Os últimos dias tem sido marcados por notícias horríveis. Assassinatos hediondos cometidos por motivos torpes e fúteis. E o pior, isso já não abala tanto as pessoas. Já não choramos mais , chocados com acontecimentos tão bárbaros. Estamos nos tornando insensíveis e indiferentes.
Choramos por uma cena na novela ou no filme, mas não choramos pelos fatos reais que nos cercam. Choramos quando assistimos a depoimentos dramáticos de jogadores de futebol, atores, cantores e os mais diversos artistas lembrando momentos difíceis das suas vidas em programas de televisão, mas não choramos nem nos comovemos com o morador de rua da nossa cidade. Algumas vezes até os julgamos e recriminamos como "vagabundos", "preguiçosos", "desocupados" e coisas do tipo.
O que nos leva a agir assim? O que está fazendo de nós pessoas tão duras? O que leva um atleta consagrado a projetar, ordenar e participar da morte de sua amante? Sinceramente que eu não tenho uma resposta, mas penso que a Bíblia tem.
Literalmente estamos vivendo os últimos dias. Paulo disse que esses dias seriam caracterizados por pessoas que teriam como maior característica o fato de serem "egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo aparência de piedade, mas negando o seu poder" (2Tm 3.2-5 - NVI). Ou seja, gente que pensa que merece tudo, que não suporta sofrer ou ser contrariado em hipótese alguma, e quando isso acontece tende a reagir negativamente e até violentamente. Para eles o que mais importa é a sua vontade não importando quem tenha que sofrer ou até morrer para que isso aconteça.
O Senhor Jesus, antecedendo a Paulo disse que "devido ao aumento da maldade, o amor de muitos esfriará" (Mt 24.12 - NVI), e é exatamente essa a realidade dos nossos dias. Temos vivido em um mundo mal, onde as pessoas já não se amam mais e a vida humana tem sido banalizada.
O que leva uma mãe a abandonar o seu bêbe recém nascido em uma lixeira? O que leva um pai a abusar sexualmente de sua filha de oito anos? Uma ingerência maligna ou meramente a expressão "natural" de uma pessoa completamente entregue a si mesma? Seria uma combinação das duas coisas? Não sei, posso até supor, mas sinceramente não sei. Contudo tenho uma certeza inabalável e inalienável: Essas atitudes são próprias da ausência de Deus nessas vidas.
Diante disso tenho uma resposta do por quê de tanta violência. Parafraseando José de Paiva Neto, é verdade que não haverá um mundo bom enquanto o homem for mal e não haverá homem bom sem Deus, pois "toda a boa dádiva e todo o dom perfeito vem do alto, descendo do Pai das luzes, em quem não há mudança nem sombra de variação" (Tg 1.17). Portanto a proposta para o fim de tanta violência é óbvia: O homem precisa se entregar ao senhorio de Cristo e viver em conformidade com a Sua doutrina revelada através da Escritura.
Só desta maneira teremos um mundo melhor. Entretanto, é preciso que, de fato, os homens "encarnem" a Palavra e a tornem a essência da sua vida e não apenas vivam em "aparência de piedade" como muitos fazem hoje. Cometem as mais absurdas coisas e depois aparecem com uma Bíblia na mão ou se dizendo crentes em Jesus, mas nunca mudam e nunca revelam o caráter de Cristo em suas vidas.
Em suma, santidade é viver em conformidade com a verdade e isso é a única coisa que pode mudar o mundo.
Pense nisso, viva isso.
Pr. Ioséias.
11 de julho de 2010.
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