sábado, 18 de abril de 2020

Princípios de oração em momentos de grande ameaça


     O texto do vigésimo capítulo do segundo livro das Crônicas conta-nos sobre a ameaça de invasão de Judá pelos amonitas e moabitas. Um grande exército foi reunido pelos inimigos de Judá a fim de destruir a nação. Contudo o rei Josafá se colocou diante de Deus e orou ao Senhor. No final da sua oração ele declara: "Ó nosso Deus, não irás tu julgá-los? Pois não temos força para enfrentar esse exército imenso que vem nos atacar. Não sabemos o que fazer, mas os nossos olhos se voltam para ti" (2Cr 20.12). E é nesta frase que encontramos quatro princípios preciosos para momentos de oração em períodos de grande ameaça e perigo.

    Josafá termina sua oração fazendo uma pergunta e explicando o porquê dessa pergunta. Ele questiona Deus sobre o Seu juízo acerca dos inimigos do seu povo e explica que Judá não tinha força, não sabia o que fazer, mas que seus olhos estavam voltados para o Senhor.

     Primeiro princípio. Josafá confia ao Senhor o juízo sobre os seus inimigos. Ele reconhece que não possui tal poder de exercer juízo e deixa claro a sua confiança e dependência do Senhor.

    Segundo princípio. O rei reconhece que não tem força para enfrentar tal adversidade. Josafá reconhece as suas limitações e por isso clama ao Senhor para que lhe ajude.

     Terceiro princípio. Josafá também declara, com sinceridade ao Senhor, que não sabia o que fazer. Admitir diante de Deus nossa ignorância e desorientação torna-nos mais humildes.

   Quarto princípio. Diante de todas as impossibilidades humanas, Josafá afirma ao Senhor que os seus olhos estão voltados para Ele. Olhar para Deus diante dos nossos desafios significa aguardar dele uma intervenção em nosso favor, assim como uma criança que quer pegar algo fora do seu alcance e por não conseguir vira-se para o seu pai, com um olhar que não precisa de palavras, para dizer: "pega para mim pai?!".

     Por sua atitude humilde em oração, Josafá ouviu do Senhor a promessa de que ele não precisaria lutar, porque agora a batalha era de Deus. Mas o Eterno lhe ordena que desça contra o seu inimigo; isto é, o Senhor deixa claro que ainda que tenhamos a Sua promessa, precisamos nos levantar e encarar os nossos desafios com coragem e fé. O Altíssimo não dá vitória a quem fica acomodado, esperando que toda ação venha do céu.

     Sintetizando tudo que foi dito até aqui, entendo que quando reconhecemos diante do Senhor que somente ele pode julgar as nossas causas, e humildemente admitimos nossas fraquezas e desorientação, assumindo uma postura de confiança nele, como um filho que confia no seu pai, que pode lhe dar o que ele não alcança, então receberemos do Todo Poderoso a certeza de que ele lutará por nós, mas precisamos nos posicionar para a batalha diante dos nossos desafios.

     Que o eterno nos dê essa humildade e graça.


Pr. Ioséias C. Teixeira

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