Este blog objetiva promover o seu desenvolvimento e crescimento pessoal no conhecimento a partir do viés cristão e te abençoar, levando voce a uma reflexão acerca da Bíblia e da sua mensagem.
terça-feira, 29 de maio de 2012
sexta-feira, 25 de maio de 2012
sábado, 19 de maio de 2012
Jesus, o Mestre do perdão
Vivemos dias em que o "orgulho próprio" é tido como uma virtude. Afinal, "quem não se garante não tem espaço nesse mundo", dizem os defensores dessa premissa.
Como consequência dessa postura as pessoas não sabem mais o que é perdoar. Elas estão tão preocupadas em "se garantirem" que, mesmo os cristãos, quando têm um conflito e depois "se acertam" dizem que se perdoaram, mas basta haver um novo estresse entre ambos e aquele "defunto" é desenterrado e todas as antigas diferenças são trazidas à tona novamente e, muitas vezes, com mais amargura. Isso não é perdão, é, na melhor das hipóteses, contenção dos instintos agressivos por determinado período. Porém, basta uma "fagulha" para que todo rancor e mágoa venham à tona novamente.
Mas Jesus ensina, no seu discurso, que é preciso perdoar para que sejamos perdoados (Lc 6.37) e ensina ainda com maior profundidade o que é perdoar através do seu exemplo pessoal. Pouco antes de sua crucificação o Senhor foi traído por Judas, negado por Pedro e abandonado pelos outros dez discípulos. Contudo, após a ressurreição ele diz às mulheres que foram ao túmulo planejando ungir um cadáver: "(...) Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galileia e lá me verão" (Mt 28.10). Que maravilhoso, Jesus não menciona nada referente à atitude dos seus discípulos três dias antes; ele os chama de "meus irmãos". Não há nenhuma palavra amargurada ou rancorosa.
Algum tempo depois o Senhor aparece no meio dos discípulos e simplesmente diz: "Paz seja convosco!" (Lc 24.36). Nenhuma palavra de acusação, nenhuma repreensão pela covardia deles, apenas perdão e comunhão. O silêncio de Jesus acerca do ocorrido tempos antes é fantástico. Ele não havia esquecido o acontecido, ele os havia perdoado.
O Mestre e Senhor de nossas vidas nos ensina por seu exemplo que perdoar não é esquecer. Perdoar é nunca mais lançar em rosto o erro do outro, é se lembrar do fato sem nutrir amargura ou ódio, pois como nos ensina a Escritura: "o amor não guarda rancor" (1Co 13.5). É também não se auto exaltar, não expor a "nossa virtude" em detrimento das falhas dos outros. Em suma, perdoar é seguir o exemplo de Jesus.
Que o Senhor nos abençoe e nos ensine a perdoar como Ele hoje e sempre.
Como consequência dessa postura as pessoas não sabem mais o que é perdoar. Elas estão tão preocupadas em "se garantirem" que, mesmo os cristãos, quando têm um conflito e depois "se acertam" dizem que se perdoaram, mas basta haver um novo estresse entre ambos e aquele "defunto" é desenterrado e todas as antigas diferenças são trazidas à tona novamente e, muitas vezes, com mais amargura. Isso não é perdão, é, na melhor das hipóteses, contenção dos instintos agressivos por determinado período. Porém, basta uma "fagulha" para que todo rancor e mágoa venham à tona novamente.
Mas Jesus ensina, no seu discurso, que é preciso perdoar para que sejamos perdoados (Lc 6.37) e ensina ainda com maior profundidade o que é perdoar através do seu exemplo pessoal. Pouco antes de sua crucificação o Senhor foi traído por Judas, negado por Pedro e abandonado pelos outros dez discípulos. Contudo, após a ressurreição ele diz às mulheres que foram ao túmulo planejando ungir um cadáver: "(...) Não temais! Ide avisar a meus irmãos que se dirijam à Galileia e lá me verão" (Mt 28.10). Que maravilhoso, Jesus não menciona nada referente à atitude dos seus discípulos três dias antes; ele os chama de "meus irmãos". Não há nenhuma palavra amargurada ou rancorosa.
Algum tempo depois o Senhor aparece no meio dos discípulos e simplesmente diz: "Paz seja convosco!" (Lc 24.36). Nenhuma palavra de acusação, nenhuma repreensão pela covardia deles, apenas perdão e comunhão. O silêncio de Jesus acerca do ocorrido tempos antes é fantástico. Ele não havia esquecido o acontecido, ele os havia perdoado.
O Mestre e Senhor de nossas vidas nos ensina por seu exemplo que perdoar não é esquecer. Perdoar é nunca mais lançar em rosto o erro do outro, é se lembrar do fato sem nutrir amargura ou ódio, pois como nos ensina a Escritura: "o amor não guarda rancor" (1Co 13.5). É também não se auto exaltar, não expor a "nossa virtude" em detrimento das falhas dos outros. Em suma, perdoar é seguir o exemplo de Jesus.
Que o Senhor nos abençoe e nos ensine a perdoar como Ele hoje e sempre.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
quinta-feira, 17 de maio de 2012
Paracletologia - A doutrina do Espírito Santo
A
DOUTRINA DO ESPÍRITO SANTO – PARACLETOLOGIA
1. DEFINIÇÃO DE PARACLETOLOGIA
Paracletologia é uma palavra
formada por duas palavras gregas: paracletos (que significa. Ajudador,
Consolador, advogado) e Logia (que significa estudo, doutrina). A
Paracletologia estuda de uma forma sistemática tudo o que se refere ao Espírito
Santo (chamado por Jesus de Consolador). A Paracletologia também é conhecida
como Pnematologia.
A Paracletologia divide‐se, na Bíblia em dois períodos: o
do Antigo e do Novo Testamento. No AT, as atividades e as manifestações do
Espírito Santo eram esporádicas, específicas e em tempos distintos. No N.T.,
começa no dia de Pentecostes, quando suas atividades se concretizam de maneira
direta e contínua através da Igreja. No AT, Ele se manifestava em
circunstâncias especiais. No N.T., veio para morar nos corações dos crentes e
enche‐los
do seu poder.
2.
A DEIDADE DO ESPÍRITO SANTO
2.1
O ESPÍRITO SANTO É DEUS:
Esta declaração é comprovada na
Bíblia e na experiência humana. Ele não é um deus entre os outros. As
escrituras relatam um episódio nos primeiros dias da igreja, em Jerusalém,
quando Ananias e Safira tentaram enganá‐lo.
Ele revelou ao apóstolo Pedro que o casal mentia, conforme registra Atos 5.3:
"Por que encheu Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito
Santo? Não mentistes aos homens, mas a Deus".
A deidade do Espírito Santo está
implícita na do Pai e do Filho. Ela é a mesma nas três pessoas. Não se separa,
mas pertence a mesma essência divina do únicoDeus.
2.2
ATRIBUTOS DO ESPÍRITO SANTO
Há três atributos pertencentes a
deidade de cada uma das pessoas da Trindade que são: Onipotência, Onisciência e
Onipresença. Estes atributos não foram conferidos a anjos nem aos homens.
a)
Onipotência
Por onipotência se entende que
todo o poder que há no Universo físico ou espiritual, tem sua origem em Deus.
O poder do Pai é o mesmo
existente no Filho e no Espírito Santo. Então em sua onipotência, o Espírito
Santo faz o que lhe apraz, realizando milagres e prodígios. (Rm 15.19) “por
força de sinais e prodígios, pelo poder do Espírito Santo; de maneira que,
desde Jerusalém e circunvizinhanças até ao Ilírico, tenho divulgado o evangelho
de Cristo”.
b) Onisciência
Onisciência vem de duas palavras
latinas: "OMINES" que significa TUDO e
"SCIENTIA" que quer
dizer CIÊNCIA. O Espírito Santo, do mesmo modo que o Pai e o Filho tem total
conhecimento de todas as coisas. Sua sabedoria é infinita, singular e
indescritível. Ele sabe tudo acerca de si mesmo e do que criou (Sl 139.2,11,13;
1 Rs 8.39). Ninguém pode esconder dele coisa alguma. Nem um só pensamento nosso
passa despercebido do Espírito Santo (Jr 16.17).
c) Onipresença
O Espírito Santo penetra em todas
as coisas e perscruta o nosso entendimento, pois ele está presente em toda a
parte. Ele não se divide em várias manifestações, porque sua presença é total
em cada lugar onde estiver (Sl 139.7‐10).
3.
ESPÍRITO SANTO É UMA PESSOA
3.1
A PERSONALIDADE DO ESPÍRITO SANTO
Um dos atributos da deidade é a
personalidade que cada uma das três pessoas divinas possui. Às vezes atribuímos
à personalidade uma forma corpórea. Entretanto, Deus é Espírito, sem
necessidade de corpo material. Identifica‐se
como pessoa alguém que manifeste qualidades, como o falar, o sentir e o fazer alguma
coisa racional.
3.2
PRONOMES CONFERIDOS AO ESPÍRITO SANTO
Em João 16.8,13,14 encontramos
algumas vezes o pronome ele, aquele (no grego ekeinos) que indicam a pessoa do
Espírito Santo. Em João 14.16, encontra‐se
a expressão "outro Consolador". Ela, mais uma vez, identifica a
personalidade do Espírito Santo. A palavra "outro", usada por Jesus,
no grego "ALLOS", significa "outro do mesmo tipo". O Filho
de Deus revelou‐se
como pessoa, mas falou de outra que Ele enviaria após sua subida para o céu.
Consolador no grego é
"Paracleto" que significa:
Chamado, convocado a estar do
lado de alguém; convocado a ajudar alguém; alguém que pleiteia a causa de outro
diante de um juiz, intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal, advogado;
pessoa que esforça-se pela causa de outro com alguém, intercessor.
Cristo em sua exaltação a mão
direita de Deus, súplica ao Pai, pelo perdão de nossos pecados. No sentido mais
amplo, ajudador, amparador, assistente, alguém que presta socorro.
Esse é o título dado ao Santo
Espírito, destinado a tomar o lugar de Cristo com os apóstolos (depois de sua
ascensão ao Pai), a conduzi‐los
a um conhecimento mais profundo da verdade evangélica, a dar‐lhes a força divina necessária
para capacitá‐los
a sofrer tentações e perseguições como representantes do reino divino
3.3
ATRIBUTOS PESSOAIS DO ESPÍRITO SANTO
Através da Bíblia, o Espírito
Santo é revelado como Pessoa, com sua própria individualidade. Ele é uma Pessoa
divina como o Pai e o Filho. O Espírito Santo não é mera influência ou poder.
Ele tem atributos pessoais, a saber:
a) O Espírito Santo pensa (Rm
8.27).
b) O Espírito Santo tem Vontade
Própria (1Co 12.11).
c) O Espírito Santo Sente
Tristeza (Ef 4.30).
d) O Espírito Santo Intercede (Rm
8.23).
e) O Espírito Santo Ensina (Jo
14.26).
f) Espírito Santo Fala (Ap 2.7).
g) Espírito Santo Comanda (At
16.6,7).
Espirito Santo é suscetível de
trato pessoal:
a) Alguém pode mentir para o
Espírito Santo (At 5.3).
b) Pode‐se Blasfemar contra o Espírito
Santo (Mt 12.31).
4.
OS NOMES DO ESPÍRITO SANTO
Os nomes do Espírito Santo nos
revelam muita coisa a respeito de quem ele é. Embora o nome “Espírito Santo”
não ocorra no Antigo Testamento, vários títulos equivalentes são usados. Os
principais nomes do Espírito Santo são:
a) Espírito de Yahweh (hb. Ruach
YHWH), ou, conforme consta nas Bíblias em português, "o Espírito do
Senhor". Yahweh significa aquele que faz existir. O título Senhor dos
Exércitos é mais bem traduzido como "aquele que cria as hostes",
tanto as hostes celestiais (as estrelas, os anjos) quanto as hostes do povo de Deus. O Espírito de
Yahweh estava ativo na criação, conforme revela Gênesis 1.2, com referência ao
"Espírito de Deus" (hb. ruach 'elohîm).
b) O Espírito de Cristo. Com esse
título é acentuada a união do Espírito Santo com Cristo. Como tal ele é a vida (Rm
8.9), traz frutos de Cristo (Fl. 1.11), revela os mistérios de Cristo (Jo
14.16) e toma o lugar dos arrebatados na terra (Jo 14.16‐18). Toda e qualquer operação do
Espírito Santo enfim, é para glorificação de Jesus Cristo.
c) Espírito da Vida. Deus dá a
cada crente ao nascer de novo, vida nova e eterna. Ele substitui a lei reinante
do pecado e da morte com a lei da vida (Rm 8.2. O que estava morto em ofensas e
pecados (Ef 2.1; 2 Co 5.17), Ele vivifica no novo nascimento.
d) Espírito da Adoção de Filhos (Rm
8.15). O conceito bíblico de filiação perdeu‐se totalmente nos nossos dias,
por causa da ideia de "adoção". Isto não quer dizer que um estranho
será acolhido como criança numa família e usa a seguir o nome da família. É
antes uma transferência legal de uma criança na condição de um filho adulto ou
uma filha que alcançou a maioridade. O termo melhor hoje seria a parceria. Nós
fomos acolhidos na família divina, enchidos pelo Seu Espírito e dotados com
nova e eterna vida.
e) Espírito da Graça (Hb 10.29).
A Bíblia qualifica como pecadores obstinados estes, que pisam com os pés o Espírito
da Graça. Pelo Espírito da graça é oferecida livremente a todos os homens a
dádiva da graça divina. Por isso qualquer acréscimo humano, justiça por obras e
melhoramentos adâmicos são abominação para o Espírito Santo.
f) Espírito da Glória (1Pe 4.14).
Glória nesse caso tem a ver com adoração, honra, estima, elogio e dedicação que
são despertados no crente pelo Espírito Santo. Somente podemos adorar e chegar à
glória de Deus, conforme o Espírito Santo nos capacita para isto. O mais é
adoração imitada, não é revelação do Espírito da Glória. Quando Ele se manifesta
numa reunião, percebe‐se
sem chamar a atenção.
5.
OS SÍMBOLOS DO ESPÍRITO SANTO
Os símbolos oferecem quadros
concretos de coisas abstratas. Os símbolos do Espírito Santo também são
arquétipos. Em literatura arquétipo é uma personagem, tema ou símbolo comum a
várias épocas e culturas. Em todos os lugares, o vento representa forças
poderosas, porém invisíveis; a água límpida que flui representa o poder e o
refrigério sustentador da vida a todos que têm sede, física e espiritual; o
fogo representa uma força purificadora (como a purificação de minérios) ou
destruidora (frequentemente citada no juízo). Tais símbolos representam
qualidades intangíveis porém genuínas.
a) Vento. A palavra hebraica
ruach pode significar "sopro", "espírito" "ou
vento". É empregada paralela com nephesh. O significado básico de nephesh
é "ser vivente", ou seja, tudo que têm fôlego. A partir daí seu
alcance semântico desenvolveu‐se
a tal ponto de referir‐se
a quase todos os aspectos emocionais e espirituais do ser humano vivente. A palavra
grega pneuma tem um alcance semântico quase idêntico ao de ruach. O vento, como
símbolo, fala da natureza invisível do Espírito Santo, conforme revela João
3.8. Podemos ver e sentir os efeitos do vento, mas ele próprio não é visto.
b) Água. A água, assim como o
fôlego, é necessária ao sustento da vida. O fôlego e a água, tão vitais nas
necessidades físicas humanas, são igualmente vitais no âmbito do espírito. Sem
o fôlego vivificante e as águas vivas do Espírito Santo, nossa vida espiritual
não demoraria murchar e ficar sufocada. O Espírito Santo flui da palavra como
águas vivas (Jo 7.38,39) que sustentam e refrigeram o crente.
c) Fogo. O aspecto purificador do
fogo é refletido claramente em Atos 2. No dia de Pentecostes são "línguas
de fogo" que marcam a vinda do Espírito (At 2.3). Esse símbolo é empregado
uma só vez para retratar o batismo no Espírito Santo.
O aspecto mais amplo do fogo como
elemento purificador encontra‐se
no pronunciamento de João Batista: "Ele vos batizará com o Espírito Santo
e com fogo..." (Mt 3.11,12; Lc 3.16,17). As palavras de João Batista
referiam‐se
mais diretamente a separação entre o povo de Deus e os que têm rejeitado o Messias.
Por outro lado, o fogo ardente e
purificador do Espírito da Santidade também opera no crente (1 Ts 5.19).
d) Óleo. (Zc 4.2‐6). Desde os primórdios o azeite
é usado primeiramente para ungir os sacerdotes de Yahweh, e depois, os reis e
os profetas. O azeite é o símbolo da consagração divina do crente para o
serviço no Reino de Deus.
e) Pomba. (Mt 3.16,17). O
Espírito Santo desceu sobre Jesus na forma de uma pomba. A pomba é o arquétipo
de mansidão e de paz. Ele é manso nas tempestades da nossa vida produzindo paz.
f) Selo. (Ef 1.13). Nos dias
bíblicos usava‐se
um selo de cera como sinal de promessa e acordo. Atualmente a nossa assinatura
na compra e venda pode ser comparada a isto. Na ocasião do novo nascimento o
Espírito Santo põe sobre nós o seu selo de direito de propriedade. Isto é, ao
mesmo tempo, uma promessa, que o selado tem parte na consumada obra da
salvação. O Espírito Santo garante assim a partir desse momento, o seu apoio e
ajuda.
6.
A OBRA DO ESPÍRITO SANTO.
a) O Espírito Santo é o agente da
salvação. Nisto Ele convence‐nos
do pecado (Jo 16.7,8) e revela‐nos
a verdade a respeito de Jesus (Jo 14.26 ). Também é Ele quem realiza o novo
nascimento (Jo 3.3‐6)
e faz‐nos
membros do corpo de Cristo (1Co 12.13). Na conversão, nós, crendo em Cristo,
recebemos o Espírito Santo (Jo 3.3‐6;
20.22) e nos tornamos co‐participantes
da natureza divina (2Pe 1.4).
b) O Espírito Santo é o agente da
nossa santificação. Na conversão, o Espírito passa a habitar no crente, que
começa a viver sob sua influência santificadora (Rm 8.9; 1Co 6.19). Note
algumas das coisas que o Espírito Santo faz, ao habitar em nós. Ele nos
santifica, ou seja, purifica, dirige e leva-nos a uma vida santa, libertando‐nos da escravidão ao pecado. Ele
testifica que somos filhos de Deus (Rm 8.16), ajuda‐nos na adoração a Deus e na nossa
vida de oração, e intercede por nós quando clamamos a Deus (Rm 8.26,27). Ele produz
em nós as qualidades do caráter de Cristo, que O glorificam (Gl 5.22,23).
c) O Espírito Santo é o agente
divino para o serviço do Senhor, revestindo os crentes de poder para realizar a
obra do Senhor e dar testemunho dEle. Esta obra do Espírito Santo relaciona‐se com o batismo ou com a
plenitude do Espírito. Quando somos batizados no Espírito, recebemos poder para
testemunhar de Cristo e trabalhar de modo eficaz na igreja e diante do mundo (At
1.8). Recebemos a mesma unção divina que desceu sobre Cristo (Jo 1.32,33) e sobre
os discípulos (At 2.4), e que nos capacita a proclamar a Palavra de Deus (At 1.8;
4.31) e a operar milagres (At 2.43; 3.2‐8;
5.15; 6.8; 10.38). Para realizar o trabalho do Senhor, o Espírito Santo outorga
dons espirituais aos fiéis da igreja para edificação e fortalecimento do corpo
de Cristo (1Co 12—14). Estes dons são uma manifestação do Espírito através dos
santos, visando ao bem de todos (1Co 12.7‐11).
7.
O BATISMO NO ESPÍRITO SANTO
a) Ser Cheio do Espírito - Todo o
cristão recebe o Espírito Santo no momento da conversão e pode ser cheio dele
sem ser batizado no Espírito Santo. O Espírito Santo nos convence do pecado (Jo
16.8). O Espírito Santo habita em nós (1Co 6.19).
Nós fomos selados com o Espírito
Santo (Ef 1.13,14; 2 Co 1.21,22; Ef 4.30) e devemos buscar ser cheios dEle (Ef
5.18).
Exemplo de pessoas que foram
cheias do Espírito Santo e não eram, batizadas, pois faziam parte ainda da
Antiga Aliança:
Isabel Lc 1.41; Zacarias (Lc 1.67);
Simeão (Lc 2.25); João Batista (Lc 1.15)
b) Ser batizado no Espírito Santo
At 1.5 ensina: "Porque, na
verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo,
não muito depois destes dias.".
A respeito do batismo no Espírito
Santo, a Palavra de Deus ensina o seguinte:
Jesus ordenou aos discípulos que
não começarem a testemunhar até que fossem batizados no Espírito Santo e
revestidos do poder do alto Lc 24.49; At 1.4,5,8
O batismo no Espírito Santo é uma
obra distinta e à parte da regeneração, também por Ele efetuada. No mesmo dia
em que Jesus ressuscitou, Ele assoprou sobre seus discípulos e disse:
"Recebei o Espírito Santo" (Jo 20.22), indicando que a regeneração e
a nova vida estavam‐lhes
sendo concedidas. Depois, Ele lhes disse que também deviam ser "revestidos
de poder" pelo Espírito Santo (Lc 24.49; cf. At 1.5,8). O batismo no
Espírito Santo outorgará ao crente ousadia e poder celestial para este realizar
grandes obras em nome de Cristo e ter eficácia no seu testemunho e pregação At
1.8; At 4.31;33.
O livro de Atos descreve o falar
noutras línguas como o sinal inicial do batismo no Espírito Santo. No dia de
Pentecostes (At 2.4), na casa de Cornélio (At 10.44‐46), os cristãos de Éfeso (At
19.6).
Esse poder não se trata de uma
força impessoal, mas de uma manifestação do Espírito Santo, na qual a presença,
a glória e a operação de Jesus estão presentes com seu povo (Jo 14.16‐18; 16.14; 1Co 12.7).
8.
OS DONS ESPIRITUAIS
Uma das maneiras do Espírito
Santo manifestar‐se
é através de uma variedade de dons espirituais concedidos aos crentes (1Co 12.7‐11). Essas manifestações do Espírito
visam à edificação e à santificação da igreja (12.7; ver 14.26 nota). Esses dons
e ministérios não são os mesmos de Rm 12.6‐8
e Ef 4.11, mediante os quais o crente recebe poder e capacidade para servir na
igreja de modo mais permanente. A lista em 1Co 12.8‐10 não é completa. Os dons aí tratados
podem operar em conjunto, de diferentes maneiras.
As manifestações do Espírito dão‐se de acordo com a vontade do
Espírito (12.11), ao surgir a necessidade, e também conforme o anelo do crente
na busca dos dons (12.31; 14.1).
Certos dons podem operar num
crente de modo regular, e um crente pode receber mais de um dom para
atendimento de necessidades específicas. O crente deve desejar
"dons", e não apenas um dom (12.31; 14.1).
É antibíblico e insensato se
pensar que quem tem um dom de operação exteriorizada (mais visível) é mais
espiritual do que quem tem dons de operação mais interiorizada, ou seja, menos
visível. Também, quando uma pessoa possui um dom espiritual, isso não significa
que Deus aprova tudo quanto ela faz ou ensina. Não se deve confundir dons do
Espírito, com o fruto do Espírito, o qual se relaciona mais diretamente com o
caráter e a santificação do crente (Gl 5.22,23).
Satanás pode imitar a
manifestação dos dons do Espírito, ou falsos crentes disfarçados como servos de
Cristo podem fazer o mesmo (Mt 7.21‐23;
24.11, 24; 2Co 11.13‐15;
2Ts 2.8‐10).
O crente não deve dar crédito a qualquer manifestação espiritual, mas deve
"provar se os espíritos são de Deus, porque já muitos falsos profetas se
têm levantado no mundo" (1Jo 4.1; cf. 1Ts 5.20,21).
8.1
RELAÇÃO DOS DONS ESPIRITUAIS
Em 1Co 12.8‐10, o apóstolo Paulo apresenta
uma diversidade de dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Nesta
passagem, ele não descreve as características desses dons, mas noutros trechos
das Escrituras temos ensino sobre os mesmos.
8.1.1
DONS DE REVELAÇÃO
a) Dom da Palavra da Sabedoria
(12.8)
Trata‐se de uma mensagem vocal sábia,
enunciada mediante a operação sobrenatural do Espírito Santo. Tal mensagem
aplica a revelação da Palavra de Deus ou a sabedoria do Espírito Santo a uma
situação ou problema específico. Ex.: At 6.10.
Não se trata aqui da sabedoria
comum de Deus, para o viver diário, que se obtém pelo diligente estudo e
meditação nas coisas de Deus e na sua Palavra, e pela oração (Tg 1.5,6).
b) Dom da Palavra do Conhecimento
(12.8)
Trata‐se de uma mensagem vocal,
inspirada pelo Espírito Santo, revelando conhecimento a respeito de pessoas, de
circunstâncias, ou de verdades bíblicas. Frequentemente, este dom tem estreito
relacionamento com o de profecia Ex.: (At 5.1‐10) Pedro obteve o conhecimento
do que Ananias e Safira haviam feito.
c) Dom de Discernimento de
Espíritos (12.10)
Trata‐se de uma dotação especial dada
pelo Espírito, para o portador do dom discernir e julgar corretamente as
profecias e distinguir se uma mensagem provém do Espírito Santo ou não (1Jo
4.1).
8.1.2 DONS DE PODER
a) Dom da Fé (12.9)
Não se trata da fé para salvação,
mas de uma fé sobrenatural especial, comunicada pelo Espírito Santo,
capacitando o crente a crer em Deus para a realização de coisas extraordinárias
e milagrosas. É a fé que remove montanhas (Mc 11.22‐24) e que frequentemente opera em
conjunto com outras manifestações do Espírito, tais como as curas e os
milagres.
b) Dons de Curas (12.9)
Esses dons são concedidos à
igreja para a restauração da saúde física, por meios divinos e sobrenaturais. Ex.:
At 3.6‐8 A
cura de um coxo na porta do templo. O plural ("dons") indica curas de
diferentes enfermidades e sugere que cada ato de cura vem de um dom especial de
Deus. Os dons de curas não são concedidos a todos os membros do corpo de Cristo
(cf. 1Co 12.11,30), todavia, todos eles podem orar pelos enfermos. Havendo fé,
os enfermos serão curados. Pode também haver cura em obediência ao ensino
bíblico de Tg 5.14‐16.
c) Dom de Operação de Milagres
(12.10)
Trata‐se de atos sobrenaturais de
poder, que intervêm nas leis da natureza. Incluem atos divinos em que se
manifesta o reino de Deus contra Satanás e os espíritos malignos. Ex.: Mt
8.26,27.
8.1.3
DONS DE INSPIRAÇÃO
a) Dom de Profecia (1Co 12.10)
É preciso distinguir a profecia
aqui mencionada, como manifestação momentânea do Espírito da profecia como dom
ministerial na igreja, mencionado em Ef 4.11. Como dom de ministério, a
profecia é concedida a apenas alguns crentes, os quais servem na igreja como
ministros profetas. Como manifestação do Espírito, a profecia está
potencialmente disponível a todo cristão cheio dEle (At 2.16‐18). Quanto à profecia, como
manifestação do Espírito, observe o seguinte: Trata‐se de um dom que capacita o
crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sob o impulso
do Espírito Santo (14.24,25, 29‐31).
Tanto no AT, como no N.T., profetizar não é primariamente predizer o futuro, mas
proclamar a vontade de Deus e exortar e levar o seu povo à retidão, à fidelidade
e à paciência. A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de
uma pessoa (1 Co 14.25), ou prover edificação, exortação, consolo, advertência
e julgamento (1 Co 14.3 Mas o que profetiza fala aos homens, edificando,
exortando e consolando.
A igreja não deve ter como
infalível toda profecia deste tipo, porque muitos falsos profetas estarão na
igreja (1Jo 4.1). Daí, toda profecia deve ser julgada quanto à sua
autenticidade e conteúdo (1Ts 5.20,21). Ela deverá enquadrar‐se na Palavra de Deus (1Jo 4.1),
contribuir para a santidade de vida dos ouvintes e ser transmitida por alguém
que de fato vive submisso e obediente a Cristo (12.3). O dom de profecia
manifesta‐se
segundo a vontade de Deus e não a do homem. Não há no N.T. um só texto
mostrando que a igreja de então buscava revelação ou orientação através dos
profetas. A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava o
profeta para isso.
b) Dom de Variedades de Línguas
(12.10)
No tocante às "línguas"
(gr. glossa, que significa língua) como manifestação sobrenatural do Espírito,
notemos os seguintes fatos:
Essas línguas podem ser humanas
como as que os discípulos falaram no dia de Pentecostes (At 2.4‐6), ou uma língua desconhecida na
terra, entendida somente por Deus (1 Co 14.2).
A língua falada através deste dom
não é aprendida, e quase sempre não é entendida, tanto por quem fala como pelos
ouvintes (1 Co 14.14,16). O falar noutras línguas como dom abrange o espírito
do homem e o Espírito de Deus, que entrando em mútua comunhão, faculta ao
crente a comunicação direta com Deus (i.e., na oração, no louvor, no bendizer,
na ação de graças e na oração). Línguas estranhas faladas no culto devem ser
seguidas de sua interpretação, também pelo Espírito, para que a congregação
conheça o conteúdo e o significado da mensagem (1 Co 14.27,28). Deve haver
ordem quanto ao falar em línguas em voz alta durante o culto. Quem fala em
línguas pelo Espírito, nunca fica em "êxtase" ou "fora de
controle".
c) Dom de Interpretação de
Línguas (12.10)
Trata‐se da capacidade concedida pelo
Espírito Santo, para o portador deste dom compreender e transmitir o
significado de uma mensagem dada em línguas. Tal mensagem interpretada para a
igreja reunida pode conter ensino sobre a adoração e a oração, ou pode ser uma
profecia. Toda a congregação pode assim desfrutar dessa revelação vinda do
Espírito Santo. A interpretação de uma mensagem em línguas pode ser um meio de
edificação da congregação inteira, pois toda ela recebe a mensagem. A
interpretação pode vir através de quem deu a mensagem em línguas, ou de outra
pessoa. Quem fala em línguas deve orar para que possa interpretá‐las (1Co 14.13).
9.
O FRUTO DO ESPÍRITO
Em contraste com as obras da
carne, temos o modo de viver íntegro e honesto que a Bíblia chama "o fruto
do Espírito". Esta maneira de viver se realiza no crente à medida que ele
permite que o Espírito dirija e influencie sua vida de tal maneira que ele (o
crente) subjugue o poder do pecado, especialmente as obras da carne, e ande em
comunhão com Deus (ver Rm 8.5‐14
nota; 8.14 nota; cf. 2Co 6.6; Ef 4.2,3; 5.9; Cl 3.12‐15; 2Pe 1.4‐9). O fruto do Espírito inclui:
a) ÁGAPE – AMOR
Caridade (gr. ágape), i.e., o
interesse e a busca do bem maior de outra pessoa sem nada querer em troca (1Co
13.4‐8).
O amor é o solo onde são
cultivadas todas as demais virtudes espirituais. O amor é a prova da
espiritualidade e tem inicio na regeneração (1 Jo 4.7‐8). O amor consiste em querer
para os outros aquilo que queremos par nos mesmos. É a dedicação ao próximo (Mt
7:12).
b) CHARA – ALEGRIA
Trata‐se da felicidade do Espírito,
qualidade de vida que é graciosa e bondosa caracterizada pela boa vontade,
generosa nas dádivas aos outros, por causa de uma correta relação com Deus.
Deus não aprecia a duvida e o
desânimo. Também o abomina a doutrina ousada, o pensamento melancólico e
tristonho. Deus gosta de corações animados. (2Co 6.10).
A alegria cristã, entretanto não
é uma emoção artificial. Antes é uma ação do Espírito de Deus no espírito
humano é a sensação de alegria baseada no amor, na graça, nas bênçãos, nas
promessas e na presença de Deus, bênçãos estas que pertencem àqueles que creem
em Cristo (1Pe 1.8).
c) EIRENE – PAZ
A queda do homem no pecado destruiu
a paz, a paz com Deus, com os outros, com o próprio ser e com a própria
consciência.
Foi através da instrumentalidade
da cruz que Deus estabeleceu a paz. Portanto, a paz envolve muito mais do que
uma tranquilidade intima, que prevalece a respeito das tempestades externas.
Antes, trata‐se
de uma qualidade espiritual de origem cósmica e pessoal produzida pela
reconciliação e pelo perdão dos pecados.
A paz é o contrario do ódio, da
contenda, da inveja dos excessos de tudo o que são obras da carne.
Paz é a quietude de coração e
mente, baseada na convicção de que tudo vai bem entre o crente e seu Pai
celestial (Fp 4.7)
d) MAKROTHUMIA – LONGANIMIDADE
Quando é uma qualidade atribuída
a Deus, significa que ele tolera pacientemente todas as iniquidades do homem,
não deixando arrebatar por explosões de ira.
A longanimidade é a paciência que
nos permite subjugar a ira e o desejo de contenda, tolerando as injúrias.
Longanimidade é a perseverança,
paciência, ser tardio para irar‐se
ou para o desespero (Ef 4.1,2).
e) CHRESTOTES – BENIGNIDADE
Significa gentileza, bondade.
Esse termo grego significa também excelência de caráter, honestidade. O crente
que a possui esse é gracioso e gentil para com seu semelhante não se mostrando
ser inflexível e exigente.
Ser Benigno é não querer magoar
ninguém, nem lhe provocar dor (Ef 4.32).
f) AGATHOSUNE – BONDADE
Uma pessoa é bondosa quando se
dispõe a ajudar aqueles que têm necessidade. Podemos observar a vida terrena
inteira de Jesus de Nazaré, vivida em meio a atos de bondade para com os
outros. Ora, para que o crente se mostre supremamente bondoso, precisa contar
com auxílio do Espírito Santo.
Bondade é a expressão máxima do
amor cristão. No grego, Agathosune refere‐se
ao homem bom, cuja generosidade brota do coração. Ela é a verdadeira prática do
bem. É o amor em ação (Gl 6.10).
g) PISTIS – FÉ
Significa tanto confiança como
fidelidade. A fé de parceria com o arrependimento gera a conversão. A entrega
da alma nas mãos de Cristo alicerçada sobre o conhecimento espiritual.
A fé é vitalizada pelo amor, pois
do contrário, não será a verdadeira fé sob hipótese alguma.
Fé é lealdade constante e inabalável
a alguém com quem se está unido por promessa, compromisso, fidedignidade e
honestidade.
h) PRAUTES – MANSIDÃO
Para Aristóteles, essa
característica era um vicio de deficiência, e não uma virtude. Aristóteles
encarava tal realidade, como uma auto depreciação.
Na verdade mansidão trata‐se de uma submissão do homem para
com Deus e, em seguida para com o homem. A mansidão é o resultado da verdadeira
humildade por causa do reconhecimento alheio, com a recusa de nos considerarmos
superiores.
Mansidão é moderação, associada à
força e à coragem; descreve alguém que pode irar‐se com equidade quando for
necessário, e também humildemente submeter‐se
quando for preciso (Jesus em Mt 11.23 repreende duramente Carfanaum e no v. 29
diz que devemos ser mansos como ele Mt 11.29).
i) EGKRATEIA ‐ TEMPERANÇA ‐ DOMÍNIO PRÓPRIO
Temperança é o controle ou
domínio sobre nossos próprios desejos e paixões, inclusive a fidelidade aos
votos conjugais; também a pureza (1Co 7.9; Tt 1.8; 2.5).
Na passagem de 1 Co 7.9 essa
palavra é usada em relação ao controle do impulso sexual. Mas em 1 Co 9.25
refere‐se
a toda forma de autodisciplina.
Parece que Paulo se utiliza dessa palavra,
neste contexto, dando a entender aquele autocontrole que obtém sobre os vícios
alistados em Gl 5.19‐21.
Os filósofos estoicos percebiam
claramente a verdade expressa por essa virtude de domínio próprio. Eles
procuravam fazer com que a razão dominasse a vida inteira, controlando as
paixões e firmando a alma.
O ensino final de Paulo sobre o
fruto do Espírito é que não há qualquer restrição quanto ao modo de viver aqui
indicado. O crente pode — e realmente deve — praticar essas virtudes
continuamente. Nunca haverá uma lei que lhes impeça de viver segundo os
princípios aqui descritos.
Como vimos, o tema acerca da
pessoa bendita do Espírito Santo é muito extenso e esse resumo é apenas o que
poderíamos chamar de “a ponta iceberg”. Contudo, é o suficiente para o escopo
de nosso propósito na Escola de Ministério de nossa congregação.
Fonte Bibliográfica: FAETAD‐SP Faculdade de Educação
Teológica das Assembleias de Deus em São Paulo
terça-feira, 15 de maio de 2012
Cristologia
A
DOUTRINA DE CRISTOLOGIA - CRISTOLOGIA
Lemos em João 1:14 que o Verbo se
fez carne. Não devemos entender com isso que o Verbo foi transformado em carne
ou misturado com carne, e sim que escolheu para Si mesmo um templo formado pelo
ventre de uma virgem, no qual habitar; e que Aquele que era o Filho de Deus
ficou sendo o Filho do Homem, não pela confusão da substância, mas sim pela
unidade de pessoa.
A
NATUREZA HUMANA DE CRISTO
A)
Feito de Mulher (Gl.4:4; Mt.1:8).
B)
Feito da Semente (esperma) de Davi:
a) Sem (Gn.9:27).
b) Abraão (Gn.12:1‐3).
c) Isaque (Gn.26:2‐5).
d) Jacó (Gn.28:13‐15).
e) Judá (Gn.49:10).
f) Davi (IISm.7:12‐16).
C)
Crescimento e Desenvolvimento Naturais:
1) Vigor Físico (Lc.2:52).
2) Faculdades Mentais (Lc.2:40).
D)
Aparência Pessoal (Jo 4:9).
E)
Natureza Humana Completa:
1) Corpo (Mt.26:12).
2) Alma (Mt.26:38).
3) Espirito (Lc.23:46).
F)
Limitações Humanas:
1)
Limitações Físicas:
a) Fadiga (Jo.4:6; Is.40:28).
b) Sono (Mt.8:24; Sl.121:4,5).
c) Fome (Mt.21:18).
d) Sede (Jo.19:28).
e) Sofrimento e Dor (Lc.22:44).
f) Sujeição à Morte (ICo.15:3).
2)
Limitações Intelectuais:
a) Precisava Crescer em
Conhecimento (Lc.2:52).
b) Precisava Adquirir
Conhecimento pela Observação (Mc.11:13).
c) Possuía Conhecimento Limitado
(Mc.13:32).
3)
Limitações Morais (Hb.2:18;4:15).
4)
Limitações Espirituais:
a) Dependia das Oraçes (Mc.1:35).
b) Dependia do Espirito Santo
(At.10:38; Mt.12:28).
G)
Nomes Humanos:
1) Jesus (Mt.1:21).
2) Filho do Homem (Lc.19:10).
3) O Nazareno (At.2:22).
4) O Profeta (Mt.21:11).
5) O Carpinteiro (Mc.6:3).
6) O Homem (Jo.19:5; ITm.2:5).
H)
Relação Humana com Deus:
1) Como Mediador e Sacerdote;
Como representante da humanidade Jesus
falava com Deus (Mc.15:34).
2) Kenosis: Auto esvaziamento de
Jesus Cristo, uma auto renúncia dos atributosdivinos. Jesus pôs de lado a forma
de Deus, mas ao fazê‐lo
não se despiu de Sua natureza divina; não houve auto extinção. Também o Ser
divino não se tornou humano; Sua personalidade continuou a mesma, e reteve a
consciência de ser Deus (Jo.3:13). O propósito da kenosis foi a redenção. Na
kenosis Jesus deixou o uso independente do Seu poder para depender do Espirito
Santo.
A
NATUREZA DIVINA DE CRISTO
A)
Nomes Divinos:
1) Deus (Jo.1:1; Jo.1:18(ARA);
Jo.20:28; Rm.9:5; Tt.2:13; Hb.1:8).
2) Filho de Deus
(Mt.8:29;16:16;27:40; Mc.14:61,62; Jo.5:25;10:36;
3) Alfa e Ômega (Ap.1:8,17;22:13;
Is.44:6).
4) O Santo (At.3:14; Is.41:14;
Os.11:9).
5) Pai da Eternidade e
Maravilhoso (Is.9:6; Jz.13:18).
6) Deus Forte (Is.9:6; Is.10:21).
7) Senhor da Glória (ICo.2:8;
Tg.1:21; Sl.24:8‐10).
8)
Senhor (At.9:17;16:31; Lc.2:11; Rm.10:9; Fp.2:11). O termo "Senhor" em
grego é Kúrios, e significa Chefe superior, Mestre, e como tal era empregado à
pessoas humanas, aos imperadores de Roma. Entretanto eles eram considerados
deuses, e somente à eles era permitido aplicar este título, no sentido de
divindade (At.2:36; IICo.4:5; Ef.4:5; IIPe.2:1; Ap.19:16).
B)
Pelo culto divino que Lhe é atribuido:
1) Somente Deus pode ser adorado
(Mt.4:10).
2) Jesus aceitou e não impediu
Sua adoração (Mt.14:33; Lc.5:8;24:52).
3) O Pai deseja que o Filho seja
adorado (Hb.1:6; Jo.5:22,23; compare Is.45:21‐23 com Fp.2:10,11).
4) A Igreja primitiva o adorou e
orava Ele (At.7:59,60; IICo.12:8‐10).
C)
Pelos ofícios divinos que Lhe foram atribuídos:
1) Criador (Jo.1:3; Hb.1:8‐10; Cl.1:16).
2) Preservador (Cl.1:17).
3) Perdoador de pecados
(Mc.2:5,7,11; Lc.7:49).
4) Jesus é Jeová Encarnado
(Compare Is.40:3,4 com Jo.1:23; Is.8:13,14 com IPe 2:7,8 e At.4:11; IPe.2:6 com
Is.28:16 e Sl.118:22; Nm.21:6,7 com ICo.10:9 (ARA = Senhor; ARC = Cristo; no
grego = Criston); Sl.102:22‐27
com Hb.1:10‐12;
Is.60:19 com Lc.2:32; Zc.3:1,2).
D)
Pela associação de Jesus, o Filho, com o nome de Deus Pai – (IICo.13:14; ICo.12:4‐6; ITs.3:11; Rm.1:7; Tg.1:1;
IIPe.1:1; Ap.7:10; Cl.2:2; Jo.17:3; Mt.28:19).
E)
Atributos divinos Lhe são atribuídos:
1) Atributos Naturais:
a) Onisciência (Jo.1:47‐51;4:16‐19,29;6:64;16:30;8:55;
Jo.10:15;21:6,17; Mt.11:27;12:25;17:27; Cl.2:3).
b) Onipresença (Jo.3:13;14:23
Mt.18:20;28:20; Ef.1:23).
c) Onipotência (Mt.8:26,27;28:28;
Hb.1:3; Ap.1:8).
d) Eternidade (Jo.8:58;17:5,24;
Cl.1:17; Hb.1:8;13:8; Ap.1:8; Is.9:6; Mq.5:2).
e) Vida (Jo.10:17,18;11:25;14:6).
f) Imutabilidade (Hb.1:11;13:8;
Sl.102:26,27).
g) Auto‐Existência (Jo.1:1,2).
h) Espiritualidade
(IICo.3:17,18).
2) Atributos Morais:
a) Santidade
(At.3:14;4:27Jo.8:12; Lc.1:35; Hb.7:26; IJo.1:5; Ap.3:7;15:4; Dn.9:24).
b) Bondade (Jo.10:11,14; IPe.2:3;
IICo.10:1).
c) Verdade (Mt.22:16;
Jo.1:14;14:6; Ap.19:11;3:7; IJo.5:20).
F)
Títulos dados igualmente a Deus Pai e a Jesus Cristo:
1) Deus: Deus Pai (Dt.4:39;
IISm.7:22; IRs.8:60; IIRs.19:15; ICr.17:20; Sl.86:10; Is.45:6;46:9; Mc.12:32),
Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Jo.1:23 e 3:28; Sl.45:6,7 com Hb.1:8,9;
Jo.1:1; Rm.9:5; Tt.2:13; IJo.5:20).
2) Único Deus Verdadeiro: Deus
Pai (Jo.17:3), Jesus Cristo (IJo.5:20).
3) Deus Forte: Deus Pai
(Ne.9:32), Jesus Cristo (Is.9:6).
4) Deus Salvador: Deus Pai
(Is.45:15,21; Lc.1:47: Tt.3:4), Jesus Cristo (IIPe.1:1; Tt.2:13; Jd.25).
5) Jeová: Deus Pai (Ex.3:15),
Jesus Cristo (Compare Is.40:3 com Mt.3:3 e Jo.1:23).
6) Jeová dos Exércitos:
(ICr.17:24; Sl.84:3; Is.51:15; Jr.32:18;46:18), Jesus Cristo (Compare Sl.24:10
e Is.6:1‐5
com Jo.12:41; Is.54:5).
7) Senhor: Deus Pai
(Mt.11:25;21:9;22:37; Mc.11:9;12:29; Rm.10:12; Ap.11:15), Jesus Cristo
(Lc.2:11; Jo.20:28; At.10:36; ICo.2:8;8:6;12:3,5; Fp.2:11; Ef.4:5).
8) Único Senhor: Deus Pai
(Mc.12:29; Dt.6:4), Jesus Cristo (ICo.8:6; Ef.4:5).
9) Jeová e Salvador, Senhor e
Salvador: Deus Pai (Is.43:11;60:16; Os.13:4), Jesus Cristo
(IIPe.1:11;2:20;3:18).
10) Salvador: Deus Pai
(Is.43:3,11;60:16; ITm.1:1;2:3; Tt.1:3;2:10;3:4; Jd.25), Jesus Cristo
(Lc.1:69;2:11; At.5:31; Ef.5:23; Fp.3:20; IITm.1:10; Tt.1:4;3:6).
11) Único Salvador: Deus Pai
(Is.43:11; Os.13:4), Jesus Cristo (At.4:12; ITm.2:5,6).
12) Salvador de todos os homens e
do mundo: Deus Pai (ITm.4:10), Jesus Cristo (IJo.4:14).
13) O Santo de Israel: Deus Pai
(Sl.71:22;89:18; Is.1:4; Is.45:11), Jesus Cristo (Is.41:14;43:3;47:4;54:5).
14) Rei dos reis, Senhor dos
senhores: Deus Pai (Dt.10:17; ITm.6:15,16), Jesus Cristo (Ap.17:14;19:16).
15) Eu Sou: Deus Pai (Ex.3:14),
Jesus Cristo (Jo.8:58).
16) O Primeiro e O Último: Deus
Pai (Is.41:4;44:6;48:12) Jesus Cristo (Ap.1:11,17;2:8;22:13).
17) O Esposo de Israel e da
Igreja: Deus Pai (Is.54:5;62:5; Jr.3:14; Os.2:16), Jesus Cristo (Jo.3:9;
IICo.11:2;; Ap.19:7;21:9).
18) O Pastor: Deus Pai (Sl.23:1),
Jesus Cristo (Jo.10:11,14; Hb.13:20).
G)
Obras atribuídas igualmente a Deus e a Jesus Cristo:
1) Criou o mundo e todas as
coisas: Deus Pai (Ne.9:6; Sl.146:6; Is.44:24; Jr.27:5; At.14:15;17:24), Jesus
Cristo (Sl.33:6; Jo.1:3,10; ICo.8:6; Ef.3:9; Cl.1:16; Hb.1:2,10).
2) Sustenta e preserva todas as
coisas: Deus Pai (Sl.104:5‐9;
Jr.5:22;31:35), Jesus Cristo (Cl.1:17; Hb.1:3; Jd.1).
3) Ressuscitou Cristo: Deus Pai
(At.2:24; Ef.1:20), Jesus Cristo (Jo.2:19;10:18).
4) Ressuscitou mortos: Deus Pai
(Rm.4:17; ICo.6:14; IICo.1:9;4:14), Jesus Cristo (Jo.5:21,28,29;6:39,40,44,54;11:25;
Fp.3:20,21).
5) É o Autor da regeneração: Deus
Pai (IJo.5:18), Jesus Cristo (IJo.2:29).
A
UNIPERSONALIDADE DE JESUS CRISTO
Ficou provado que Jesus Cristo
possui duas naturezas, a divina e a humana. No entanto, embora tenha duas
naturezas, Ele não possui duas personalidades ou Pessoas, sendo uma Pessoa
divina e outra humana, mas uma só e apenas uma. Jesus Cristo é uma só Pessoa em
duas naturezas distintas, porém unidas.
Fonte Bibliográfica: FAETAD‐SP Faculdade de Educação
Teológica das Assembleias de Deus em São Paulo
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