
– As portas do inferno são uma referência ao Reino e ao poder da morte (Ou descobriram-se-te as portas da morte, ou viste as portas da sombra da morte? - Jó 38.17; 13. 13. Tem misericórdia de mim, Senhor, vê como me fazem sofrer aqueles que me aborrecem, tu que me levantas das portas da morte; - Sl 9.13).
Porque a Igreja tem as chaves do Reino (v.19).
• Chave é símbolo de autoridade.
– Ser guardião de uma chave era um dos mais importantes papéis que um servo podia representar (Mc 13.32-34).
– Um alto oficial guardava as chaves de um reino (Is 22.20-22).
– Na Casa de Deus, o Templo, chaves significam autoridade para admitir alguém no Reino (Mt 23.13).
• A igreja tem autoridade para “ligar” e “desligar” aqui terra e isso repercute no céu.
– Ligar e desligar era uma expressão rabínica para se referir à autoridade de Deus para proibir e permitir segundo a interpretação da Escritura.
– Sendo assim, aqueles que pastoreiam o rebanho do Senhor recebem de Deus a autoridade para estabelecer as doutrinas eclesiásticas segundo a interpretação da Escritura.
Nenhum comentário:
Postar um comentário